sábado, agosto 30, 2014

A VERDADEIRA SABEDORIA SE MANIFESTA NA PRÁTICA



ADMEP:
ASSEMBLEIA DE DEUS – MINISTÉRIO ESTUDANDO APALAVRA


Departamento de Escola Bíblica Dominical
31 de agosto de 2014

Lição 9

 

A Verdadeira Sabedoria se Manifesta na Prática
Texto Áureo: Tiago 3.13

Leitura bíblica: Tiago 3.13-18





Introdução:Nessa lição aprenderemos com o apóstolo Tiago sobre a sabedoria para lidar com as circunstâncias e com as pessoas. O que é sabedoria? Obter informação, ou conhecimento intelectual, não significa adquirir sabedoria. Algumas pessoas são bem inteligentes, mas ao mesmo tempo inaptas para relacionarem-se com outras pessoas, e diante das situações da vida ficam perdidas. Sabedoria é também olhar para vida com os olhos de Deus. A pergunta do sábio é: Em meus passos, o que faria Jesus? Como ele falaria como agiria, como reagiria? Cristo não foi um mestre da escola clássica, foi o Mestre da escola vida, e ainda é para todo o que o ama quer ser sábio. Ensinar a sabedoria é mais importante do que apenas transmitir conhecimento. Tiago está contrastando dois diferentes tipos de sabedoria: e da terra e do céu. Qual sabedoria governa a sua vida? Por qual caminho estamos trilhando? Que tipo de vida estamos vivendo? Que frutos essa estilo de vida está produzindo? A nossa fonte é doce ou salgada (3: 12)?


Objetivos

Conscientizar-se de que a nossa conduta pessoal demonstra se a nossa sabedoria é humilde ou demoníaca.

Mostrar que onde prevalecem a inveja e sentimento faccioso, prevale também o mal.

Analisar  as qualidades da verdadeira sabedoria.


I. A CONDUTA PESSOAL DEMONSTRA SE A NOSSA SABEDORIA É DIVINA OU DEMONÍACA  - (Tiago 3.13-15)

1)   Sabedoria não se Mostra com Discurso (v. 13).

Uma pessoa pode ser culta e tola. Hoje se dá mais valor à inteligência emocional do que a inteligência intelectual. Uma pessoa pode ter muito conhecimento e não saber se relacionar com as pessoas. Ela pode saber muito e não saber viver com ela e com os outros. Sábio é aquele que é santo em caráter, profundo em discernimento e útil nos conselhos. Inteligente (esta palavra só aparece aqui em todo o NT). Ela pontua conhecimento profissional (Tasker), expert (Ropes), uma pessoa bem informada (Alford). Uma pessoa que tem um útil e necessário conhecimento. Você conhece o sábio e o inteligente é pela mansidão da sua sabedoria e pelas suas obras, ou seja, imitando a Jesus que foi manso (Mt 11:29).


O Sábio Segundo a Bíblia:


a)     Aquele Que Tem Bom Trato - Tg 3.13 - Isto se refere ao crente que tem bom procedimento, boas maneiras e modos no relacionamento com as outras pessoas. É qualidade muito necessária em nossos dias, quando, em face do frenesi que domina a sociedade, pessoas, mesmo na igreja, tornam-se agressivas, grosseiras, mal-educadas, causando problemas de relacionamento. Infelizmente, até obreiros têm-se perdido nesse ponto. O crente sábio tem bom trato. Paulo aconselha que devemos considerar cada um superior a nós mesmos (Fp 2.3).


b)  
Aquele que tem Obras de Mansidão de Sabedoria Tg  3. 13b - Isto fala do crente que cultiva a mansidão de modo sábio, consciente e não por medo ou covardia. Ele sabe que é melhor ser manso do que agressivo, pois assim glorifica a Deus e evita muitos dissabores. Mansidão é fruto do Espírito (Gl 5.22 cf t 11.29).


c)
Aquele que vê o Mal e Esconde-se- Pv 22.3 - Esconder-se do mal é ser sábio. O jovem sábio é aquele que "foge dos desejos da mocidade" (2 Tm 2.22).

d)
Aquele que Ganha Almas - Pv 11. 30b - O sábio, no conceito mundano, é aquele que ganha muito dinheiro, de preferência com esperteza e ilicitude. Ou aquele que possui graus acadêmicos superiores. Para Deus, no entanto, o verdadeiro sábio é aquele que se esforça para ganhar almas.

