quarta-feira, outubro 03, 2012

MARINA SILVA É ORDENADA A PASTORA



Publicado por Tiago Chagas em 16 de abril de 2012


Ex senadora Marina Silva é ordenada pastora em Convenção das Assembleias de Deus do Distrito Federal

Ex senadora Marina Silva é ordenada pastora em Convenção das Assembleias de Deus do Distrito Federal

[ATUALIZAÇÃO: Marina Silva NÃO foi ordenada pastora pela Assembléia de Deus. A equipe da ex senadora desmentiu a informação. Clique aqui e saiba mais.]
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva foi consagrada a pastora em uma reunião da Convenção das Assembleias de Deus no Distrito Federal (CEADDIF), liderada pelo pastor Sóstenes Apolos.
A possibilidade de mulheres serem consagradas ao ministério pastoral nas igrejas Assembleia de Deus foi aberta após aprovação do tema durante Assembleia Geral Ordinária realizada em Outubro de 2011 pela Convenção do Distrito Federal.
Na ocasião, a proposta foi votada por 1.500 correligionários, e aprovada com 70% dos votos. Segundo informações do site Gospelprime, o entendimento dos líderes assembleianos, a decisão da CEADDIF abre caminho para que a CGADB também aprove o ordenamento de mulheres ao ministério pastoral. Em 2001, a proposta foi recusada durante Assembleia Geral da Convenção Nacional.
O reconhecimento da ordenação da ex-candidata à presidência da República Marina Silva ao ministério pastoral em todas as Assembleias de Deus ainda depende de homologação da CGADB. Em 2010, quando foi terceira colocada nas eleições presidenciais, com aproximadamente 20 milhões de votos, Marina Silva havia sido ordenada missionária.
Confira nos vídeos abaixo a cerimônia de ordenação de ministros realizada pelo pastor Sóstenes Apolos:

SEMINÁRIO DE CIÊNCIAS BÍBLICAS



                                                                                                                                                     logo_3D_Azul

RIO DE JANEIRO (RJ) SEDIARÁ SEMINÁRIO DE CIÊNCIAS BÍBLICAS
Promovido pela Sociedade Bíblica do Brasil, o encontro acontece nos dias 09 e 10 de novembro, na Comunidade Batista do Rio. As vagas são limitadas.

Nos dias 09 e 10 de novembro, a cidade do Rio de Janeiro (RJ) será palco de mais uma edição do Seminário de Ciências Bíblicas. Realizada há mais de uma década, a iniciativa, da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), visa contribuir para a ampliação do conhecimento sobre o Livro Sagrado. Para isso, reúne palestras que abordam aspectos sobre tradução da Bíblia e sua história, bem como a aplicação dos ensinamentos do Livro Sagrado em diferentes setores sociais, na igreja, na família e na escola, entre outros.
Organizados desde o ano 2000, esses encontros já alcançaram milhares de pastores, líderes cristãos, obreiros, professores de escola bíblica e seminaristas. A edição do Rio de Janeiro, que acontece na CBRio – Comunidade Batista do Rio, localizada no Shopping Open Mall, na Barra da Tijuca, terá cinco painéis, além de espaço para uma sessão de perguntas e respostas. O investimento é de R$ 30,00 e R$ 15,00 (seminaristas, grupos ou estudantes). Mais informações pelos telefones 0800-727-8888, (21) 3203-1999 (Secretaria Regional da SBB) e (21) 2221-9883 – Ramal 211 (Centro Cultural da Bíblia).  
Confira, a seguir, a programação completa do evento:

09 de NOVEMBRO – Das 19h30 às 22h30
§        A Bíblia: sua natureza, funções e finalidade – Vilson Scholz: Essa palestra aborda a importância da Bíblia Sagrada, o livro mais traduzido e lido de todos os tempos. Regra de fé e de vida dos cristãos, a Bíblia é lida, pregada, discutida e vivida. No entanto, raramente seu leitor faz uma pausa para perguntar: Que livro é esse? Quais são as suas funções? Aonde esse livro quer nos levar? Qual é a sua finalidade? E são justamente esses os questionamentos levantados pelo palestrante durante o painel.
Vilson Scholz: Pastor e professor de Teologia Exegética, tem mestrado e doutorado na área do Novo Testamento. Consultor de Tradução da Sociedade Bíblica do Brasil, é professor da Universidade Luterana do Brasil, em Canoas (RS). É tradutor do Novo Testamento Interlinear Grego-Português (SBB) e autor de Princípios de Interpretação Bíblica (Editora da Ulbra).

§        A Bíblia e a Educação – Altair Germano: A palestra tratará sobre os métodos, objetivos e conteúdos educacionais, aplicados no Antigo e Novo Testamentos, destacando a importância da educação na formação e desenvolvimento integral do indivíduo, tendo como fundamento os princípios da Palavra de Deus e a participação da sociedade, da igreja e da família neste processo.
Altair Germano: Mestre em Teologia, é licenciado em Pedagogia e especialista em Educação Cristã. Pastor auxiliar na Assembleia de Deus em Abreu e Lima (PE), é vice-presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil) e 1º vice-presidente do Diretório Estadual da Sociedade Bíblica do Brasil em Pernambuco, além de conferencista e escritor.

