Cristãos são desafiados a dedicarem seus corpos a Deus e não apenas suas mentes e corações
Um estudo surpreendeu a comunidade cristã ao mostrar a relação entre a fé e a obesidade. O estudo realizado pelo autor Matthew J. Feinstein descobriu que jovens e adultos que assistiam regularmente cultos tinham 50% mais de chances de se tornarem obesas quando atingirem a idade média.
"Já tínhamos encontrado envolvimento da religião com as pessoas propensas a obesidade. Mas queríamos seguir as pessoas ao longo do tempo para certificar de que elas realmente têm mais probabilidade de se tornarem obesas. Mas isso não significa que as pessoas mais gordinhas são mais propensas a voltar para a religião", afirmou Matthew.
No primeiro estudo que analisou o desenvolvimento da obesidade na comunidade religiosa, os pesquisadores acompanharam 2.433 homens e mulheres de 20 a 32 anos. O estudo mostrou que 41% dos participantes eram mulheres negras.
Depois de analisar fatores como idade, raça, sexo, escolaridade, renda e índice de massa corporal, 32% dos que assistiam os cultos se tornaram obesos na meia-idade, enquanto 22% das pessoas que frequentam menos a igreja se tornaram obesos.
Participar de uma função religiosa, pelo menos uma vez por semana foi definido como alta frequência de participação religiosa.
“Não sabemos por que a participação religiosa frequente é associada com o desenvolvimento da obesidade, mas o resultado é bom para ajudar na prevenção da obesidade", recomendou Feinstein.
Autor principal do estudo, Donald Lloyd-Jones, disse que "a obesidade é a epidemia de grandes proporções que assusta a população dos EUA. Sabemos que as pessoas obesas apresentam riscos para desenvolver diabetes, doenças cardíacas e certos tipos de câncer, e consequentemente morrer muito mais jovem".
“Precisamos usar todas as ferramentas à nossa disposição para identificar grupos de risco e fornecer treinamento e suporte para impedir o desenvolvimento da obesidade", acrescentou Lloyd-Jones.
Jones advertiu que a descoberta não compara a saúde dos religiosos com os não-religiosos. No entanto, os autores ressaltam que os estudos anteriores também mostraram que pessoas religiosas tendem a viver mais, porque não fumam e não bebem.
Kenneth Ferraro, que realizou um estudo em 1998. Ele mostrou que os cristãos na América praticam a gula. "A vida religiosa tem sido considerada saudável, com suas restrições sobre a promiscuidade sexual, álcool e tabaco", observou Ferreira. "No entanto, comer demais pode ser um pecado que os pastores têm negligenciado".
“As igrejas americanas estão praticamente silenciosa sobre o excesso de peso dos seus membros, apesar da Bíblia recomendar moderação em todas as coisas", disse o professor de sociologia.
Em Lucas 21.34, Jesus nos adverte a cerca da gula. “E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia”.
Podemos falar sobre todas as questões de pecado na igreja, mas não falamos sobre o pecado de não cuidar do templo que Deus nos deu, comentou o pastor da Primeira Igreja Batista em West Virginia Steve Willis.
Segundo pastor Steve Willis a Norma da igreja Batista encorajou os fiéis a considerar o exercício e alimentação saudável como um ato de adoração. "É importante que os cristãos zelem pelos seus corpos, pois eles pertencem a Deus".
Na Colônia de Highland o pastor Jay Richardson também abordou a questão da obesidade, dentro da igreja através de sua série de sermões no atual programa de perda de peso tendo como base o livro Pastor Steve Reynolds.
“Acredito que, de alguma forma, a nossa saúde e comer tudo o que queremos - temos uma espécie de ‘divórcio’ a partir de nossa vida espiritual. Nós queremos honrar a Deus com nossos corpos. Eles não são para nossa satisfação e sim para a glória de Deus", disse pastor Richardson.
O estudo desafia os cristãos a dedicarem seus corpos a Deus, e não apenas suas mentes e corações.
Fonte: Christina Post / Redação CPAD News
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