2)    Sabedoria do Alto e Sabedoria Diabólica (vv. 14, 15).

A origem determina os resultados. A fonte da verdadeira sabedoria é o temor do Senhor conforme Salmos 51.6; 111.10 e Provérbios 9.10. A sabedoria do homem vem da razão, enquanto a sabedoria de DEUS vem da revelação. A sabedoria do homem desemboca no fracasso, a sabedoria de DEUS dura para sempre.  Há uma sabedoria que vem do alto e outra que vem da terra. Há uma sabedoria que vem de Deus e outra gerada pelo próprio homem.

1A Sabedoria que vem dos Homens Tem Três Características: 
    Terrena, Animal (não espiritual) e Diabólica:

a) A Sabedoria Terrena – É a sabedoria deste mundo (1 Co 1:20-21). A sabedoria de Deus é tolice para o mundo e a sabedoria do mundo é tolice para Deus. A sabedoria do homem vem da razão, enquanto a sabedoria de Deus vem da revelação. A sabedoria do homem desemboca no fracasso, a sabedoria de Deus dura para sempre. Exemplo: A sabedoria do homem revelada pelo Iluminismo querendo implantar um paraíso na terra pelas mãos do homem (Hume + Nietzche + Tomas More + Augusto Comte + Darwin + Freud + Marx = duas guerras mundiais).


b) A Sabedoria Animal ou não Espiritual – A palavra grega é psykikos. Essa palavra é traduzida por natural (1 Co 2:14; 15:44,46) como oposto de espiritual. Em Judas 19 essa palavra é traduzida como sensual. Essa sabedoria está em oposição à nova natureza que temos em Cristo. É uma sabedoria totalmente à parte do Espírito de Deus. Essa sabedoria escarnece das coisas espirituais: não dá valor. Exemplo: O mundo está cada vez mais secularizado. As coisas de Deus não importam. A Palavra de Deus não governa sua vida familiar, econômica, profissional, sentimental. Empurramos Deus para dentro dos templos.


c) A Sabedoria DiabólicaEssa foi à sabedoria usada pela serpente para enganar Eva, induzindo-a a querer ser igual a Deus e fazendo-a descrer de Deus para crer nas mentiras do diabo. As pessoas hoje continuam crendo nas mentiras do diabo (Rm 1:18-25). O diabo se transfigura em anjo de luz para enganar as pessoas. Pedro revelou essa sabedoria quando tentou induzir Cristo a fugir da cruz (Mc 8:32-33).


2. A Sabedoria do Alto A verdadeira sabedoria vem de Deus, do alto, visto que ela é fruto de oração (1:5), ela é dom de Deus (1. 17). Essa sabedoria está em Cristo: Cristo é a nossa sabedoria (1 Co 1:30). Em Jesus nós temos todos os tesouros da sabedoria escondido (Cl 2:3). Essa sabedoria está na Palavra, visto que ela nos torna sábios para a salvação (2 Tm 3:15). Ela nos é dada como resposta de oração (Ef 1:17; Tg 1:5).


II.ONDE PREVALECEM A INVEJA E SENTIMENTO FACCIOSO,   PREVALECE TAMBÉM O MAL  (Tiago 3.16)

Vejamos agora a evidência da falsa sabedoria e seu resultado:

a) Inveja Amargurada (v. 14,16) – Essa ambição está ligada ao (3:1), onde Tiago alertou para o perigo de se cobiçar ofícios espirituais na igreja. A sabedoria do mundo diz: promova a você mesmo. Você é melhor do que os outros. Os discípulos de Cristo discutiam quem era o maior dentre eles. Os fariseus usavam suas atividades religiosas para se promoverem diante dos homens (Mt 6:1-18). A sabedoria do mundo exalta o homem e rouba a Deus da sua glória (1 Co 1:27-31). O invejoso não se alegra com o triunfo do outro e alegra-se com o fracasso do outro. O invejo é alguém que tem uma super preocupação com sua posição, dignidade e direitos.