10 de NOVEMBRO – Das 8h30 às 17h00
§        A transmissão do texto bíblico – Vilson Scholz: A Bíblia, escrita em hebraico, aramaico e grego, é uma coleção de livros que ficou pronta há mais ou menos dois mil anos. Se hoje os textos originais são traduzidos, cabe perguntar: Como esses textos foram preservados? Onde estão publicados? Como ter acesso a eles? Esta palestra, que inclui temas relacionados com paleografia, arqueologia e crítica textual, procura mostrar como a Bíblia foi transmitida, desde o tempo dos profetas e apóstolos, até os dias de hoje.

  • A Bíblia e a Evangelização – Christian Santiago Lo Iacono: A palestra abordará a Bíblia como um livro de salvação, o significado da pregação, o poder de Deus e o chamado para pregação. De acordo com o palestrante, é perigoso quando a tarefa da pregação é exercida apenas por quem “sente” o chamado. Esta obra não depende de sentimentos, mas de Deus.
Christian Santiago Lo Iacono: É formado em Direito pela UFRGS e em Teologia pela ULBRA. Trabalha atualmente na Justiça Federal de Porto Alegre (RS) e faz mestrado em Teologia, área de Bíblia, Novo Testamento, na Escola Superior de Teologia (EST), em São Leopoldo (RS). É pastor junto à Igreja Evangélica Encontros de Fé, presidente do Diretório Estadual da SBB no Rio Grande do Sul e membro da Diretoria da SBB.

§      O trabalho da SBB – Vilson Scholz: Nesta palestra, serão destacados os vários esforços da organização para difundir a Bíblia e a sua mensagem. Entre os destaques está a apresentação dos programas sociais da entidade, voltados especialmente para as populações em situação de risco social, e o programa sócio evangelizador, mantido pela SBB há mais de 30 anos.


Seminário de Ciências Bíblicas do Rio de Janeiro

Data:                    09 e 10 de novembro de 2012
Local:                   CBRio – Comunidade Batista do Rio
Endereço:            Avenida das Américas, 7907 – Shopping Open Mall –  Barra da Tijuca (Em frente ao terminal Américas Park do BRT Trans Oeste e ao lado do Shopping Rio Design) – Rio de Janeiro – RJ
Horário:               9/11 – Das 19h30 às 22h30
10/11 – Das 08h30 às 17h00
Investimento:       R$ 30,00 e R$ 15,00 (seminaristas, grupos ou estudantes)
Informações:        0800-72-8888 – (21) 3203-1999 (Secretaria Regional da SBB) e (21) 2221-9883 - Ramal 211 (Centro Cultural da Bíblia)
Inscrição online: www.sbb.org.br/seminarios


Contatos com a imprensa: Oficina da Palavra: (11) 3289-2139 – Denise Lima: (11) 9611-7381 – Luciana Garbelini: (11) 9292-2131

O NEOPENTECOSTALISMO E A ÉTICA CRISTÃ



Bereianos | Apologética Cristã Reformada



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Por Johnny Bernardo




Crédito ou débito? - Quem pergunta é o pastor da Igreja Internacional da Graça de Deus que recolhe o dízimo e outras doações munidos da máquina para registrar operação com cartão de crédito."

O trecho acima introduz a matéria Templo é dinheiro, da jornalista Sarah Corazza, da revista paranaense Ideias. A matéria é resultado de um mês de visitas a templos neopentecostais de Curitiba, quando a autora constatou que os “neopentecostais fazem sucesso de público e de bilheteria.” Segundo Corazza, houve um tempo em que Curitiba era conhecida como a “cidade das farmácias”, dada a quantidade de farmácias por metro quadro. Hoje a realidade é outra: são os templos neopentecostais que chamam atenção.

Presentes na capital paranaense desde pelo menos o começo dos anos 80, uma das que mais se destacam é a IURD, que, segundo a reportagem, adquiriu a antiga fábrica Matte Leão para abrigar o seu rebanho que não para de crescer. A jornalista atribuiu tal façanha ao crescimento desenfreado e ambicioso dos cofres da instituição.

“Logo se vê que as neopentecostais fazem sucesso não apenas de público, mas também de bilheteria. É incalculável o que arrecadam diariamente. O suficiente para abrir templos e também para financiar o proselitismo eletrônico que ocupa boa parte do horário televisivo e radiofônico. Isso custa dinheiro. Muito dinheiro. Tanto que a Universal do Reino de Deus, do financista e bispo Edir Macedo, comprou a sua própria rede de televisão.” [1]

O que vemos em Curitiba se perpetua por todo o país e atravessa as fronteiras, com adeptos nos EUA, Europa e também nos países abaixo do Saara. Não apenas a IURD, mas também boa parte das igrejas neopentecostais vive o bom da ignorância de milhares de brasileiros que diariamente peregrinam para seus templos em busca de cura e prosperidade. São massas sem doutrina que orbitam em torno de crendices populares e sessões de descarrego da Igreja Universal, passando pelas campanhas do sabonete ungido da Graça de Deus e do lenço abençoado do Valdomiro. Isaltino Gomes Coelho completa.

