Vamos nesta oportunidade meditar em II Tm 2: 15.
“Procura apresentar- te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra de verdade”.
O obreiro aprovado é aquele que: em primeiro lugar ama a Deus e a Sua Palavra acima de tudo. Sabe que não é ele; mas Cristo em sua própria vida.
O obreiro aprovado entende que foi escolhido, chamado e eleito pelo próprio Deus, de quem recebe o selo das primícias espirituais quando, pela unção do Espírito Santo e através da autoridade do ministério a qual está subordinado, conscientiza-se de que servir a Deus e batalhar pela defesa do Evangelho; implícita submeter-se, obedecer e fazer não aquilo que pensa ou acha, mas, tudo o que for necessário para a continuação da vitória de Cristo.
O obreiro é um operário qualificado, que trabalha a serviço do Reino de Deus. Esse trabalho é continuo e sem descanso. Ele nunca se despe do “seu uniforme” de trabalho. Seu uniforme é espiritual, logo, sobrepõe à vestimenta terrena.
Seja um policial, professor, motorista, dona de casa ou estudante. Qualquer que seja sua ocupação secular, sempre estará sobre ele seu uniforme de trabalho espiritual. Deste ele não pode se despir jamais.
A qualquer momento, a farda do policial, o giz do professor, o veículo do motorista, os afazeres da dona de casa ou o material didático do estudante poderão ser substituídos pelas ferramentas ou armas usadas pelo obreiro. Nesse momento, o cidadão comum se torna o soldado da resistência. Apto e disposto a combater o bom combate.
No entanto, existem alguns aspectos que são necessários e fundamentais, a serem observados e vividos pelo obreiro que deseja realmente ser aprovado e servir fielmente seu Senhor.
Deus enviou JESUS CRISTO para mudar a história do planeta terra e de seus habitantes, a terra nunca mais foi à mesma depois da vinda de CRISTO. JESUS partiu para os céus, mas o ESPÍRITO SANTO ficou na terra na vida dos servos de DEUS.
Estes servos de DEUS são aqueles que confiaram em JESUS e se arrependeram de seus pecados, reconhecendo JESUS CRISTO como seu SENHOR E SALVADOR.
A OBRA DE DEUS iniciada no VELHO TESTAMENTO por DEUS através de seus servos JUDEUS continua através dos SERVOS DE DEUS de todas as nações. O trabalho a ser realizado por estas pessoas é a OBRA DE DEUS e as pessoas que a realizam são os OBREIROS.
Neste artigo, vejamos o que Deus tem a nos dizer sobre a tarefa que os servos de DEUS devem realizar para DEUS.
PROCURA APRESENTAR- TE A DEUS APROVADO
Como obreiro de DEUS PROCURAMOS muitas coisas. Procuramos estudar, procuramos orar, procuramos nos santificar, procuramos servir as pessoas, procuramos frequentar os cultos, procuramos dizimar, ofertar, procuramos crescer como obreiro.
Tudo isto é importante, mas existe algo mais importante que devemos fazer, devemos PROCURAR nos APRESENTAR A DEUS. É neste detalhe que muitos falham, muitos obreiros se apresentam a sua igreja, a sua denominação, ao seu pastor, ao seu bispo, aos congregados que ele serve, mas às vezes se esquece de se APRESENTAR A DEUS. DEUS é o SENHOR de sua própria obra, ELE é o responsável pela divisão de tarefas de sua obra, é a ELE a quem devemos prestar contas de nossos trabalhos.
O OBREIRO de DEUS deve conversar com DEUS todos os dias, esta comunhão diária proporcionará o aperfeiçoamento do servo de DEUS. Existem “obreiros” que não oram que quase não estudam a Bíblia, não se apresentam a Deus, como pode esta pessoa ser bem sucedida na obra de DEUS, que se caracteriza pelas lutas espirituais com as forças do mal?
Paulo diz que o OBREIRO deve se apresentar a DEUS, mas diz também de que maneira este obreiro deve se apresentar a DEUS.
O obreiro deve se apresentar a DEUS APROVADO. O que isto significa? Significa que temos que ter a aprovação de DEUS e da Bíblia para o que fazemos. Um obreiro de DEUS deve ser PACIFICADOR e não guerreador.