b) Sentimento Faccioso (v. 14b, 16b) – Há grandes feridas nos relacionamentos dentro das famílias e das igrejas (Exemplo: A igreja Central de Campo Grande _ MS). A falta de perdão (Matarazo). A palavra significa espírito de partidarismo. Era a palavra usada por um político à cata de votos. As pessoas são a seu favor ou então contra você. Paulo alertou em Filipenses 2:3 sobre o perigo de estarmos envolvidos na obra com motivações erradas: vangloria e partidarismo. O outro vem antes do eu. Exemplo: Filipenses 2 mostra o exemplo de Cristo, Paulo, Timóteo e Epafrodito.

c) Mentira (v. 14c) – A inveja produz sentimento faccioso. Este promove a vaidade e a vaidade se alimenta da mentira (1 Co 4:5).

Essa sabedoria produz somente problemas (v.16b). Inveja, confusão, e todo tipo de coisas ruins são o resultado da sabedoria do mundo. Muitas vezes, esses sintomas da sabedoria do mundo estão dentro da própria igreja (3:12; 4:1-3; 2 Co 12:20). Pensamentos errados produzem atitudes erradas. Uma das causas do por que deste mundo estar tão bagunçado é que os homens têm rejeitado a sabedoria de Deus. A palavra “perturbação” significa desordem que vem da instabilidade. Essas pessoas são instáveis como a onda (1:8) e indomáveis como a língua (3:8). Essa palavra é usada por Cristo para revelar a confusão dos últimos dias (Lc 21:9). Obras perversas são resultado sabedoria do mundo. Toda sorte de males prevalecem onde não há sabedoria do Alto.

III.   AS QUALIDADES DA VERDADEIRA SABEDORIA  (Tg 3.17,18)

Agora veremos as características da verdadeira sabedoria

1.  Características da Verdadeira Sabedoria.

a) Mansidão (v. 13) – Mansidão não é fraqueza, mas poder sob controle. A palavra era usada para um cavalo domesticado, que tinha o seu poder sob controle. Uma pessoa que não controle pessoal, não tem domínio próprio não é sábia. Mansidão é o uso correto do poder, assim como sabedoria é o uso correto do conhecimento.

b) Pureza (v. 17) – “Primeiramente pura” mostra a importância da santidade. Deus é santo, portanto, portanto a sabedoria que vem de Deus é pura. Ela é livre de impureza, mácula, dolo. A sabedoria de Deus nos conduz à pureza de vida. A sabedoria do homem conduz à amizade com o mundo.

c) Paz (v. 17) A sabedoria do homem leva à competição, rivalidade e guerra (Tg 4:1-2), mas a sabedoria de Deus conduz à paz. Essa é a paz produzida pela santidade e não pela complacência ao erro. Não se trata da paz que encobre o pecado, mas da pecado fruto da confissão do pecado.

d) Moderada (v. 17)   Essa característica da sabedoria do alto trata da atitude de não criar conflitos nem comprometer a verdade para manter a paz. É ter bom senso. É ser gentil sem ser fraco.

e) Tratável (v. 17) É ser uma pessoa comunicável, de fácil acesso. Jesus era assim: as crianças, os enjeitados, os leprosos, os doentes, as mulheres, os publicanos, as prostitutas, os doutores tinham livre acesso a ele. A Bíblia, entretanto, fala de Nabal, um homem duro no trato com que ninguém podia ser comunicar.

f) Plena de Misericórdia (v. 17) – Essa sabedoria é controlada pela misericórdia. A palavra misericórdia significa lançar o coração na miséria do outro. É sentir ternura pelo necessitado e estender-lhe a mão, ainda que ele nada mereça. A parábola do bom samaritano nos exemplifica esse tipo de sabedoria: Para um samaritano cuidar de um judeu era um ato de misericórdia.

g) Bons frutos (v. 17) As pessoas que são fiéis são frutíferas. Quem não produz frutos, produz galhos. A sabedoria de Deus é prática. Ela muda a vida e produz bons frutos para a glória de Deus.

h) Imparcial (v. 17)Uma pessoa que não tem duas mentes, duas almas (1:6). Quando você tem a sabedoria de Deus você julga conforme a verdade e não conforme a pressão ou conveniência.

i) Sem fingimento (v. 17)A palavra é sinceridade, sem hipocrisia. O hipócrita é um ator que representa um papel diferente da sua vida real. Ele fala a verdade em amor. Não existe jogo de interesse, política de bastidor.