“As igrejas neopentecostais, e a IURD é o maior exemplo, não são compostas de pessoas envolvidas em uma Koiononia cristã. A maior parte não se conhece. Não há um projeto eclesiástico comum aos frequentadores, que são apenas clientes que buscam uma resposta mágica para seus problemas”. [2]

Essas igrejas, diria Antônio Gouveia Mendonça em sua obra “O Neopentecostalismo, Excerto de Estudos da Religião”, são controladas por pessoas ou por grupos sem dever para com os clientes, a não ser passar-lhes um produto, normalmente sob contribuição financeira. São usuários sem os direitos e sem um PROCON ao qual recorrer. Consomem o produto, mas não têm poder de ingerir no sistema.

De acordo com o sociólogo Ricardo Marinho, autor de “Neopentecostais – Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil” -, “a preocupação dos neopentecostais é com esta vida. O que interessa é o aqui e o agora”. Essa citação consta da matéria “Evangélicos, quem são eles, por que crescem tanto e o que essa expansão significa para o Brasil e para o mundo”, publicada em fevereiro de 2004 pela revista Super Interessante. Nela, o jornalista Sérgio Gwevman faz uma análise do crescimento dos evangélicos brasileiros e atribui ao Neopentecostalismo um papel central nessa expansão. Uma das características do proselitismo praticado pela IURD, segundo Gwevman, é a atribuição aos demônios boa parte dos males que atingem os fieis.

Para os neopentecostais, os homens não são responsáveis pelos atos de maldade que cometem: é o Diabo que os leva a pecar. Numa sessão de descarrego da Igreja Universal, o pastor explicou que, se o fiel enfrenta um problema há mais de três meses, é provável que esteja carregando um encosto. ‘Se a dificuldade completar um ano, daí não há dúvida: a culpa é do demônio’, disse a congregação. Ele não se referia só a entraves financeiros ou comportamentais. A receita vale para tudo, inclusive para doenças incuráveis. Assim, expulsar o demônio do corpo é a receita única para todos os males, de casamento infeliz até câncer no pulmão”. [3]

Wemerson Marinho, em sua análise “Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecostal” levanta estas e outras questões relacionadas ao sistema litúrgico e isolamento espiritual que são submetidos os frequentadores das igrejas neopentecostais. Ele cita, entre outras coisas, a falta de uma liturgia eclesiástica e a pouca atenção dada às Escrituras Sagradas como a única regra de fé e conduta.

“Os neopentecostais afirmam que a Bíblia é a Palavra de Deus e, com isto, nós concordamos. Mas para eles, a palavra dos “profetas”, dos visionários, também é a Palavra de Deus. E, por isto, baseiam suas vidas e suas doutrinas também em visões, ‘novas revelações’ e em experiências místicas.” [4]

Esse é o ponto “X” da questão colocada pela maioria dos estudiosos do movimento, ou seja, a falta de uma doutrina sólida acompanhada de um discipulado sistêmico e bíblico. Há casos de indivíduos que se deixam batizar por mais de cinco vezes nos templos da IURD por acreditar que tal prática irá “purificá-lo por completo” (sic) como se as águas batismais possuíssem qualquer poder a não ser o simbolismo que proporciona aos verdadeiros nascidos da água e do Espírito.

É a falta de uma hermenêutica sadia a causa da maioria das crenças e práticas impuras praticadas pela liderança da IURD, segundo conclui o dossiê “Análise da Teologia e Práxis da Igreja Universal do Reino de Deus” publicado pela Igreja Presbiteriana do Brasil e que se encontra disponível no livro “Igreja Universal do Reino de Deus – Sua doutrina e prática” (S. Paulo: Editora Cultura Cristã, 1997 p. 28). O documento faz a seguinte afirmação com relação à maneira como os líderes da IURD interpretam as Escrituras.

“O método de interpretação das Escrituras utilizado por bispos e pastores da IURD consiste em geral numa atualização ou transposição das experiências religiosas de personagens bíblicas para os dias atuais. Isto ocorre em virtude do que entendem ser a Bíblia. Macedo não parece ver a Bíblia como a revelação proporcional de Deus, mas como um livro de experiências religiosas, que começa com Israel no Velho Testamento e termina com a humanidade em Apocalipse, experiências estas que podem ser repetidas nos mesmos moldes, nos dias atuais.