A luta do obreiro é contras as forças do mal e não contra pessoas. Como obreiros de DEUS têm que respeitar a religião das outras pessoas, pois só podemos apresentar JESUS para as pessoas, provando que o AMOR DE DEUS habita em nós, e o AMOR de DEUS vem acompanhado de RESPEITO a liberdade das pessoas.
Tem obreiro que gasta tempo em sermão em vídeo, áudio e até em livro, brigando com outros obreiros e brigando com outros religiosos. O povo de DEUS é o povo que representa DEUS, se dissemos que andamos com DEUS, as pessoas esperam ver as virtudes e o caráter de DEUS em nossas atitudes e relacionamentos.
O obreiro para ser APROVADO tem que passar nos testes do ministério. Quando eu quis ser advogado, eu tive que passar no teste do vestibular, depois tive que passar em muitos testes e provas de inúmeras matérias durante cinco anos de bacharelado, depois tive que passar no teste de um ano de estágio, depois teve que passar no teste do fórum, enfrentando juízes e funcionários do fórum, depois fiz pós- graduação, tive que enfrentar mais provas e testes durante um ano. Na vida espiritual é assim também, nada vem de graça, DEUS prova as pessoas que chama as provas de fogo constantemente estão diante de nós.
Algumas pessoas se apresentarão em nosso caminho para nos atrapalhar, para nos difamar, para tentar nos parar, mas temos que nos lembrar de que fomos chamados por DEUS e, portanto temos que nos apresentar somente a DEUS.
COMO OBREIRO QUE NÃO TEM DO QUE SE ENVERGONHAR...
Temos muitos motivos para nos orgulhar como obreiro de DEUS. Fomos criados por DEUS, fomos sustentados durante toda a nossa vida por DEUS, fomos salvos por JESUS, o Espírito Santo habita em nosso coração, os ANJOS DE DEUS nos protegem todos os dias, fazemos parte da mesma comunidade que Abraão, Jacó, Elias, Davi, Pedro, Paulo, Débora e de outros servos de DEUS do passado e do presente. Hoje pertencemos a igreja de nossa geração, portanto pertencemos a um grupo de pessoas salvas por JESUS espalhadas em toda a terra, portanto não estamos sós na tarefa que realizamos, temos muitos motivos para nos orgulhar.
Um obreiro de DEUS não deveria ter do que se envergonhar, mas não é isto o que acontece na prática, nós os verdadeiros e sérios obreiros nos envergonhamos de muitas coisas.
Eu me envergonho de ver pregadores COBRANDO e cobrando alto para pregar o que receberam de graça de JESUS, eu me envergonho de ver obreiros brigando com outros obreiros por causa de dinheiro, de membros, de região geográfica, eu me envergonho de ver obreiros que deveriam agir com transparência, usarem o dinheiro sagrado de dízimos e ofertas que o povo de DEUS dá para a obra de DEUS, para uso próprio, comprando mansões, viajando de primeira classe para pregar e comprando até jatinhos de milhões de dólares.
Eu me envergonho de ver tantos obreiros se separando de suas esposas e família, namorando com suas secretárias, assistentes e membros da congregação, e continuam a “ministrar” como se nada tivesse acontecido.
Eu me envergonho de ver “obreiros” que não conhecem a bíblia e seus personagens, e querem ensinar alguma coisa espiritual ao povo de DEUS. Eu me envergonho de ver gente se rebelando nas igrejas sérias e abrindo milhares de “igrejas” com nomes estranho e que causam vergonha aos que seriamente servem a DEUS.
Eu me envergonho de ver no ministério musical das igrejas verdadeiras “PARAQUEDISTAS ESPIRITUAIS” crente que nunca pertenceu a igreja, que não faz mais sucesso em suas carreiras, e por saber que o Brasil tem pelo menos 50 milhões de evangélicos, se infiltram nas igrejas, vendendo CDS, DVDs e outras “cositas mais”.
Eu me envergonho de ver na época de eleições os púlpitos das igrejas serem usados por oportunistas que só querem o voto e nada tem com DEUS e sua obra. Púlpito é lugar de pregador da palavra de DEUS.