2.   O fruto da justiça (v.18).

O fruto da justiça é colhido pelos que semeiam a paz.” Esse é o sentido mais adequado a esse versículo. A colheita da justiça acontece onde há sabedoria de Deus, que promove a verdadeira paz. Esse é o resultado da sabedoria de Deus, a justiça. A vida cristã é uma semeadura e uma colheita. Nós colhemos o que semeamos. O sábio semeia justiça e não pecado. Ele semeia paz e não guerra. O que nós somos, nós vivemos e o que nós vivemos, nós semeamos. O que nós semeamos determina o que nós colhemos. Temos que semear a paz e não problemas no meio da família de Deus.


CONCLUSÃO:

1.Como poderemos conhecer uma pessoa sábia? Uma pessoa sábia é sempre uma pessoa humilde. Aquele que proclama as suas próprias virtudes carece de sabedoria.

2.Como poderemos identificar uma pessoa que não tem sabedoria? Suas palavras e atitudes provocarão inveja, rivalidades, divisão, guerras.



             
 Professor, José Fábio     

                                                   Que Deus nos abençoe!



MAIS DA METADE DAS PESSOAS SE ARREPENDEM DO DIVÓRCIO






Decidir pelo divórcio é sempre difícil. Tanto que, passado o calor do momento, mais da metade das pessoas se arrepende. Foi o que mostrou uma pesquisa realizada no Reino Unido com 2 mil pessoas: nada menos do que 54% admitiram que ficaram se perguntando se fizeram mesmo a escolha certa, e a resposta foi “não”.



Para alguns, o arrependimento foi tão grande que 42% consideraram dar uma nova chance ao relacionamento. Desses, 21% estão juntos do ex-parceiro novamente.




Segundo a psicóloga e terapeuta de casais Daniela Ervolino, do Psicolink, situações como essas são comuns também no Brasil.


— Muitos casais se separam por impulso. Cada vez mais as pessoas querem resolver tudo instantaneamente e têm menos paciência para se dedicar ao relacionamento — avalia.


Para a especialista, em geral, o arrependimento no divórcio se deve à falta de flexibilidade e de abertura para o diálogo enquanto a relação existia — dois erros que levam à separação precipitada.


— As pessoas não conversam sobre os problemas por medo de iniciar uma discussão, por preguiça e por achar que o outro já deveria saber determinada coisa. Falar e ouvir é fundamental — afirma a psicóloga.











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sexta-feira, agosto 29, 2014

CONVITE ESPECIAL!


Rua: Indaiatuba, 191, Irajá - Rio de Janeiro - RJ
Tel. 21- 3361-2047 e 3686-3938
Cel. Tim - 21- 98122-1062

Pastora, MARIA VALDA



Dia: 13/09/2014



Horário: 18:00hs.


Traga Um Livro e Dói a Biblioteca!



CONVITE ESPECIAL!

Você é o Nosso Convidado Para
Uma Palestra Sobre

DEPRESSÃO!



De acordo com OMS (Organização Mundial de Saúde), até 2020 a depressão será a principal doença mais incapacitante em todo o mundo. Isso significa que quem sofre de depressão tem a sua rotina virada do avesso. Ela deixa de produzir e tem a sua vida pessoal bastante prejudicada. Atualmente, mais de 120 milhões de pessoas sofrem com a depressão no mundo - estima-se que só no Brasil, são 17 milhões. E cerca de 850 mil pessoas morrem, por ano, em decorrência da doença.







Pastora. MARIA VALDA
Meu Convite a Você!

Nota: Teremos Um Petisco Gostoso!!!
  

“O VATICANO CONTRA ISRAEL”:

15 de agosto de 2014


“O Vaticano contra Israel”: Crítica do novo livro de Meotti


“O VATICANO CONTRA ISRAEL”: CRÍTICA DO NOVO LIVRO DE MEOTTI

Janet Levy

Comentário de Julio Severo: Embora meu blog frequentemente denuncie as posturas anti-Israel da Igreja Presbiteriana e outras grandes denominações protestantes, o artigo de hoje é sobre semelhante postura da Igreja Católica. A autora conservadora Janet Levy é uma líder pró-família judia americana com quem tenho contato. Ela não tolera nem a Igreja Ortodoxa Russa pelos programas contra os judeus nem a Igreja Católica pelas Inquisição que também atingiu cruelmente os judeus. Apesar de suas opiniões duras, vale a pena conhecer o que ela diz. Muito pior do que a dureza dela é a opinião de alguns que mesmo hoje insistem em defender a Inquisição. Eis seu artigo:
Em seu novo livro, “O Vaticano Contra Israel: Eu Acuso”, Giulio Meotti explora o fundamento teológico de 1.700 anos de inimizade católica em relação aos judeus e como isso acontece contra Israel desde o início do sionismo moderno.