Assim, a repetição ou re-encenação de episódios e eventos bíblicos é utilizada como ferramenta que lhes permite usar as Escrituras como base de sua prática... Por exemplo, assim como Noé fez uma aliança com Deus, podemos nós também fazê-la. Assim como Josué cercou as muralhas de Jericó e ao som de trombetas elas caíram, assim podemos cercar as muralhas das dificuldades e problemas e derrubá-los em nome de Jesus (usando uma trombeta de plástico e uma muralha de isopor). A vara que Moisés usou o cajado de Jacó, os aventais de Paulo – todas estas coisas, e muitas outras tiradas das histórias bíblicas, se tornam tipos da utilização de apetrechos semelhantes, aos quais é atribuído (apesar das negações em contrário) algum valor espiritual na resolução de problemas”. [5]

Leonildo Campos, usado como referência pelo dossiê, faz coro ao dizer que a Bíblia é muito mais que um depósito de símbolos, alegorias e de cenas dramáticas ou até um amuleto para exorcizar demônios e curar enfermos do que a Palavra de Deus, encarada por outros protestantes como “regra de fé e prática”, e para os fundamentais, a “regra infalível”. Campos é autor do livro “Teatro, Templo e Mercado” (S. Paulo: Simpósio Editora, 1999, p. 82) onde faz uma análise do uso da fé como instrumento de riqueza pelas igrejas neopentecostais e demais grupos positivistas.

Superficialidade e Engodo Psicológico

Devido à ênfase na liturgia envolvente, curas e exorcismos, os neopentecostais são na sua maioria superficiais na fé e no conhecimento das Escrituras, segundo expõe Marinho em “Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecostal”. Não somente isso, mas também a falta de uma doutrina bíblica e discipulado fazem com que os indivíduos que recorrem aos templos neopentecostais permaneçam ignorantes em suas crendices e continuem a praticá-las. Nesse ponto, a IURD se assemelha ao catolicismo ao incorporar todo tipo de religiosidade oferecendo-lhe valores cristãos, ao mesmo tempo em que libera seus dizimistas para que frequentem outros locais de culto e não tenham que se submeter aos princípios bíblicos e cristãos.

Por outro lado, existe uma tentativa de “isolamento” desses indivíduos, tirando-lhes sua capacidade de discernimento e/ou compreensão dos fatos que ocorrem em seu entorno. Um exemplo disso é o uso da psicanálise nas reuniões da IURD, como revela o artigo À Ciência dos Transes (Época, 28 de abril, 2003) que compara as práticas neopentecostais aos princípios psicológicos defendidos por Emile Durkhein (autor do estudo sobre a função dos transes nas sociedades primitivas) e o neurologista Jean-Martin Charcot (que mostrou como as técnicas de hipnose induzem as incorporações de “espíritos”). Na matéria, a revista cita uma declaração de uma ex-fiel da Igreja Universal que revela como os bispos e seus auxiliares aprendem a induzir o transe.

Quando a pessoa está tonta, fica mais aberta para manifestar os demônios”, diz a obreira Aparecida Santos, ex-fiel da Igreja Universal, atualmente na Igreja Internacional da Graça de Deus. Ela costuma pôr a mão na cabeça dos fieis e fazê-la rodar. Outro recurso que funciona é tocar músicas altas no teclado, com acordes bem tenebrosos. ‘Porque o demônio não gosta de silêncio’, explica à obreira. Aparecida aprendeu as técnicas do exorcismo na Universal, onde passou cinco anos como auxiliar de pastores.” [6]

Outro recurso utilizado pela IURD é o chamado “Jejum dos 21 dias” período em que os fieis devem se concentrar nos discursos da igreja e se isolar do mundo externo, sendo proibidas de ter acesso a qualquer tipo de informação, seja por meio de jornais, sites, rádio ou televisão. “O Bispo Romualdo e os pastores têm sugerido acessar apenas o blog do Bispo Macedo onde haverá textos para meditação nesse período de Jejum”, revela o frequentador Alexandre Fernandes em uma página da web.

O objetivo do “jejum da separação”, segundo os líderes da IURD, é a busca de uma vida espiritual equilibrada. No site IURD. pt encontramos a seguinte afirmação.

O jejum, para muitos, indica apenas o abster-se da bebida e da comida, e esse é o jejum normal. Já o santo jejum não está relacionado só com isso. E o que é que o/a impede de estar em espírito? Por exemplo, ler livros ou revistas que não falem de Deus, ouvir músicas ou notícias que não falem de Deus, ou seja, que não o/a conectem a Ele e não alimentem o seu espírito.

Iremos fazer um jejum que inclui não assistir televisão, não usar a Internet, não ler revistas e livros, etc. Vamos orar três vezes por dia, de manhã, à tarde e à noite, e você vai fazê-lo e vai-se santificar fortalecer e investir no seu espírito, para que seja cheia d’Ele”.