Não tenho tempo para enumerar tudo o que me ENVERGONHA na igreja hoje, mas como eu me preocupo em AMAR E SERVIR a DEUS, eu não me envergonho de ser um servo de DEUS, de ser Cristão, de ser evangélico, de ser crente. Tenho ‘orgulho’ de pertencer a um grupo vencedor como este me ‘orgulha’ de abrir a Bíblia e poder entender suas lições, me ‘orgulho’ de dobrar meu joelho diante daquele que me criou e me salvou me ‘orgulho’ de ser um cidadão dos céus.
QUE MANEJA BEM A PALAVRA DA VERDADE...
A Palavra tem poder, ninguém duvida. Podemos falar e estimular uma pessoa ou podemos dizer algo que desanime uma pessoa. A palavra é expressão do pensamento, mas nem tudo o que pensamos devemos dizer. Devemos selecionar cuidadosamente cada palavra que dizemos, pois senão corremos o risco de criar muitos problemas para nós e para as pessoas ao nosso redor. Pior do que dizer uma palavra mal selecionada é dizer MENTIRAS.
A mentira não existe, é uma criação da pessoa, por isto em alguns tribunais jurídicos, para forçar uma pessoa a dizer a verdade, a pessoa deve falar com a mão sobre a bíblia, a pergunta é: “VOCÊ PROMETE DIZER A VERDADE, SOMENTE A VERDADE, NADA MAIS DO QUE A VERDADE?”. Hoje existem detectores de mentiras, para saber se o que a pessoa está dizendo é a verdade.
O obreiro de DEUS é o detentor da verdade. Ele prega sobre o que DEUS é e o que ELE promete para as pessoas, DEUS nunca mente, tudo o que ELE diz é a verdade, o diabo é o PAI DA MENTIRA, portanto não podemos acreditar nele, a verdade não faz parte dele.
É por isto que o obreiro de DEUS deve usar a bíblia como base, o servo de DEUS nunca pode mentir, ele deve manejar bem a PALAVRA DA VERDADE.
A PALAVRA DA VERDADE É a Bíblia sagrada, o obreiro de DEUS deve dominar a bíblia de gênesis a apocalipse, deve conhecer todos os seus personagens, deve conhecer as doutrinas e princípios. Um obreiro de DEUS deve ser transparente em tudo o que faz como líder deve ser VERDADEIRO na administração financeira da igreja.
Se um agente público dever ter alto grau de honestidade, um servidor de DEUS não pode ser menos avaliado. O obreiro de DEUS deve sempre dizer a VERDADE, PREGAR A VERDADE, VIVER A VERDADE e espalhar a verdade, a verdade sempre prevalece, a mentira tem pernas curtas e logo é descoberta.
I. O OBREIRO DEVE AGIR COMO SOLDADO, ATLETA E LAVRADOR.
O contexto do que vamos avaliar aqui é o do:
A. SOLDADO DE CRISTO, dos versos 1 a 4, Paulo fala que o SERVO, E OBREIRO DE DEUS, TAMBÉM é soldado, ou seja, para servir a DEUS é preciso se preparar da mesma forma que um soldado vai para a guerra, sabendo que vai encontrar um inimigo preparado, é preciso estar alerta e preparado para ser vitorioso.
Dos versos 5 a 9, Paulo diz que o OBREIRO, tem que ser DISCIPLINADO, e dá como exemplo o ATLETA E LAVRADOR.
Todo atleta precisa ser disciplinado para vencer. Disciplina significa diariamente exercitar para aprimorar a técnica e manter a forma. O servo de DEUS como atleta deve orar, e praticar com as pessoas diariamente, tudo o que tem aprendido de DEUS.
O LAVRADOR precisa conhecer do tempo, da terra, da semente, da semeadura e colheita. O servo de DEUS LAVRADOR, ao plantar oração, adoração, serviço aos pobres e necessitados, certamente vai colher vidas salvas, libertas e felizes para o reino de DEUS.
Dos versos 11 a 13, Paulo fala que o OBREIRO DE DEUS tem que CONFIAR em DEUS. JESUS morreu e os servos de DEUS morreram com ELE, JESUS ressuscitou, os servos de DEUS vivem com JESUS também.
