ADMEP
– ASSEMBLEIA DE DEUS – MINISTÉRIO ESTUDANDO A PALAVRA
EBD - ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
Departamento de Educação Cristã
04º TRIMESTRE /2012
LIÇÃO 07 –
MIQUEIAS – A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA
18 de Novembro de 2012
Texto Áureo. “[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos
e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é
melhor do que o sacrificar, e o atender melhor é do que o gordura de carneiros”
(1 Sm 15.22).
Verdade Prática. A mensagem de Miqueias leva-nos a pensar seriamente
acerca do tipo de cristianismo que estamos vivendo.
Introdução. - O problema do povo a quem Miqueias dirigiu a sua mensagem não era falta
de liturgia, mas de uma correta motivação para se adorar ao Senhor. Embora
cometesse toda a sorte de injustiças sociais, a geração contemporânea do
profeta Miqueias oferecia sacrifícios a Deus, praticando todos os rituais
levíticos, mas não sabia o verdadeiro significado do amor a Deus e ao próximo.
_________________________
1. Contexto Histórico. Miqueias era de Moresete-Cate (1.1,14; Jr 26.18), cidade localizada a 32
quilômetros a sudeste de Jerusalém. Miqueias, assim como os demais profetas de
Judá, não cita reis do Reino do Norte na introdução de seus oráculos. Seu
ministério, porém, aconteceu no período dos reinados “de Jotão, Acaz e
Ezequias, reis de Judá” (1.1). Essas datas estão entre 750 e 686 a.C, mas a
soma desses anos deve ser reduzida significativamente por causa das
corregências.
O profeta Jeremias afirma que a mensagem de Miqueias foi entregue no
reinado de Ezequias (26.18). Considerando os últimos anos de Acaz e os
primeiros de Ezequias, Miqueias deve ter profetizado entre 735 a.C. e 710 a.C.
2. Estrutura e Mensagem. Trata-se de uma coleção de breves
oráculos agrupados em sete capítulos divididos em três partes principais (1,2;
3-5; 6,7). Cada uma das partes marca o imperativo: “Ouvi” (1.2; 3.1; 6.1), que
é fraseologia similar a de Isaías (4.1-5; Is 2.2-4).
O assunto do livro é a ira divina em relação aos pecados de Samaria e de
Jerusalém. Miqueias dirigiu seu discurso contra a idolatria, censurou com
veemência a opressão aos pobres e denunciou o colapso da justiça nacional (1.5;
2.1,2; 3.9-11). Além disso, anunciou, de antemão, o local do nascimento do
Messias, em Belém (5.2 cp. Mt 2.1,4-6). O profeta chegou a ser citado pelo
Senhor Jesus (7.6 cp. Mt 10.35,36).
1. O Conceito Bíblico de Obediência. O verbo hebraico shemá: “ouvir,
escutar, prestar atenção, obedecer”, não significa apenas receber uma
comunicação ou informação. O seu real sentido é mais forte e imperioso:
obedecer é acatar ordens de autoridade religiosa, civil ou familiar. O referido
verbo é empregado no Antigo Testamento para “obedecer” em 1 Samuel 15.22 e
Jeremias 42.6. É usado, também, em seis das nove vezes em que shemá aparece em
Miqueias (1.2; 3.1,9; 6.1, 2,9).
A mesma ideia é vista nos ensinos de Jesus (Mt 11.15; 13.43). Por
conseguinte, a obediência deve ser precedida pela compreensão e pelo amoroso
acatamento da mensagem divina (Mt 7.24,26). Nesse sentido, ela pode ser
definida como a prova suprema da fé e do nosso amor a Deus.
2. A Desobediência das Nações. O Senhor não é uma divindade tribal, que
habita em quatro paredes. Ele é o Deus de toda a terra e o Soberano de todo o
Universo. Justamente por isso, Ele apresenta-se como juiz e testemunha não
apenas contra seu povo, Israel e Judá (1.2,5), mas também contra todas as
nações da terra (1.2).
3. A Ira De Deus Sobre o Pecado (1.3-5). O profeta descreve de forma pitoresca a reação
divina contra o seu povo. Numa linguagem antropomórfica, o Senhor desce de seu
santo templo, o céu, para julgar Samaria, capital de Israel e, da mesma forma,
Jerusalém, capital de Judá, cujo pecado influencia todo o país. O quadro da sua
majestosa e terrível presença lembra a ação dos terremotos e dos vulcões (Jz
5.4; Sl 18.7-10; Is 64.1-3; Hc 3.6,7.