Apesar do objetivo aparentemente louvável da Igreja Universal, existe por trás um engodo psicológico perigoso e que nos remete aos grupos conhecidos como “seitas destrutivas”. Tais segmentos recrutam novos discípulos com promessas de cura, prosperidade e encontro com Deus. Uma vez fisgado, o indivíduo é convidado a se juntar à igreja e se afastar de tudo que possa impedi-lo de desenvolver sua espiritualidade, como familiares e amigos próximos. A partir de então ele passa a pertencer à comunidade, isolando-se física e psicologicamente do mundo exterior. Nestas condições, a manipulação ou lavagem cerebral torna-se fácil, fazendo com que o novo discípulo concorde em entregar suas economias e se dedicar exclusivamente à comunidade religiosa, desenvolvendo atividades que beiram ao “escravismo”. É o caso da Seita do Rev. Moon, a Família (antiga Meninos de Deus), o Templo dos Povos etc.

A Igreja Deus é Amor, com toda sua ritualística e imposição doutrinária, promove algo semelhante ao submeter seus membros a um fanatismo cego e quase doentio, proibindo-lhes de assistir televisão, participar de festas ou mesmo ir à praia. O motivo pelo qual não há uma modernização nos padrões doutrinários da Igreja deve-se ao fato de que submetidos ao manto do fanatismo seus membros continuarão a ofertar e seguir fielmente os desmandos de seu líder máximo, o missionário David Miranda.

Na IURD, apesar da não obrigatoriedade de se desenvolver uma vida religiosa pautada em usos e costumes, há problemas sérios relacionados às campanhas de prosperidade, como a fogueira santa que todos os anos arrecadam milhões de reais e deixa famílias desamparadas, com a entrega quase que total de suas propriedades. Sendo não poucos os casos de ex-fieis que recorrem à justiça para reaver seus bens, com a alegação de indução ao erro.

Ausência da Ética Cristã

O maior problema relacionado às igrejas neopentecostais, e a IURD é o principal exemplo, é a ausência da ética cristã. Ela compreende diversos aspectos, desde a questão doutrinária até princípios morais defendidos pelo cristianismo bíblico. Augustus Nicodemos define a ética cristã nos seguintes termos:

A ética cristã, em resumo, é o conjunto de valores morais total e unicamente baseado nas Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta neste mundo, diante de Deus, do próximo e de si mesmo. Não é um conjunto de regras pelas quais os homens poderão chegar a Deus – mas é a norma de conduta pela qual poderá agradar a Deus que já o redimiu. Por ser baseada na revelação divina, acredita em valores morais absolutos, que são à vontade de Deus para todos os homens, de todas as culturas e em todas as épocas.”

A ética cristã pressupõe defesa dos bons costumes, da moral e de uma vida pautada nas Escrituras Sagradas. Aí temos a questão da defesa da vida, da família e da sociedade como pertencentes a Deus. Questões como o casamento e o aborto são uma das problemáticas quando comparamos a IURD a outras denominações cristãs. Com base em fatos puramente comerciais (digo “comerciais” no sentido literal da expressão), a IURD deixou de ver a vida como elemento máximo das decisões humanas, para transformá-la em uma oportunidade de negócio. A defesa do aborto nada mais é do que uma estratégia, um meio encontrado pela igreja para atrair católicos descontentes com sua religião. É com base em tais parâmetros que a Igreja Universal se define, delineando para o mundo que tipo de indivíduos frequenta seus templos.

São esses mesmos indivíduos que traem seus cônjuges, segundo pesquisa realizada pelo BEPEC – Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã. De acordo com o estudo, a porcentagem de neopentecostais que afirmam terem alguma vez praticado infidelidade conjugal é de 26,51%, contra os 21,43% de pentecostais. Os dados revelados pela pesquisa comprovam que a ausência de um discipulado eficiente e ética cristã nas igrejas neopentecostais, resultam em uma massa crua e sem vida composta por indivíduos das mais diferentes confissões religiosas que procuram seus templos atraídos pela propaganda de prosperidade e cura divina. Uma nova reforma se faz mais que urgente.

Notas:

1. CORAZZA, S. Templo é Dinheiro, Curitiba. Revista Ideias, maio de 2011
2. COELHO, I.G. Neopentecostalismo, Campinas – SP. Palestra ministrada em abril de 2004 na Faculdade Teológica de Campinas.
3. MARINHO, R. Evangélicos, quem são eles, por que crescem tanto e o que essa expansão significa para o Brasil e para o mundo. São Paulo – SP. Revista Super Interessante, fevereiro de 2004, pág. 55
4. MARINHO. W. Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecostal. Ipatinga – MG.
5. Comissão Permanente de Doutrina da Igreja Presbiteriana do Brasil. Igreja Universal do Reino de Deus – Sua Teologia e Sua Prática. S. Paulo: Editora Cultura Cristã, 1997, p. 28
6. A Ciência dos Transes. São Paulo – SP. Época, abril de 2003 págs. 73 e 74
7. NICODEMOS A. Ética Cristã. São Paulo – SP. O Tempora, O Moraes, 2010.

Fonte: NAPEC 


Márcio Melânia
http://lattes.cnpq.br/5648348525008521 

"Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados,
sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco."
 (2 Coríntios 13 : 11)






Enviado por e-mail para mim do amigo: Márcio Melânia marcio.melania@gmail.com

Interessante e vale apena ser repassado e lido e examinado... Leia...