Quem persevera reinará, quem negar JESUS será negado por ELE, Quem for INFIEL, terá a garantia que JESUS continuará FIEL, JESUS continuará fiel, pois este é um atributo inerente ao próprio JESUS, se ELE deixasse de ser fiel acabaria negando a ELE mesmo. Devemos sempre ser fiel a DEUS e as pessoas, mas se falharmos JESUS continuará sendo fiel.
II. DÁ TESTEMUNHO SOLENE A TODOS PERANTE DEUS, PARA QUE EVITEM CONTENDAS DE PALAVRAS, QUE PARA NADA APROVEITAM, EXCETO PARA A SUBVERSÃO DOS OUVINTES (v. 14).
O obreiro de DEUS deve entender que a pessoa a quem ele deve prestar contas é DEUS, é verdade que o obreiro serve a igreja, ao pastor, ao ministério, mas quem chamou o obreiro para servir a igreja foi DEUS , portanto tudo o que o obreiro fizer, deve fazer com o objetivo de agradar a DEUS. Paulo diz que o obreiro deve dar testemunho a todos (PERANTE DEUS).
Uma qualidade do OBREIRO DE DEUS é que ele deve usar sua capacidade de falar, para PREGAR O EVANGELHO, para ORAR pelos aflitos, para UNIR os outros OBREIROS espalhados na terra.
Um obreiro nunca deve ser elemento de CONTENDAS, nunca deve usar a PALAVRA para contender. É verdade que a obra de DEUS espalha-se sobre a terra em várias denominações, ministérios, e cada um destes grupos tem opiniões diversificadas sobre vários temas, por exemplo, os PENTECOSTAIS acreditam que para um crente chegar ao crescimento espiritual máximo, ele deve ser “BATIZADO COM O ESPÍRITO SANTO e falar em línguas”. Os que se consideram TRADICIONAIS não enfatizam os dons espirituais, mas a comunhão com DEUS e o serviço ao necessitado.
Mesmo pensando diferente em alguns temas, o Povo de DEUS vai concordar nos temas principais, como por exemplo, todos concordam que JESUS é o filho de DEUS e SENHOR DA IGREJA, todos concordam que Maria não é intermediária entre os homens e DEUS, mas uma serva de DEUS que cumpriu uma missão especial, a de gerar o filho de DEUS e que por ter tido outros filhos deixou de ser virgem, todos concordam que a Bíblia sagrada, de gênesis a apocalipse é a PALAVRA REVELADA DE DEUS que não pode ser nem tirada nem acrescentada.
Todos os cristãos concordam que a igreja são as pessoas salvas por JESUS e que o templo não é a igreja. O templo é o lugar de reunião dos servos de DEUS.
Vimos então que vamos CONCORDAR nos pontos básicos e discordar em temas que não tem relevância, o mais importante para o servo de DEUS é unir-se com os servos de DEUS de todos os grupos e trabalhar para o crescimento da igreja.
III. O OBREIRO AGE COM SABEDORIA E MANSIDÃO
E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas. Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender e sim deve ser brando para com todos aptos para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele, para cumprirem a sua vontade." (II Tm 2.23-26)
Lembre-se do problema dos falsos mestres na igreja de Éfeso. Já estudamos isso anteriormente, que tais mestres ensinavam doutrinas estranhas baseadas em genealogias judaicas e lendas fantásticas, que só desviavam os crentes da verdade.
Havia então um grande risco de Timóteo agir impulsivamente, agir pela carne, afinal os falsos mestres estavam tentando desviar a igreja. Timóteo poderia cair no jogo deles e entrar numa discussão confusa, inútil, que acabaria com certeza em bate-boca, se não acabasse em coisa pior.
Por isso ele deveria ter sabedoria e mansidão. Deveria prezar por uma atitude refletida e não impulsiva ou impensada.
a) Sabedoria para evitar as contendas
Deveria ser sábio para evitar as contendas, pelos seguintes motivos:
• Porque são insensatas – Eram assuntos sobre questões tolas, pois não tinham sentido e distorciam a verdade bíblica;
• Porque são absurdas – Eram assuntos incoerentes e inúteis, porque não edificavam, nem sequer levavam a lugar algum;
• Porque conduzem a brigas – contenda é briga bate-boca, disputa. A igreja, como vimos, deve ser palco da justiça, da fé, do amor e da paz. Mas se há contendas, a igreja vira lugar batalhas, ódio e mágoas, aonde os membros vão se comportar como galos de briga.
