Origem do Dia do Pastor
Origem do Dia do Pastor Neste domingo, dia 12 de junho,
celebramos o Dia do Pastor, uma data que faz parte do calendário
denominacional, mas que, todavia, também tem sido celebrada por outras
denominações evangélicas no Brasil.
Contudo, esta é uma data e celebração criada pelos Batistas
brasileiros. E mesmo sendo uma data já consagrada, quando as Igrejas
normalmente realizam um culto de gratidão e, de alguma forma, prestam homenagem
ao pastor, poucos hoje em dia conhecem a origem deste dia.
Assim, decidimos nesta edição, além de contar um pouco da
origem, ao mesmo tempo homenagear ao pastor Batista brasileiro, que foi o autor
desta ideia. Assim, o Editorial desta edição é a reedição na íntegra do artigo
escrito pelo pastor Otávio Felipe Rosa, e publicado na edição de O Jornal
Batista de 14 de junho de 1981, nas celebrações do Dia do Pastor naquele ano.
“Quem teria instituído o Dia do Pastor?
Em 05 de maio de 1955 foi publicado, em O Jornal Batista,
um artigo falando sobre o Dia do Pastor. O pedido que se fazia era de uma
oferta especial para a Caixa de Socorros para ajudar os pastores aposentados
com pequena aposentadoria e outros que nem aposentaria tinham, na Junta de
Beneficência. Constando a ineficácia do trabalho, sugeriram que se mudasse o
nome “Dia da Junta de Beneficência” para “Dia do Pastor”, visto que tudo girava
em torno dos chamados para a obra do Ministério da Palavra de Deus. Como o mês
de maio era dedicado às mães, sugeriram que se transferisse o Dia do Pastor
para o 2º domingo de junho e este, então, seria o mês do Pastor. A ideia foi
aceita e, desde então, começaram a promover o Dia do Pastor no 2º domingo de junho
com os seguintes objetivos:
Levantar uma oferta generosa para a Caixa de Socorros a fim
de que a Junta pudesse ajudar mais e melhor os pastores aposentados de poucos
recursos; comemorar o Dia do Pastor em cada Igreja Batista, homenageando o
pastor local e os pastores que haviam pastoreado a mesma Igreja; e
proporcionar, através de tais comemorações, o despertamento de jovens chamados
por Jesus para a obra do Ministério. Temos em nosso poder um recorte de O
Jornal Batista de 08 de junho de 1975 com uma nota de autoria de JRP, que assim
informa: ‘Quem teria instituído este dia? Parece que a ideia não surgiu nos Estados
Unidos, onde os pastores sempre tiveram muita influência. Pelo menos não temos
lido nos jornais evangélicos norte-americanos qualquer coisa a respeito de um
dia especial consagrado aos pastores. Assim, cremos que a ideia é brasileira e
que surgiu entre os Batistas.
Indo um pouco mais longe, julgamos que a iniciativa foi da
nossa Junta de Beneficência. Nesse caso, então, a ideia é brasileira e Batista.
Vamos fazer uma pesquisa e depois daremos o resultado aos nossos leitores’.
Tivemos o privilégio de trabalhar na Junta de Beneficência da Convenção Batista
Brasileira de 03 de março de 1952 a 31 de agosto de 1974; o cargo que
ocupávamos era de promoção e propaganda. Naquela época, a Junta tinha um dia
especial chamado “Dia da Junta de Beneficência”, comemorado do no 2º domingo de
maio, sendo esse o “Dia das mães”; sugerimos ao então secretário executivo da
Junta, doutor Antônio Neves de Mesquita, que transferisse o dia da Junta para o
3º domingo de maio.
Nessa ocasião, escrevemos um artigo para O Jornal Batista,
publicado em 05 de maio de 1955, 8ª página, falando sobre o Dia do Pastor.
Estando à frente do departamento da Promoção e Propaganda da Junta, sentimos
que “Dia da Junta de Beneficência” não era um bom nome, porque naquele tempo a
Junta tinha a fama de ser rica e o pedido que se fazia era uma oferta especial
para a caixa de socorro para ajudar os pastores aposentados com pequena
aposentadoria e outros que nem aposentadoria tinham.
Constatando a ineficácia do trabalho, sugerimos ao doutor
Mesquita que mudasse o nome “Dia da Junta de Beneficência” para “Dia do
Pastor”, visto que tudo girava em torno dos vocacionados para a obra do
ministério da Palavra de Deus. Como o mês de maio era dedicado às mães,
sugerimos que transferíssemos o Dia do Pastor para o 2º domingo de junho e,
este, então, seria o mês do Pastor.
O doutor Mesquita sentiu que a ideia era muito boa e
aceitou- a integralmente; desde então, começamos a promover o Dia do Pastor no
2º domingo de junho, com os seguintes objetivos: Levantar uma oferta generosa
para a Caixa de Socorro a fim de que a Junta pudesse ajudar mais e melhor os
pastores aposentados de poucos recursos; comemorar o Dia do Pastor em cada
Igreja Batista, homenageando o pastor local e os pastores que haviam pastoreado
a mesma Igreja; e proporcionar, através de tais comemorações, o despertamento
de jovens vocacionados por Jesus para a obra do Ministério.
Diante deste fato, que é um marco histórico na denominação
Batista Brasileira, afirmamos com humildade que o Dia do Pastor se originou de
uma sugestão do signatário destas linhas. Esperamos e fazemos votos ao Senhor
da Seara que este dia seja cada vez mais vitorioso em todas as Igrejas Batistas
do Brasil e, quiçá, do mundo, para o crescimento da gloriosa obra do ministério
da Palavra de Deus. Hoje muitas outras denominações estão também comemorando o
Dia do Pastor, o que aumenta a nossa alegria cada vez mais em saber e sentir
que a obra de Deus prospera mais e mais em todo o universo.
Na esperança que o Dia do Pastor seja comemorado em todas
as Igrejas da nossa querida Pátria, a fim muitos outros obreiros se levantem
para atender a vocação de Deus para a obra do ministério, continuamos no firme
propósito de servir a nosso Mestre à frente da querida Igreja Evangélica
Batista em Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro. ”
Talvez a melhor data para celebrar o Dia do Pastor no
Brasil fosse o dia 20 de junho, data em que foi consagrado o primeiro Pastor
Batista brasileiro, Antônio T. de Albuquerque - 20 de junho de 1980. Enquanto
isso, vamos agradecer a Deus e celebrar neste domingo o Dia do Pastor. Sócrates
Oliveira de Souza, Diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira
Fonte: https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/15539c8845f48424
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