4º TRIMESTRE - 2012 - LIÇÃO 01 - A ATUALIDADE DOS PROFETAS MENORES


4º Trim 2012 - Lição 1 - A atualidade dos profetas menores V

Escrito por  Superintendência das EBD'S da Assembleia de Deus em Recife/PE
    4º Trim 2012 - Lição 1 - A atualidade dos profetas menores V
    PORTAL ESCOLA DOMINICAL
    QUARTO TRIMESTRE DE 2012
    OS DOZE PROFETAS MENORES - Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo
    COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA
    COMENTÁRIOS - SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM RECIFE/PE

    INTRODUÇÃO
                O tema da lição do último trimestre de 2012 é: Os Doze profetas Menores: Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de Cristo. São 13 lições sobre os Profetas Menores, onde teremos a oportunidade de estudar alguns temas relevantes, tais como: fidelidade, derramamento do Espírito Santo, justiça social, soberania divina, juízo vindouro e muitos outros. Nesta primeira lição, veremos algumas definições sobre profecia, profeta, profetas orais e literários; abordaremos algumas características dos profetas do AT; e traremos um breve resumo de cada um desses livros.   
    I – DEFINIÇÕES
    1.1 Profecia. É a revelação inspirada, sobrenatural e única do conhecimento e da vontade de Deus. A profecia não é, necessariamente, uma previsão do futuro, mas, a revelação do conhecimento e da vontade de Deus à humanidade (Am 3.7; Jr 36.1-3; Ez 2.3-8; 3.4-11).
    1.2 Profeta. A palavra profeta deriva-se do termo hebraico nabbi que significa “falar” ou “dizer”; e do termo grego prophete, que significa “falar de antemão”. Portanto, o profeta é um mensageiro de Deus. Sua principal função é tornar conhecidas as revelações divinas e transmiti-las ao povo (Êx 7.1; Nm 12.6; I Sm 3.20; Hb 1.1,2).
    1.3 Profetas Orais. Foram homens chamados para o ministério profético que não deixaram registros escritos, embora que outros escreveram acerca deles e de suas profecias. Dentre eles, destacamos: Gade (I Sm 22.5); Natã (II Sm 12.1); Aías (I Rs 11.29); Semaías (I Rs 12.22); Azarias (II Cr 15.1); Hanani (II Cr 16.7); Jeú (I Rs 16.1); Jaaziel ( II Cr 20.14); Elias (I Rs 17.1); Micaías         (I Rs 22.14); Eliseu (II Rs 2.1), dentre outros.
    1.4 Profetas Literários. São os profetas que registraram suas profecias e compõem os 17 livros do AT que vai de Isaías a Malaquias. Cinco deles são denominados de Profetas Maiores (de Isaías a Daniel) e doze de Profetas Menores (de Oseias a Malaquias).  São assim chamados, não por causa da sua importância, e sim, pelo conteúdo do livro e pela duração de seu ministério. Embora escritos há centenas de anos antes de Cristo, a mensagem dos profetas, bem como de toda a Bíblia, é atual e necessária para a Igreja Cristã, pois, os problemas que eles enfrentaram, e os pecados que eles combateram, também ocorrem nos dias hodiernos. Eis aí a necessidade de estudarmos seus escritos e suas profecias.
    II - CARACTERÍSTICAS DOS PROFETAS DO AT
                Os profetas eram pessoas que falavam em nome de Deus (Dt 18.18-20; I Rs 17.24; 22.28). Também eram conhecidos como “homem de Deus” (II Rs 4.21), “servo de Deus” (Is 20.3; Dn 6.20), “atalaia” (Ez 3.17), e “mensageiro do Senhor” (Ag 1.13). Eles denunciavam as práticas pagãs e pecaminosas (Am 8.4-6) e conduziam o povo ao restabelecimento espiritual (Is 35.3). Vejamos outras características: 
    2.1 Eles tinham um estreito relacionamento com Deus. Por estarem em perfeita harmonia com Deus (Am 3.7), os profetas compreendiam, melhor do que qualquer outra pessoa, os propósitos divinos e, muitas vezes, tinham o mesmo sentimento de Deus    (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).
    2.2 Eram pessoas que buscavam o bem do povo. Eles advertiam o povo contra a confiança na sabedoria, riqueza, poderes humanos e falsos deuses (Jr 8.9,10; Os 10.13,14; Am 6.8). Além disso, tinham profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13,19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8); e não toleravam a crueldade, imoralidade e injustiça social (Is 32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1).
    2.3 Tinham um estilo de vida característico. Em sua maioria, os profetas abandonaram as atividades corriqueiras da vida para viverem exclusivamente para Deus (I Rs 17.1-6; 19.19-21). Alguns deles viviam solitários (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 5.10; 7.10-13; Jn cap. 3,4), sem contudo, fugir da responsabilidade para a qual foram comissionados (Ez 2.4-6; 3.8,9; 33.6-7; Mq 3.8; Jr 2.19).