Onde acontecem tais coisas a fé se torna medíocre, a igreja fria.
• Porque não é pela força que se convence alguém – não é pela altura da nossa voz que uma pessoa se convence que estava no caminho errado, mas sim por Deus, pelo Espírito Santo (vs.25,26)
Por essas razoes Timóteo deveria fugir dessas disputas públicas com os falsos mestres.
b) Manso para pastorear a igreja
Mesmo diante de controvérsias, Paulo aconselha que Timóteo tenha uma atitude de mansidão para com a igreja:
• Sendo amável com todos
"Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender e sim deve ser brando para com todos... disciplinando com mansidão os que se opõem," (II Tm 2.24,25).
• Ensinando a verdade bíblica (II Tm 2.24)
Apto para instruir
Na igreja podem existir pessoas com ideias equivocadas. Nada melhor do que o ensino bíblico para mostrar a estas pessoas aquilo que é certo.
• Exercendo a paciência (II Tm 2.24) – Paciente;
Sem dúvida, a paciência é indispensável para o líder. Ainda mais na igreja, onde lidamos com vários tipos de pessoas, com diferentes personalidades.
IV. O OBREIRO É CONVERTIDO
Significa: mudança de direção, mudança, transformação ou adaptação.
É preciso demonstrar conversão em todas as áreas da vida. No modo de pensar, falar, agir. Na fartura ou na escassez.
Na alegria ou na tristeza. Quando honrado ou quando contrariado. Com saúde ou enfermo. No comando ou sendo subordinado. Amando ou sendo desprezado. Em casa ou em público.
A tempo ou a fora de tempo. A verdadeira conversão é visível. Por isso mesmo, tem a capacidade de impressionar (produzir, deixar uma marca, transformar pela luz) as pessoas a nosso redor e o mundo.
V. É SUBMISSO
Significa: ato ou efeito de submeter-se, obediência voluntária, sujeição.
Reconhecendo a autoridade ministerial e espiritual que está sobre sua liderança, e identificando em seu líder espiritual o caráter de Deus, o obreiro não se sente submisso (que está em posição ou lugar inferior, resignado, conformado). Ao contrário, sente-se honrado e privilegiado em poder obedecer.
VI. É OBEDIENTE
Significa: sujeitar-se à vontade de, cumprir ordens, deixar-se conduzir, estar sob uma força ou influência, ceder.
O obreiro aprovado alegra-se em cumprir todas as ordens ou determinações vindas da direção do ministério. Está sempre pronto a servir. Não questiona, não despreza e nem negligencia. Porque confia no seu Deus, sabe que Ele é fiel.
Quando o obreiro examina e entende o real significado desses três aspectos acima citados; significa que tem consciência do seu chamado.
O próprio Senhor Jesus declara: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.” (Jo 15.16).
Saber-se escolhido pelo próprio Senhor Jesus, leva o obreiro a desejar conhecê-lo mais intimamente, desejando ser como Ele é. “Sede, pois imitadores de Deus, como a filhos amados;” (Ef 5.1).
Para sermos igual a alguém naquilo que essa pessoa em de melhor, precisamos conhecê-lo. Para sermos imitadores então, precisamos conhecer intimamente, em detalhes; não deixando que nada passe despercebido.
É necessário neste caso, estar no mesmo espírito. Como nossos irmãos da Igreja primitiva. “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum” (At 2.44).
A visão do obreiro aprovado é de crescimento do ministério. O ide pregado pelo Senhor Jesus, refere-se a sua Igreja estabelecida nos quatro cantos da terra.
Somos comparados à árvore que dá frutos. Vistos por Deus como seu povo no Egito: “... os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.” (Ex 1:7).
É preciso estar solidamente firmado e estruturado espiritualmente para ser visto e reconhecido por Deus como um verdadeiro obreiro.
Fincar raízes espirituais implica uma vida de oração; como nos ensina Paulo: “Perseverai em oração, velando nela com ação de graças; .” (Cl 4:2)
A vida de oração leva a vigilância, que leva a resultados materializados em bênçãos. A vida de oração, não permite que sejamos enganados ou pegos de surpresa. A vida de oração leva o obreiro a consagração; conforme determinado pelo Senhor Deus: “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus.
