27 de fevereiro de 2013
A CHAVE PARA A
VITÓRIA PRÓ-FAMÍLIA — SE REALMENTE A QUISERMOS
Exclusivo: Scott Lively explica o que é necessário
para inverter a maré do homossexualismo
Scott Lively
Em 25 de janeiro deste ano, a Duma do Estado russo,
a qual é seu órgão legislativo máximo, votou a proibição da propaganda
homossexual para crianças, seguindo a aprovação de leis similares em várias
cidades russas, includindo São Petersburgo e Novosibirsk (capital da
Sibéria). Avance, Rússia!
Pessoalmente fico muito feliz em ver esses
acontecimentos, tendo eu pedido especificamente por leis desse tipo durante
minha viagem de palestras na ex-União Soviética em 2006 e 2007. Durante a
viagem, que começou na cidade de Blagoveschensk, a leste da Rússia, e terminou
em São Petersburgo, realizei palestras em vários lugares, incluindo muitas
universidades, igrejas e salas de conferência, e encontrei vários líderes do
governo em muitos níveis de influência. A viagem completa cobriu
aproximadamente 50 cidades em sete países: Rússia, Polônia, Letônia, Lituânia,
Estônia, Ucrânia e Bielorrússia (também passei pelo Cazaquistão, mas lá não
realizei palestras).
Próximo ao fim da viagem publiquei de São
Petersburgo uma “Carta ao Povo Russo” (veja abaixo), que resume minha mensagem
central que compartilhei em cerca de outras 300 palestras, pregações e
entrevistas na mídia durante o ano anterior.
Minha mensagem pró-família foi calorosamente
acolhida pelo povo de cada um desses países, e em níveis variados a agenda homossexual
foi atrasada em muitos deles. Até onde sei, os únicos dois países do Leste
Europeu que aprovaram leis específicas para restringir a propagação do
homossexualismo foram Rússia e Lituânia, que, coincidentemente, são os únicos
dois países para os quais escrevi uma carta aberta. Minha carta lituana pode
ser vista online em www.defendthefamily.com.
Meu propósito ao escrever este editorial é
contrastar os acontecimentos positivos na ex-União Soviética com recentes
acontecimentos anti-família no Ocidente e promover um avanço maior. A vitória
ainda é teoricamente possível para o movimento pró-família no Ocidente, se
estivermos dispostos a pagar o preço.
Em 1º de fevereiro deste ano, estava na pequena
Eynsham, Inglaterra, reunindo-me com um pequeno grupo de líderes pró-família,
representado a herança do nosso movimento na Inglaterra, Escócia e Gales. O
propósito original da minha visita àquele país era debater a “paternidade” de
duplas homossexuais na Universidade de Oxford. O evento acabou para mim devido
a algumas graves falhas nos detalhes do convite dirigido a mim (falhas que eu
suspeito terem sido deliberadas), mas não antes de ter comprado uma passagem
aérea não modificável. Deus salvou toda essa bagunça juntando esse incrível
grupo em um prazo curtíssimo, e unindo muitos de nós em uma tarefa com
potencial de grandes frutos. Falarei sobre isso mais para frente.
Durante nosso encontro, a principal notícia da
semana em todas as manchetes era a votação pendente sobre o “casamento gay” na
Câmara dos Comuns Britânica. O mesmo cenário também se desenrolava na França. E
nos EUA, a última instituição não religiosa a publicamente rejeitar o
homossexualismo, os Escoteiros da América, estava prestes a votar para permitir
homossexuais nos Escoteiros e na liderança da organização. No fim da semana,
tanto a Inglaterra quanto a França se entregaram aos gays por com margens
consideráveis, e a organização dos escoteiros adiou a decisão (um resultado
esperançoso, mas longe de uma verdadeira vitória pró-família).
No meu entender, os eventos da semana foram
meramente uma confirmação da natureza espiritual da “guerra cultural” global, e
mais uma prova das profecias bíblicas do fim dos tempos. Estou pessoalmente
convencido (embora pudesse estar errado) de que chegamos à era de apostasia
sobre a qual alertou a Escritura, e os eventos estão se precipitando para a
grande conclusão detalhada na profecia. No entanto, essa perspectiva do fim dos
tempos, cada vez mais popular nos Estados Unidos, não é amplamente
compartilhada por cristãos no Reino Unido. Minha análise foi educadamente
contestada por muitos dos presentes ao encontro, cuja premissa teológica e
prática é a de que ainda é possível ganhar essa guerra cultural e derrotar a
agenda “gay”, devolvendo a sociedade a alguma forma de consenso cultural
centrado na família.