    2.4 Eles anunciavam eventos futuros. Muitas de suas mensagens diziam respeito a eventos futuros. Os profetas previram, por exemplo, a destruição de Samaria pela Assíria (Os 5.8-12; 9.3-7; 10.6-15); a destruição de Jerusalém pela Babilônia (Jr 19.7-15; 32.28-36; Ez 5.5-12; 21.2,24-27); a vinda do Messias (Is 7.14; 9.6,7; 22.22; Jr 23.5,6; Mq 5.2,5); e outros eventos que ainda estão para se cumprir, como a Grande Tribulação (Dn 9.24-27; Jr 30.7); a Vinda de Jesus (Zc 14.4); e o Reino do Messias (Is 11.1-16).
    III – CLASSIFICAÇÃO DOS PROFETAS MENORES
                Após a morte de Salomão, por volta de 931 a.C., as doze tribos se dividiram em dois Reinos, conforme Deus havia predito através do profeta Aías (I Rs 11.29-31). O Reino do Norte, que teve dez tribos, e passou a ser chamado de Israel e também de Efraim Samaria, sendo o seu primeiro reiJeroboão. E, o Reino do Sul, que chamou-se Judá e teve duas tribos: Judá e Benjamim, que teve como rei Roboão, filho de Salomão. Tanto o Reino do Norte como o Reino do Sul foram para o cativeiro, sendo que as dez tribos do Norte foram levadas pela Assíria para outras nações (2 Rs 17.6-24; Ed 4.2,10); e as duas tribos do Sul, que foram levadas para a Babilônia (2 Rs 24.10-17; 2 Cr 36.9,10), mas, retornaram depois de setenta anos (Ed 1.1-11; Dn 9.1,2). Por isso, os Profetas Menores podem ser classificados em três grupos. Vejamos:        
    3.1 Os que profetizaram antes do Cativeiro do Norte (722 a.C.): Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas e Miqueias.
    3.1.1 Oseias. A profecia de Oseias foi a última tentativa de Deus em levar a Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniquidades persistentes. Deus ordenou que Oseias tomasse uma mulher de prostituições (1.2) a fim de ilustrar a infidelidade espiritual de Israel (Os 2.2-5). O livro enfatiza que, por Israel ter desprezado o amor de Deus e sua chamada ao arrependimento, o juízo não poderia ser adiado (Os 13.13-16).
    3.1.2 Joel. Ele profetizou depois de duas calamidades naturais:  uma invasão de gafanhotos e uma severa seca (Jl 1.4-12) e falou acerca da iminência de uma invasão estrangeira (Jl 2.1-11). Seu propósito era tríplice: 1º) convocar o povo para uma assembleia solene (Jl 1.14; 2.15,16); 2º) exortar o povo a arrepender-se e a voltar-se humildemente ao Senhor Deus com jejuns, choro, pesar, e clamor por sua misericórdia (Jl 2.12-17); e 3º) registrar a palavra profética ao seu povo por ocasião de seu sincero arrependimento (Jl 2.18-3.21).
    3.1.3 Amós. O livro de Amós divide-se em três seções:  1ª) o profeta dirige uma mensagem de condenação à sete nações vizinhas de Israel, inclusive Judá (Am 1.3-2.16); 2ª) ele registra três mensagens de juízos divinos (Am 3.1-6.14); e, a 3ª) descreve cinco visões à respeito do juízo divino (Am 7.1-9.10). O livro termina com uma promessa de restauração (9.11-15).
    3.1.4 Obadias. Obadias é o livro mais breve do AT e foi escrito com três propósitos específicos: 1º) revelar a ira de Deus contra os edomitas por terem se regozijado com o sofrimento de Judá na ocasião da invasão e destruição promovida pela Babilônia (Ob 1.1-14); 2º) entregar a mensagem de juízo divino contra Edom (Ob 1.15,16); e 3º) anunciar o livramento divino para Judá (Ob 1.17-21).
    3.1.5 Jonas. O tema do livro de Jonas é: a magnitude da misericórdia salvífica de Deus, e conta a história da chamada do profeta para ir à cidade de Nínive (Jn 1.1,2), e de sua atitude quanto ao chamamento divino (Jn 1.3).Este livro contém, de forma mais clara que em qualquer outro livro do AT a mensagem de que a graça salvífica de Deus é tanto para os gentios como para os judeus (Jn 4.11). 
    3.1.6 Miqueias.  Ele foi levantado por Deus para profetizar contra os governantes corruptos, os falsos profetas, os sacerdotes ímpios, os mercadores desonestos que havia em Judá (Mq 2.2,8,9,11; 3.1-3,5,11). Além disso, Miqueias predisse a queda de Israel e de Samaria        (Mq 1.6,7), bem como a de Judá e de Jerusalém (Mq 1.9-16; 3.9-12).
    3.2 Os que profetizaram antes do Cativeiro do Sul (606-586 a.C.): Naum, Habacuque e Sofonias.
    3.2.1 Naum. O tema do livro é a destruição de Nínive, capital da Assíria. Os três capítulos do livro consistem em três profecias distintas: uma descrição clara da natureza de Deus, especialmente sua ira, poder e justiça (Na 1.1-15); a condenação iminente de Nínive, bem como o juízo divino (Na 2.1-13); e, a descrição dos pecados de Nínive, declarando que Deus é justo no seu juízo (Na 3.1-19).