“E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o Senhor que vos santifica.” (Lv 20. 7,8)
Aqueles que desejam e sinceramente se esforçam em consagrar-se a Deus, são galardoados com o conhecimento da verdade.
Esse conhecimento significa: entre outra coisa; libertação e prosperidade: “Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento.” (I Co 1:5)
Como na parábola dos talentos (Mt 25. 14a), tudo o que recebemos da parte do Senhor, nos é dado para que venhamos multiplicar.
Assim sendo, em relação ao conhecimento da palavra, precisamos fazê-la prosperar em nossas vidas através das nossas próprias experiências. Se recebermos o conhecimento da palavra e não tivermos experiências com ela, se a palavra não for manifestada através da nossa vida (no dia-a-dia); então, seremos como aquele que enterrou o talento que lhe foi confiado.
Viver a palavra em toda sua excelência e plenitude tem o poder de nos lavar de todas as imundícias espirituais e carnais. Por que, por essa palavra também somos sarados: “De todas as suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou, viverá.” (Ez 18.22)
Certo estrategista militar certa vez declarou: a melhor defesa é o ataque.
Para o obreiro que tem visão espiritual, sabedor que todos os dias são dias de batalha, atuar na defesa do evangelho para ele é como beber água, comer, dormir; disso depende sua própria vida. Ele sabe que se defender; significa estar sendo atacado.
Sabe que o combate nem sempre se trava no campo de batalha. Sabe que algumas vezes, se luta também na retaguarda. Sabe que nem sempre se usam as armas convencionais.
Conhece que as calúnias, traições e afrontas também fazem parte do arsenal bélico usado pelo nosso adversário. O apóstolo Paulo, sofreu esse tipo de ataque: “Temos achado que este homem é uma peste e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo, e o principal defensor da seita dos nazarenos;...” (At 24)
Por isso, é necessário ter certeza absoluta e firme convicção quanto a causa pela qual se está lutando. A dúvida leva ao medo, que leva a covardia, que leva a perseguição, que leva a fraqueza, que leva a fuga, que leva a derrota, que leva a escravidão.
Estar no campo de batalha, gera desconforto, privações, sofrimentos e experiências desagradáveis. Tudo isso só será superado se acreditarmos na causa pela qual estamos lutando. Se por ela decidimos dar nossa própria vida.
Neste caso, ainda uma vez recorremos ao apóstolo Paulo; para confirmação da nossa fé: “... por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia.” (II Tm 1:12)
Para se crer inabalavelmente na palavra de Deus; que nos leva a ter fé; é necessário ter visão espiritual. Somente com os olhos da fé, podemos enxergar o que não pode ser visto com nossos olhos carnais. Mas não basta apenas ter visão ou revelação espiritual.
É necessário estar em íntima e santa comunhão com Deus; para que aquilo que nos for dado; sejam visões, sejam revelações, profecias ou ensinamentos, venhamos revelá-las aos homens.
Entre os anos de 740/710 AC, um homem de Deus; o Profeta Miquéias recebeu e nos revelou uma das mais lindas promessas feita por Deus a humanidade: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Mq 5:2)
De tudo o que aprendemos até agora, e com toda importância que possa ter e significar em nossa vida espiritual; valor ou proveito algum terá se o Senhor Deus não receber de nossa parte como oferta (aproximação) de sacrifício e renúncia.
O valor do obreiro aprovado está em desistir de algo que o agrada ou convém; voluntariamente. Renegar, rejeitar o que está em nós ou no mundo, por amor a Cristo. Dispor-se a desistir de sonhos, projetos, renegar costumes, vontades, tradições. Rejeitar o cômodo, o certo, o vantajoso.
Recomeçar fundamentado naquilo que não se vê; mas se crê. Seguindo os passos do Mestre quando Ele diz: “E, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.” (Mc 8: 34)
VII. O OBREIRO APROVADO É ÉTICO.
O significado de ética: Ética é o estudo da moralidade. Consiste da analise da natureza da vida humana, como os padrões do "certo" e "errado”, pelos quais a conduta possa ser guiada.
A palavra Ética é originada do grego ethos: modo de ser, caráter. Através do latim mos (ou no plural mores) costumes; de onde se derivou a palavra moral. Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo.