Papa João Paulo 2 com terrorista palestino Yasser Arafat

Com a eleição do Papa Francisco em março de 2013 como o Papa de número 266 (Ducentésimo Sexagésimo Sexto) da Igreja Católica, havia muita esperança de que uma reviravolta tão necessária nas relações judaico-católicas finalmente acabaria com séculos de antissemitismo católico e suas campanhas determinadas para sabotar o Estado judaico.

Essas esperanças tomaram forma quando ele, atuando como cardeal da Argentina, manteve laços estreitos com a comunidade judaica local, assistiu aos cultos de Rosh Hashaná (ano-novo judaico), co-organizou a cerimônia do memorial de Kristallnacht (noite dos cristais quebrados, onde sinagogas e lojas de judeus foram destruídas e saqueadas em 9 de novembro de 1938 na Alemanha), e foi a primeira figura pública a condenar o ataque a bomba, na cidade de Buenos Aires, ao Centro Comunitário Judaico de Buenos Aires, praticado em 1994 pelo grupo terrorista islâmico Hezbollah.

Mas o júri ainda está indeciso sobre como o relacionamento vai avançar com o novo papado, especialmente à luz de uma recente reunião do Papa Francisco realizada com um político da Malásia, Anwar Ibrahim, um proeminente agente da Irmandade Muçulmana (Muslim Brotherhood) e fundador da organização de fachada da Irmandade Muçulmana, o Instituto Internacional do Pensamento islâmico. Ibrahim manteve vivas as acusações de islamofobia no Ocidente e tem laços estreitos com o imam bósnio Mustafa Ceric, outro membro da Irmandade Muçulmana, que está vinculado ao controverso teólogo islâmico egípcio, Youssef Qaradawi, que foi proibido de entrar em uma série de países ocidentais por causa de numerosas declarações anti-Israel e anti-EUA.

O Papa Francisco pode, de fato, estar lutando contra o peso do passado. A Igreja Católica tem uma extensa história de antissemitismo que começa com a crença de que a destruição da Judéia pelos romanos, a queda de Jerusalém e a destruição do Templo Sagrado, no primeiro século, significavam que Deus estava rejeitando e punindo os judeus.

A queda de Jerusalém, ou a “Cidade do Deicídio” (cidade do assassinato de Jesus, Filho de Deus), está consagrada na liturgia cristã e ensina aos cristãos que eles têm sido os substitutos dos “ramos quebrados” dos judeus e “enxertados no tronco da Aliança.”

Aparentemente uma religião de “amor e bondade”, o Catolicismo tem abrigado animosidade e ódio intenso para com os judeus e foram cúmplices, direta e indiretamente, em muitos crimes e atrocidades contra eles.

Em seu novo livro, “O Vaticano contra Israel: Eu acuso”, Giulio Meotti usa o famoso título que o jornalista Emil Zola cunhou por sua revelação pública do antissemitismo francês que destruiu a vida de Alfred Dreyfus no final do século XIX.

Meotti explora o fundamento teológico de 1.700 anos de inimizade católica em relação aos judeus que levaram a múltiplas ações persecutórias e atrocidades através dos séculos e como ele continua a ocorrer na política da Igreja Católica para com o Estado judeu de hoje.

O Sr. Meotti explica como a Igreja Católica continua a minar os judeus através de sua política, declarações e relação de desprezo com o Estado de Israel. Desde a fundação de Israel em 1948, o Vaticano tem sempre trabalhado contra os melhores interesses do Estado judeu e ajudou e incentivou seus inimigos.