“Existe uma maneira de ganhar essa guerra”, admiti,
mas é tão extraordinariamente difícil que não acredito que nosso povo esteja
disposto a fazê-lo. Precisamos rejeitar completamente as pressuposições
humanistas do debate sobre o homossexualismo na forma como existem agora e nos
refundarmos nas pressuposições da Bíblia. Resumindo, não é possível criar, ou
mesmo preservar, políticas públicas que implicitamente ou explicitamente
reprovam o homossexualismo ao mesmo tempo em que cedemos à premissa antibíblica
de que a discriminação contra homossexuais é moralmente e legalmente errada.
Devemos ser capazes de (e estar dispostos a) construir todos os nossos
argumentos sobre a premissa de que o homossexualismo em si é errado, e,
portanto, o “casamento”, a “paternidade”, etc., também são errados.
A coisa mais importante que aprendi durante minha
longa carreira lutando pelos valores bíblicos é que a visão de mundo dita às
políticas.
No final de fevereiro de 2011, fui a uma pequena
missão à Moldávia. O propósito da viagem era organizar um seminário para os
líderes e principais ativistas do recém-criado movimento pró-vida do país. No
entanto, providencialmente, no dia antes da minha chegada, o governo lançou uma
campanha semisecreta para aprovar uma lei que proibia a discriminação com base
na “orientação sexual” (a pedido da União Europeia). Em vez de organizar um
seminário, meus anfitriões e eu organizamos uma campanha nacional de emergência
para derrotar o projeto de lei, o que fizemos em questão de dias. O argumento
que esbocei para essa campanha atinge em cheio o fator mais importante da
guerra cultural: “Uma lei antidiscriminação baseada na orientação sexual é a
semente que contém toda a árvore da agenda homossexual, com todos os seus
frutos venenosos”. Essa é a explicação mais simples e direta de como o outro
lado ganhou e nós perdemos todas as batalhas da guerra cultural na última
metade de século. Se você permitir que a semente seja plantada e não focar seus
esforços em desenraizá-la, com o tempo você irá perder todos os conflitos
subsequentes. É uma necessidade lógica.
Em 2012, levei esse tema a Springfield, Missouri,
onde o conselho da cidade havia anunciado planos de adotar leis
antidiscriminação similares. Chamamos essa proposta de “Projeto Fascista Gay”,
para destacar o seu objetivo último de refrear toda oposição pró-família ao
homossexualismo e punir os dissidentes. Mais uma vez, ao educar as pessoas
sobre a natureza fascista das leis antidiscriminação e utilizar o simples
argumento de uma sentença destacada acima, reunimos um grande número de
opositores e matamos o projeto (pelo menos por ora).
A chave para a vitória pró-vida é evitar que
quaisquer outros “Projetos Fascistas Gays” sejam adotados, e desenraizar as
sementes que já foram plantadas, tudo em direção ao objetivo abertamente
declarado de desestimular toda relação sexual fora do casamento, para a saúde
da nossa sociedade. Qualquer coisa menos que isso é fútil, exceto para
desacelerar o processo de controle homossexual. Isso pode ser feito se tivermos
vontade e disposição para pagar o preço. Coloco-me a disposição para auxiliar
qualquer grupo defensor da família que esteja disposto a tentar.
Carta
ao Povo Russo
Outubro de 2007
Meu nome é Dr. Scott Lively, presidente da Defend
the Family International, uma organização de direitos humanos localizada em Los
Angeles, Califórnia. Possuo um Juris Doctor em Direito pela Escola de Direito
de Trinity, um Doutorado em Teologia pela Escola de Teologia Bíblica (School of
Bible Theology) (ambas escolas da Califórnia), e um certificado de direitos
humanos do Instituto Internacional de Direitos Humanos localizado em
Strasbourg, França. Sou autor da Declaração de Riga pela Liberdade Religiosa,
Valores Familiares e Direitos Humanos, e de vários livros, incluindo“The Pink Swastika: Homosexuality in the Nazi Party” (“A
Suástica Rosa: Homossexualismo no Partido Nazista”), atualmente sendo traduzido
para o russo para publicação em 2008.
Recentemente concluí uma viagem de palestras pelo
seu belo país, e aprendi a amar sua cultura e seu povo. Tive o privilégio de
visitar várias cidades russas, de Vladivistok a Blagoveschensk na ponta leste,
a várias cidades na Sibéria, além de São Petersburgo, no oeste. Fiquei
impressionado com a forma como os russos e americanos se parecem de várias
formas: ambos são inteligentes, engenhosos, competitivos e empreendedores.
