"Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se " Mt:13-25.
Sendo Joio
Sendo Joio
A intenção do joio é confundir. Entre milhares de plantações existentes para o seu desenvolvimento ele prefere a de seu parente, muito parecido, o trigo.
As semelhanças externas, contudo não confirmam a essência: O joio é muito inferior ao trigo. Cuidado com as aparências!
A natureza do joio é má e o parasita hospedeiro, natural a espécie, o torna muito pior, seu efeito tóxico pode até mesmo matar. O joio é o protótipo do homem maligno que se deixa influenciar por irmãos obsessores.
Joio não tolera montanhas, lugares altos. Gosta de comodidade, lugares comuns, portas largas de fácil acessibilidade.
Sendo Trigo
" O Reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo" Mt 13:24
A primeira ressalva é de que do trigo, se obtém o alimento base de grande parte da população mundial: "O Pão". Jesus se nomeou "O Pão da vida" (Jo 6:48). Ele é o alimento principal da humanidade.
A natureza do trigo é benéfica, como a dos homens nascidos de Deus. Assim como a botânica divide as categorias de trigo pode-se também atribuir características aos cristãos. Como as partes do corpo; diferentes, porém, importantes para o conjunto (I cor 12:11-31).
A boa terra em que cresce o trigo pode ser comparada ao bom terreno do coração. A Palavra plantada frutifica (Mt 13:7,8).
O processo de industrialização (grão de trigo-farinha) elimina grande parte das vitaminas necessitando ser enriquecida (a farinha) novamente, com as substâncias que lhe foram retiradas.
A industrialização é consequência da modernidade. Antigamente, na Palestina, cada família tinha a sua própria maquinagem de fazer pão. A recomendação de Deus era para que os pães ofertados nas solenidades festivas fossem ázimos, ou seja, sem fermento (Lv 23:6). Jesus também advertiu seus discípulos sobre o perigo do fermento (Mt 16:6).
Essa industrialização do trigo, pode ser comparada à vida de muitos cristãos: Alguns inicialmente são genuínos, sóbrios, agradáveis a Deus, depois perdem a identidade, não suportam a sã doutrina (sem fermento) e se voltam às fábulas, desviando-se da Verdade (IITm 4:3,4).
O fermento, porém, independente da modernidade, assim como o joio sempre existiu no seio da igreja e sempre existirá seja em pequena ou grande proporções, porém, cabe a cada um ouvir e obedecer as recomendações de Jesus sobre ambos: "Acautelai-vos do fermento" (Mt 16:6) e "sede prudente com o joio" (Mt 13: 28-30).
Sempre, também, haverá tempo para recompor as "vitaminas perdidas", "arrepender-se e voltar ao primeiro amor" (Ap 2:4,5).
O Agricultor
"Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem então joio? E Ele lhes disse: O inimigo é quem fez isso" Mt 13: 27, 28.
Deus criou o homem com a natureza boa, assim como o trigo, só que "ao dormir o homem", e esse homem foi Adão, o inimigo, a serpente enganadora, semeou também o joio, a natureza maligna e pecaminosa de Satanás. A mesma natureza que ainda habita nos que ainda não nasceram de novo em Cristo Jesus.
Deus É o Agricultor (Jo 15: 1). Somente Ele com propriedade, podem distinguir sem dificuldade quem é joio e quem é trigo. Ele também é quem ordena o destino da plantação: "Deixai crescer ambos até a ceifa: e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colha primeiro o joio e atai-o em molhos para queimá-lo; mas o trigo, ajuntai-o no meu celeiro" Mt 13:30."Meu celeiro" é a glória celeste, a fogueira é no inferno.
Embora na agricultura tenha-se uma visão muito clara do que seja joio e trigo, na vida pessoal isso se torna muito difícil. Os frutos nem sempre estão à mostra (podem se esconder em folhagens) e alguns podem estar à mostra e serem totalmente insípidos. Um agricultor saberá avaliar tudo muito bem, assim como Deus, só Ele conhece os verdadeiros cristãos.
Ficam aqui as indagações: Estamos sendo joio ou trigo? Estamos sendo prudentes ou precipitados? Nossa vida Cristã é com fermento ou sem fermento? Estamos aguardando o agricultor para a colheita e separação do joio e do trigo ou estamos arrancando os dois juntos? ou melhor, estamos preparados para a grande colheita?
Bíblia Sagrada, Almeida J. F., SBTB, Revista e corrigida.
Enciclopédia Universo.
O que se entende por essa parábola do Joio?
O joio – do grego zizanion (cizânia) significava uma gramínea anual que parecia muito com trigo até que amadurecesse.
2) Como está posta esta parábola?
"Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio? Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso. Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio? Não! replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo. Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas trigo, recolhei-o no meu celeiro." (Evangelho segundo São Mateus 13:24-30)
3) O que podemos dizer acerca do reino dos céus?
O "reino dos céus" é uma figura de linguagem usada por Jesus. Não se refere a um lugar circunscrito, mas ao estado de espírito daqueles que põe em prática as leis naturais impressas por Deus em nossa consciência, notadamente a lei de justiça, amor e caridade.
4) Como interpretar a semeadura do trigo?
É uma continuação da "parábola do semeador". Na parábola do semeador, há uma situação hipotética, em que a semente cai em terrenos de diversas qualidades. Aqui, há um tipo específico de semente, a do trigo. Com o trigo podemos fazer farinha, e da farinha, o pão, o macarrão etc. É um produto necessário à manutenção da vida humana. Devemos associá-lo ao bem.
5) Os trabalhadores dormiram por negligência?
Os trabalhadores do campo adubaram a terra, cavaram os buracos, jogaram as sementes de trigo e cuidaram de regar as plantinhas tenras. Depois desse esforço, foram dormir descansar pelo dia trabalhado. Os inimigos, porém, esperaram a noite vir, trabalharam no escuro e jogaram a erva daninha. É um chamamento à vigilância. "É pelo descuido do lavrador que a colheita se perde, é pelo descuido do professor que o aluno se torna ocioso, é pelo descuido da educação que os delinquentes juvenis surgem. Assim, para que o bem se conserve e se dilate haverá necessidade de esforço constante".
6) Devemos arrancar o joio ou deixá-lo crescer com o trigo?
Nesta parábola, o joio deve crescer junto com o trigo. Por quê? Porque estas ervas são parecidas. Caso tencionássemos tirar o joio, poderíamos, por engano, arrancar também o trigo. Neste caso, Jesus está nos dizendo que o mal deve conviver com o bem, sem, contudo, que o bem seja conivente com o mal. O mal deve ser sempre combatido. Há, porém, a necessidade de esperar o momento certo, pois qualquer coisa que é feita fora de hora pode não produzir os seus frutos.
7) A que nos remete esta parábola?
Esta parábola remete-nos à lei de causa e efeito. Todos somos livres para semear; a colheita, porém, é obrigatória. Podemos semear tanto o trigo quanto o joio. É como a opção entre o bem e o mal. Se nossos atos optarem pela prática do bem, a recompensa futura será mais liberdade; caso optemos pelo mal, estaremos prisioneiro do mesmo.
8) A condição humana está mais para o trigo ou para o joio?
O mal é inerente à imperfeição humana. Na Terra, somos todos mais ou menos imperfeitos; por isso, a necessidade de compaixão de uns para com os outros. A convivência com o mal é a resignação da alma ante uma situação irremediável. O homem de bem deve combater o mal, mas sempre de acordo a mansuetude; a guerra e a violência podem produzir mais guerra e violência.
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