Essa extensa inimizade histórica da Igreja Católica para com os judeus e as atrocidades que a acompanharam, levou a uma aliança chocante de hoje com o islamismo e, mais surpreendentemente ainda, tem impedido a Igreja Católica de ajudar os cristãos perseguidos em todo o mundo muçulmano. Por repudiar suas raízes judaicas e forjar uma aliança estratégica entre muçulmanos e cristãos, a Igreja Católica iniciou um caminho precário para o futuro da Cristandade.

Além disso, o fato de que a Igreja Católica adota a versão muçulmana acerca da Palestina impede que se reconheça um problema muito real que vem colocando em risco a vida de milhares de cristãos em nações de maioria islâmicas.

A Igreja Católica firmemente ignora a realidade por trás da canção muçulmana, “Primeiro as pessoas do sábado, então o povo domingo”, que pela Bíblia une judeus e cristãos como “os infiéis”, isto é, o “Povo do Livro”, fazendo de ambos alvos de violência e repressão. No entanto, para a liderança da Igreja Católica admitir sua vulnerabilidade a esse respeito seria como obrigá-los a conferir legitimidade ao povo judeu em sua terra ancestral de Israel, abandonar a ideia de punição pelo deicídio, e tolerar o insulto final dos judeus, ou seja, o pecado de não seguirem o evangelho de Jesus Cristo.

A Igreja Católica e a Morte de Jesus


Em seu livro, o Sr. Meotti explica que os sentimentos antissemitas foram fundados nos pronunciamentos da Igreja Católica de que os judeus são responsáveis pela morte de Jesus. Ele mostra como, até muito recentemente, a Igreja Católica ensinava que a história judaica terminou quando apareceu o Cristianismo e que os judeus eram um povo amaldiçoado que matou Jesus, rejeitou o evangelho de Cristo e foi destinado a vagar pela terra por toda a eternidade.

Líderes religiosos católicos tomaram a posição de que a Igreja Católica constitui o “novo Israel” e os judeus foram para sempre abandonados por Deus. É essa doutrina teológica arraigada, diz ele, que provocou a expulsão dos judeus em toda a Europa, a criação dos guetos e a marginalização da comunidade judaica, a cobrança de multas pesadas sobre os judeus, as conversões forçadas, os sequestros de crianças judias para serem criadas como cristãos, o confisco de propriedade judaica (incluindo sinagogas transformadas em igrejas) e a tortura e assassinato de judeus.

Ações antissemitas em massa incluíram as Cruzadas, a Inquisição, os programas russos (massacre e perseguição dos judeus pelo Império Russo) e, finalmente, o Holocausto, que aniquilaram um terço dos judeus do mundo.

O livro de Meotti revela que não apenas essas ações, mas o genocídio que foi o Holocausto, foram possíveis pelo ambiente fértil de antissemitismo criado ao longo dos séculos pela Igreja Católica.

A Igreja e a Segunda Guerra Mundial


Em “O Vaticano contra Israel”, o autor examina como a Igreja Católica continuou a ser uma parceira disposta e ansiosa na destruição do povo judeu na era moderna.

A Igreja Católica ajudou a promulgar o embuste antissemita de um plano judeu para a dominação global, conforme estabelecido nos Protocolos dos Sábios de Sião. A primeira tradução dessa calúnia sanguinária foi traduzida por cristãos árabes e publicada por um jornal da comunidade católica em Jerusalém, em 1926.

Quando Adolf Hitler chegou ao poder na Alemanha, o Vaticano foi o primeiro Estado a reconhecer formalmente a legitimidade do Terceiro Reich e manteve relações diplomáticas com o governo nazista até o final da guerra.

O Sr. Meotti relata que, durante o Holocausto, o enviado britânico à Santa Sé proveu relatórios diários sobre as atrocidades nazistas. Meotti revela que o Papa Pio XII optou por permanecer em silêncio e resistiu a muitos pedidos de ajuda do povo judeu. Enquanto os judeus eram mortos em câmaras de gás em toda a Europa, a maioria das igrejas cristãs foi negligente ao não agir. Alguns até colaboraram com os nazistas.

Surpreendentemente, em 1943, no auge do genocídio dos judeus, Pio XII reafirmou em sua encíclica, Mystici Corporis Christi (Corpo Místico de Cristo), a superação do Cristianismo sobre o judaísmo e a substituição da Bíblia judaica, que tinha sido abolida, pela Bíblia cristã.