1. O Rito Levítico. Basicamente, o rito é um conjunto
de cerimônias e práticas litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o
fenômeno da fé. O termo vem do latim ritus, que significa “cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, processo, modo”.
O Antigo Testamento usa a palavra para os sacrifícios (Lv 9.16; Ed 6.9) e para
as festividades religiosas (Ne 8.18), tais como a Páscoa (Nm 9.14; 2 Cr 35.13)
e a Festa dos Tabernáculos (Ed 3.4). A própria circuncisão é também um ritual
(At 15.1). Contudo, em se tratando do Cristianismo, a liturgia é simples,
contendo apenas dois rituais: o batismo e a ceia do Senhor (Mt 3.15; 26.26-30).
Esses cerimonialismos, contudo, não substituem o relacionamento sincero com
Deus, nem proporcionam salvação (1 Sm 15.22; Sl 40.6-8; 51.16,17; 1 Co 1.14-17;
11.28,29).
2. O Diálogo de Deus Com o Povo (6.6). O Senhor, através do profeta, convida o seu
povo para uma controvérsia. O que Deus fez de mal para Israel rejeitá-lo?
(6.1-3). Em seguida, o Eterno traz à memória da nação os seus benefícios desde
o princípio, quando remiu a Israel do Egito e protegeu seu povo no deserto
contra os inimigos (6.4,5). Em uma pergunta retórica, o próprio Deus antecipa a
resposta da nação. A lei estabelecia sacrifícios de animais como provisão pelo
pecado (Lv 9.3) e o azeite para certas ofertas de libação (Lv 1.3,4; 2.1,15;
7.12). O problema de Judá não era a falta de rituais e sacrifícios, mas de uma
verdadeira conversão a Deus.
3. Sacrifício Humano (6.7). Oferecer o primogênito pela transgressão e o
fruto do ventre pelo pecado era sinal de completo desatino do povo. A lei de
Moisés condena tal prática sob pena de morte (Lv 18.21; 20.2-5) e em todo o
Israel era repulsa nacional (2 Rs 3.27). Esse tipo de sacrifício só foi
praticado por aqueles que, em todo Israel e Judá, apostataram-se da fé (2 Rs
16.3; 21.6; Jr 19.5; 32.35). Todos estavam dispostos a oferecer até mesmo o que
Deus nunca exigiu deles, menos o essencial: sincero arrependimento e mudança de
vida.
IV. O
GRANDE MANDAMENTO
1. A Vontade de Deus. O estilo de vida que agrada a Deus foi
comunicado ao povo desde Moisés. Portanto, toda a nação tinha o dever de
conhecê-lo (Dt 10.12,13). Daí o porquê da indagação do profeta (6.8). Mas
ninguém estava interessado nisso. O povo preferia tirar proveito da prática das
injustiças sociais, esperando que o mero ritual do sacrifício fosse suficiente
para auto justiçar-se diante de Deus. Estavam enganados, pois Deus não se
deleita em sacrifícios nem em rituais exteriores (Sl 51.17,18).
Conclusão. - A lição para todos nós é esta: O que importa para
Deus não é o que fazemos na Igreja, mas a nossa vivência com a família, o que
fazemos no trabalho e como relacionamo-nos com a sociedade. Sem o verdadeiro
arrependimento e um profundo compromisso com Deus, todas as práticas religiosas
não passam de rituais vazios e completamente desprovidos de valor espiritual.
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Referência Bibliográfica
Revista Lições Bíblicas. OS DOZES PROFETAS MENORES, Advertências
e Consolações para a Santificação da Igreja de Cristo. Lição 07 –
Miqueias – A importância da obediência. III O ritual religioso. 1. O rito
levítico. 2. O diálogo de Deus com o povo (6.6). 3. Sacrifício humano (6.7). IV
O grande mandamento. 1. A vontade de Deus. 2. O sumário de toda a lie (6.8b).
Conclusão. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2012.
LEMA:
“Dá instrução ao
SÁBIO, e ele se fará mais SÁBIO; ensina ao JUSTO, e ele crescerá em
ENTENDIMENTO”. (Provérbios 9. 9).
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Professora, Clara Maria.
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