Essas semelhanças são boas e ruins. Boas porque nossas nações têm uma fundação
para a amizade, mas ruins porque elas tornam a Rússia vulnerável às mesmas
forças destrutivas que causaram danos aos EUA.
O propósito da minha visita foi trazer um aviso
sobre o movimento político homossexual, que causou muitos danos no meu país, e
que agora criou raízes na Rússia. É um câncer que está crescendo rapidamente, e
que irá destruir as bases da família na nossa sociedade se não tomarmos medidas
efetivas e imediatas para impedi-lo.
O homossexualismo é um distúrbio de personalidade
que envolve vários vícios sexuais, muitas vezes perigosos, e impulsos
agressivos e antissociais. Essa combinação de fatores faz com que homossexuais
tenham uma intensa lealdade uns com os outros e o objetivo em comum de
transformar qualquer sociedade na qual vivem em comunidades “gays e lésbicas”.
Eles não possuem aceitação em uma sociedade que restringe o sexo ao casamento
heterossexual, então eles lutam para eliminar a moralidade sexual e remover
todas as limitações à conduta sexual. É importante notar que sua estratégia
inicial não é promover o homossexualismo, mas espalhar a imoralidade sexual
entre os heterossexuais, principalmente os jovens. Somente mais tarde, quando a
cultura já se tornou sexualmente corrupta, eles avançam abertamente para tomar
o poder como líderes naturais de tal sociedade.
O processo de transformação sempre começa com as
instituições que moldam o pensamento e o comportamento dos jovens. Primeiro vem
à promoção da promiscuidade sexual por meio da mídia de massa, depois a
introdução de “gays” notórios, como Elton John e George Michael, depois o
desenvolvimento de células políticas “gays” nas universidades. Depois vem a
defesa de “direitos dos gays” por políticos e líderes comunitários.
Não é por acaso que Hollywood promove a imoralidade
sexual. A mídia de entretenimento americana é fortemente influenciada, e em
muitos casos controlada, por ativistas homossexuais profissionais que utilizam
a televisão, filmes e músicas como uma ferramenta de engenharia social. A
juventude russa está sendo moldada dessa forma, assim como foram os jovens
americanos desde o fim da década de 50. No entanto, o movimento homossexual
global, agora rico e poderoso, aperfeiçoou suas táticas e pode transformar uma
sociedade rapidamente.
Algumas universidades russas, principalmente nas
grandes cidades, agora têm clubes de “gays e lésbicas”. Lembre-se de que o foco
deles é sempre nos jovens. Os homossexuais sabem que não podem mudar os valores
dos mais velhos, mas que os jovens, principalmente os sexualmente ativos e que
vivem amigados, são facilmente persuadidos a aceitar o homossexualismo como
simplesmente outro estilo de vida. Aliás, muitos jovens se tornaram defensores
ativos do homossexualismo, pois o movimento gay retrata os homossexuais como
vítimas indefesas de sociedades que “só querem ser deixadas em paz e amar quem
eles quiserem”. As universidades servem de centros de recrutamento, tanto para
homossexuais quanto para seus aliados e protetores heterossexuais.
O movimento homossexual tenta ganhar simpatia
pública alegando que homossexuais “nascem assim” e não podem mudar. Isso não é
verdade. Existe uma grande associação de médicos e terapeutas nos Estados
Unidos que ajudam homossexuais a se recuperarem (acesse www.narth.com)
e muitos milhares de ex-homossexuais que agora vivem vidas normais. Mas,
infelizmente, há uma rede ainda maior de ativistas homossexuais e outros
aliados (apoiados por todo o poder da União Europeia, algumas agências e
instituições americanas e inúmeras ONGs internacionais), que insistem que o
homossexualismo é imutável e deve ser protegido pelo governo. O objetivo é
aprovar leis que proíbam a discriminação contra homossexuais, o que serve como
fundamento legal para o restante da sua agenda: “paradas gays” protegidas e
financiadas com dinheiro público em cada cidade, casamento homossexual ou o seu
equivalente, promoção do homossexualismo para crianças, aceitação total do
homossexualismo em todos os setores da sociedade, e punição para todos os que
discordarem.