No final da II Guerra Mundial, no mais vil desrespeito à memória de milhões de pessoas que morreram durante o genocídio nazista, o Vaticano protegeu do Ministério Público uma série de nazistas, com efeito, concedendo uma aprovação tácita para as ações desses carniceiros nazistas. Os criminosos de guerra, incluindo Adolph Eichmann, Dr. Joseph Mengele, Klaus Barbie, Franz Stangl, e outros fugiram através da Itália com o apoio da rede católica.

O Sr. Meotti relata que o apoio do Vaticano e a admiração para com os nazistas não terminou aí. Em 1994, o Papa João Paulo II conferiu o título de cavaleiro papal ao comprovado criminoso nazista de guerra Kurt Waldheim, que depois da Segunda Guerra Mundial tornou-se Secretário-Geral das Nações Unidas. A honra papal, dada apesar de uma bem-conhecida “controvérsia 1985” sobre o passado nazista de Waldheim, foi na prática como cuspir na memória das vítimas do Holocausto, os sobreviventes e os seus descendentes.

Para conferir ainda mais vergonha às suas ações, o Vaticano reconheceu “os esforços de paz” de Waldheim, demonizando Israel por se defender contra o terrorismo árabe-palestino ocorrido durante o mandato de Waldheim como Secretário-Geral. Ao acolher Waldheim no Vaticano como um visitante de honra, o Vaticano estava simbolicamente limpando-o da mancha de seus crimes do Holocausto e glorificando o seu trabalho em nome da ONU para destruir o Estado judeu.


A Igreja Católica e a criação do Estado judeu


Em “O Vaticano contra Israel”, o autor revela como a Igreja Católica inicialmente lutou contra o mandato britânico para a Palestina, que estabeleceu Israel e, depois de sua fundação, demonizou e deslegitimou a existência de Israel. Até mesmo quando os judeus estavam sendo mortos em câmaras de gás durante o Holocausto, a Igreja Católica estava obcecada com o objetivo de deter a criação de Israel e o retorno dos judeus à sua terra ancestral, porque isso vai contra a teologia da Igreja Católica de que os judeus foram condenados a ficar eternamente sem pátria pelo seu crime de deicídio há quase 2000 anos.

A Igreja Católica estridentemente manteve a posição de que o sionismo era anti-cristão e anti-católico e que o único caminho para a salvação era através da conversão. A fundação definitiva do Estado judeu foi problemática para a Igreja Católica porque invalidava sua teologia da substituição e sua doutrina sobre o povo judeu — que todos os judeus das gerações vindouras deveriam ser amaldiçoados e punidos por deicídio. Em 1904, o Papa Pio X disse para Theodore Herzl, fundador do sionismo, que ele nunca aprovaria o movimento sionista assim como “os judeus não reconheceram nosso Senhor.”

Em 1965, 1.700 anos depois que a Igreja Católica havia condenado os judeus por toda a eternidade, o Vaticano emitiu a declaração papal “Nostra Aetate”, liberando os judeus de hoje da responsabilidade pela morte de Cristo. No entanto, o documento não pede desculpas pelo seu passado de antissemitismo cristão e não validou o judaísmo ou reconheceu o Estado judeu, que até então já existia há 17 anos.

A Igreja Católica e os árabes muçulmanos

Quanto à participação política na guerra árabe-muçulmana contra Israel, Meotti descreve como o Vaticano construiu uma causa comum com os árabes-palestinos, apoiando suas reivindicações apócrifas ao território e até mesmo perdoando atos de terrorismo.

O Papa João Paulo II foi mais longe ao publicamente promover a ideia de um holocausto iniciado pelos israelenses, com base, na verdade, em relatos falsificados sobre a opressão dos israelenses aos palestinos.

O Papa João Paulo II concedeu várias audiências a Yasser Arafat, o pai do terrorismo moderno e o chefe da Organização de Libertação da Palestina (OLP), que tinha ordenado e executado ataques contra civis judeus e estava buscando publicidade e legitimidade no cenário mundial. Enquanto proclamavam abertamente ódio aos judeus e planos de aniquilar Israel, Arafat e ao seus capangas ganhavam respeitabilidade da Igreja Católica.