Contudo a ética de Deus é diferente dos homens, pois Deus não precisa de padrões éticos e morais a seguir. A ética humana muitas vezes confunde o certo e o errado a luz e as trevas, o doce com o amargo, o moral e o imoral. Este tipo de padrão ético muitas vezes é diabólico, pois promove ou defende ações que vão contra a palavra de Deus. Infelizmente muitas igrejas estão vivendo tais padrões éticos e morais.
Este trabalho visa o aprimoramento de todos nós que temos a tarefa de ministrar a palavra do Senhor no altar. De quem deseja fazer a obra com ousadia e conhecimento, a fim de agradar aquele que nos chamou para esta boa obra.
Quando nós obreiros estamos pregando a palavra do Senhor devemos tomar alguns cuidados. Detalhes que devem ser levados a sério e com certeza é a diferença entre a boa e má pregação. Tais como:
1 - Oração: É o caminho da unção divina. Uma vida de constante oração é dever daquele que aceita o chamado para a obra de Deus. Aceite isso com o coração aberto, orar antes da pregação ou no momento de tribulação não é o bastante para o obreiro que deseja ser aprovado.
2 – Administração do tempo: O pregador deve administrar o tempo enquanto ministra a palavra de Deus. É necessário valorizar o tempo e não gastá-lo com: saudações, louvores e orações prolongadas.
3- Cuidado com as ilustrações: Usar outras histórias de exemplo é bom, entretanto devem ser pertinentes ao assunto, e o foco deve ser a palavra de Deus (a Bíblia) e não a outra história contada.
4 – Não desabafar: Cuidado o altar é lugar de adoração. O pregador deve edificar a igreja com a palavra de Deus; e nunca usá-la para seu próprio interesse e jamais para resolver problemas pessoais.
5 – Utilizar palavras simples: Não adianta estudar muito e utilizar expressões que não serão compreendidas pela igreja, ou seja, não adianta estudar demais e a igreja não compreender o que foi dito. Neste caso a pregação foi inútil.
6 – Microfone:
- Não precisa gritar, fale normalmente que o equipamento de som faz o resto; se a igreja não te ouve a culpa não é sua, é de quem manipula o equipamento de som.
- Não aperte: O microfone não vai fugir, apenas segure firme o bastante para não cair no chão.
- Não bata: Para testar o microfone fale nele, bater irá danificá-lo. Pode não parecer, mas é um equipamento sensível.
7 – Outros Fatores Gerais:
- Tranquilidade: um pregador nervoso pode pregar a mensagem errada.
- Sensibilidade: um pregador sensível tem melhor compreensão da palavra e do momento que a igreja vive.
- Equilíbrio: o pregador deve se sereno diante da igreja. Demonstrar alegria, raiva ou tristeza pode colocá-lo em descrédito. A mensagem deve tocar a igreja e não o pregador.
Em outras palavras: O palhaço do circo não ri da própria piada, pois o objetivo é que plateia se divirta e não o artista. Talvez a comparação seja fora do contexto igreja, mas o sentido é o mesmo.
Que nós obreiros a cima de tudo sejamos cheio de toda a plenitude de Deus e que tenhamos em nossa vida humildade para fazer a obra de Deus todos os dias de nossa vida. Para ganharmos muitas almas para o reino de Deus (I Co 1: 10; Ef 3: 20).
Assim Cristo vai habitar em nosso viver, agir e sentir. Quando os homens chegaram para João Batista e falaram que Jesus estava batizando no Jordão esses homens esperavam que João ficasse bravo.
Mas João Batista nos ensinou uma grande lição. “Importa que ele cresça e eu diminua mais e mais” (Jo 3.30). Todos os obreiros sejam unidos na obra de deus (Ef 4.11). Deus deu um cargo conforme a capacidade de cada um, para fazer a obra de Deus.
Que Deus nos abençoe amém!
Autor: Jânio Santos de Oliveira
Fonte> http://www.adbelemposse.com/
Muito Bom...
Shalom,
ResponderExcluirSou a Vivi, brasileira que vive em Israel...
Vim convidá-la para conhecer meu blog:
www.israelcompras.com
Já estou seguindo o seu para não perdê-lo de vista.
Bjs
Vivi