Infelizmente, muitos russos acreditam que isso
nunca poderia acontecer em seu país. Isso foi o que nós acreditamos nos Estados
Unidos. Mas essa mudança já começou na Rússia. Basta conversar com estudantes
universitários nas grandes cidades, ou procurar na internet por atividades
“gays” onde você mora. Houve uma parada do “orgulho gay” em agosto em Omsk, os
jornais de Novosibirsk agora publicam anúncios de namoros gays, há pelo menos
três sites “gays” para adolescentes em Krosnoyarsk, e São Petersburgo já possui
uma população de homossexuais que se encontra para fazer sexo em parques
públicos. Esses exemplos podem parecer uma ameaça pequena, considerando a forte
oposição ao homossexualismo em grande parte da sociedade russa, mas imploro a
vocês que não ignorem esses sinais de aviso. Eles são como a fumaça de um
incêndio na floresta. Se você esperar até que possa ver as chamas da sua
própria casa, será tarde demais.
O que pode ser feito para proteger a Rússia do
movimento gay?
Primeiro, comece imediatamente uma campanha em
todas as cidades para promover os valores do casamento e da família, e para
desestimular a promiscuidade sexual e o concubinato. Crianças e jovens devem
receber instruções apropriadas à idade sobre por que os valores de moralidade
sexual e família são importantes para seu futuro, e estudantes mais velhos
deveriam aprender como se preparar para serem bons maridos e esposas. Toda
cidade deve oferecer seminários e orientações sobre o casamento para ajudar a
fortalecer as famílias existentes. As cidades devem celebrar a vida familiar e
oferecer muitos programas e atividades pró-família.
Segundo, comece a treinar médicos, psicólogos e
terapeutas nas técnicas de ajudar os homossexuais a se recuperarem, e oferecer
essa terapia como um serviço público. Promova a recuperação para homossexuais
com publicidade e propaganda, e alcance os jovens que sofrem da atração pelo
mesmo sexo. Alcance-os cedo e poupe esses jovens de uma vida inteira de dor e
sofrimento. E algo de grande importância, se as autoridades russas promovessem
publicamente a recuperação de homossexuais, os gays não teriam condições de
enganar o público com sua propaganda de que “nasceram assim”.
Terceiro, criminalize a defesa pública do
homossexualismo. Minha filosofia é deixar os homossexuais em paz se eles
deixarem seu estilo de vida em privado, sem forçá-los à terapia se eles não
quiserem. No entanto, o homossexualismo é destrutivo para indivíduos e para a
sociedade e nunca deveria ser publicamente promovido. A maneira mais fácil de
desestimular as “paradas gays” e outras manifestações de defesa do
homossexualismo é tornar tais atividades ilegais com base no interesse da saúde
e moralidade do público.
Quarto, desenvolver uma mídia amiga da família como
alternativa aos produtos imorais que agora são importados dos EUA e do Japão. A
sociedade russa é rica de pessoas talentosas. As empresas de mídia russas
deveriam competir pelos corações e mentes dos jovens, e até mesmo dar exemplos
de como produzir entretenimento de boa qualidade que eleva, e não degrada, o
espírito humano.
Não é segredo que a Federação Russa compete com as
nações do Ocidente, mas há uma área em que a Rússia poderia rapidamente tomar a
liderança global: valores familiares. Enquanto os Estados Unidos e a Europa
continuam a alienar seus cidadãos dedicados à família para seguirem o caminho
destrutivo da “liberdade sexual”, a Rússia poderia se tornar uma sociedade
pró-família modelo. Se isso acontecer, acredito que as pessoas do Ocidente
começariam a emigrar para a Rússia, da mesma forma que os russos costumavam
emigrar para os EUA e Europa. A Rússia poderia até ganhar de volta a simpatia
dos seus antigos estados, como Polônia, Letônia e Lituânia, que agora estão
sendo perturbados pelas demandas pró-homossexualismo da União Europeia.
Concluindo, todas as civilizações bem-sucedidas se
sustentam nas bases da família natural: homens e mulheres unidos no casamento,
dedicados a criar e sustentar crianças moralmente saudáveis que irão
substituí-los na próxima geração. Essa fundação sempre será forte em nações que
desestimulam a conduta sexual fora do casamento. Mas onde quer que a filosofia
gay da liberdade sexual ilimitada for aceita, a estrutura familiar se
desintegra. O povo russo tem uma importante escolha diante de si: promover o
casamento e valores familiares, levando-os à saúde social, ou permitir a
propagação da imoralidade sexual, que os levara à desordem social. Oro para que
escolham a família.
Traduzido por
Luis Gustavo Gentil do original do WND: KEY TO PRO-FAMILY VICTORY – IF WE REALLY
WANT IT
Fonte: www.juliosevero.com
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Fonte: http://juliosevero.blogspot.com.br/