Líder católico com terrorista palestino Yasser Arafat



Em 1974, o Vaticano reconheceu formalmente a Organização de Libertação da Palestina. Em 1993, quase 20 anos depois, a Igreja Católica reconheceu o Estado de Israel.

Quando o presidente da OLP, Yasser Arafat, morreu em 2004, o Papa elogiou o terrorista como um grande líder neste “momento de profundo pesar” e falou com carinho de sua proximidade com a família Arafat.

Enquanto isso, a aceitação de Israel pela Igreja Católica tem sido morna, na melhor das hipóteses. Faz-se todo tipo de campanha para demonizar e deslegitimar o Estado judeu e apoiar a versão árabe-palestina, mesmo após dezenas de atentados suicidas e dezenas de milhares de ataques de foguetes contra território israelense. A Igreja Católica promove a ideia de que a violência palestina é uma reação justificável à “opressão e humilhação” feita pelos israelenses.

Nunca são mencionados os objetivos abertamente declarados do Hamas e do Hezbollah de destruir o Estado judeu. Nenhuma condenação do Vaticano foi feita pelos mais de 11 mil ataques de foguetes que mataram e mutilaram centenas de civis israelenses. Tentativas de Israel de se defender foram caracterizadas como atos de agressão.

Em 2002, no auge da Intifada, a Igreja Católica tolerou e legitimou o terrorismo palestino denominando os ataques contra Israel como um “grito de justiça.” Em um desfile de protesto pró-palestinos em Roma, em 2002, o arcebispo Capucci, que usou sua imunidade do Vaticano no passado para contrabandear armas e explosivos aos terroristas do Fatah, defendeu os terroristas suicidas e afirmou: “Saudações para os filhos da Intifada e aos mártires que irão e lutarão como se estivessem indo para uma festa… Queremos a nossa terra, ou vamos morrer com dignidade… Intifada até a vitória”. Nenhuma crítica ou repercussão veio do Vaticano.

Além do exposto acima, Meotti lista uma infinidade de ONGs católicas, como Trocaire, Pax Christi, Cordaid e Caritas que legitimam as atividades terroristas e demonizam Israel através de campanhas de boicote, desinvestimento e sanções (BDS). As ONGs também comparam o sionismo ao nazismo e organizam eventos em que as barreiras de segurança de Israel, que salvaram vidas judaicas, são rotuladas como “muros de apartheid”.

Ainda hoje, muitos dos mapas do Vaticano de peregrinação dos cristãos e passeios turísticos deixam de mencionar Israel. Em vez disso, a área é chamada de “Terra Santa” ou “Palestina”. A propaganda anti-Israel da Igreja Católica é intensificada pelas excursões que são propositadamente concebidas para projetar no Estado judeu um foco negativo. Guias palestinos focam exclusivamente em visitas controladas para os territórios palestinos e em incutir o ódio a Israel ao distorcer os fatos e garantir que os turistas voltem para seus países em permanente estado de ignorância da verdadeira natureza do Estado judaico, a única democracia na região.

Meotti, nesse excelente relato da história do Vaticano, profetiza que as ações da Igreja Católica para com os judeus e Israel irá resultar em consequências trágicas para judeus e cristãos. Ao atacar Israel e resistir em fazer laços significativos com os judeus e com o Estado judeu em favor de uma aliança mortal entre cristãos e muçulmanos, a Igreja Católica está plantando as sementes de sua própria destruição. O futuro para os cristãos é revelado de forma claríssima pelo que acontece com as populações que diminuíram drasticamente em Belém, Ramallah, Gaza, e na “Cisjordânia”, onde os cristãos são usados como escudos humanos e os lares cristãos servem como locais de lançamento de foguetes.

Em todos os países muçulmanos do Oriente Médio, os cristãos estão sendo massacrados e expulsos da terra. Os ataques a bomba às lojas cristãs, escolas e igrejas, e a tortura e o assassinato de pastores tornaram-se um acontecimento quase diário, ele mostra.

Esse é o futuro que aguarda a Igreja Católica e seus seguidores cristãos se persistirem no alinhamento com os muçulmanos e não conseguirem superar seus atos antissemitas históricos e atuais.

Traduzido por Dionei Vieira do artigo do jornal israelense Arutz Sheva: “The Vatican Against Israel”: Review of New Meotti Book
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