    3.2.2 Habacuque. O livro de Habacuque é único no seu gênero por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel, e sim, em diálogos entre o profeta e Deus (Hc 1.2-2.5);  contendo também “ais proféticos” (Hc 2.6-20); e um cântico profético (Hc cap. 3). Um fato interessante sobre o livro de Habacuque é que nenhum outro profeta do AT fala com tanta ênfase a respeito da fé como ele. Não somente pela declaração que “o justo, pela fé viverá” (Hc 2.4), mas, também, o seu testemunho pessoal (Hc 3.17-19) 
    3.2.3 Sofonias. O objetivo de Sofonias foi advertir Judá e Jerusalém quanto ao juízo divino iminente, denominado de “o grande dia do Senhor” (Sf 1.14). Embora percebesse um castigo vindouro em escala mundial (Sf 1.2; 3.8), Sofonias focalizava, especialmente o julgamento que viria contra Judá (Sf 1.4-18; 3.1-7). Ele faz um apelo à nação para que se arrependa e busque ao Senhor, antes que o decreto entre em vigor (Sf 2.1-3).
    3.3 Os que profetizaram depois do regresso do Cativeiro do Sul (536-425 a.C.): Ageu, Zacarias e Malaquias.
    3.3.1 Ageu. O propósito de Ageu era duplo: exortar Zorobabel (o governador) e Josué (o sumo-sacerdote) a mobilizarem o povo para a reedificação do templo (Ag 1.1,2); e motivar os judeus a reordenarem suas prioridades para que a obra da Casa de Deus fosse reiniciada    (Ag 1.3-12). O livro contém quatro mensagens, cada uma delas introduzidas pela frase “a palavra do Senhor” (Ag 1.1; 2.1; 2.10; 2.20).
    3.3.2 Zacarias. A profecia de Zacarias tinha dois propósitos principais: encorajar o remanescente judeu a persistir na construção do templo (Zc cap. 1-8); e fortalecer os judeus que, tendo concluído o templo, ficaram desanimados por não ter aparecido imediatamente o Messais   (Zc cap. 9-14). O livro contém oito visões, sendo que as cinco primeiras transmitem esperança de consolação (Zc 1.7-4.14) e as três últimas anunciam juízos (Zc 5.1-6.8). 
    3.3.3 Malaquias. Malaquias escreveu em uma época que os judeus repatriados enfrentavam um declínio espiritual (Ml 1.1-2.17; 3.7-18). O livro pode ser dividido em seis partes principais: 1ª) Deus reafirma seu fiel amor a Israel (Ml 1.2-5); 2ª) repreende os profetas por serem infiéis (Ml 1.6-2.9); 3ª) adverte Israel por ter rompido o concerto (Ml 2.10-16); 4ª) relembra a Israel a certeza do castigo por causa de seus  pecados (Ml 2.17-3.6); 5ª) chama o povo ao arrependimento (Ml 3.13-18); e, finalmente, 6ª) anuncia o “dia do Senhor” (Ml 4.1-6).
    CONCLUSÃO
                Os profetas eram porta-vozes de Deus e foram chamados, principalmente, em períodos de apostasia, injustiça e imoralidade. Sua principal missão era chamar o povo ao arrependimento e anunciar o juízo divino, caso o povo não se arrependesse. Esses livros foram preservados e inclusos no Cânon Sagrado por sua importância, não apenas para seus destinatários, mas, também, para os cristãos na atualidade, para que pudéssemos  aprender e ser edificados através de seus escritos.
    REFERÊNCIAS
    • ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
    • SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD.
    • SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia. CPAD.
    • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.  CPAD.
    • COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROF. PAULO AVELINO
    • Fonte: http://www.portalebd.org.br/
    •  

    LIÇÃO 01 - A ATUALIDADE DOS PROFETAS MENORES


    LIÇÃO 01 - A atualidade dos Profetas Menores


    Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
    Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo.
    Comentarista: Ezequias Soares.
    Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

    LIÇÃO 01
    A atualidade dos Profetas Menores
    7 de Outubro de 2012

    TEXTO ÁUREO

    Mas que se manifestou agora e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé” (Rm 16.26).

    VERDADE PRÁTICA
    Por ser revelação de Deus, a mensagem dos profetas é perfeitamente válida para os nossos dias.

    LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
    2 Pedro 1.16-21.

    OBJETIVOS

    Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
    • Descrever o panorama geral dos profetas menores.
    • Analisar a procedência da mensagem dos profetas menores.
    • Compreender que os escritos dos profetas menores são divinamente inspirados.

    Palavra Chave
    Atualidade: Qualidade ou estado do que é atual; momento ou época presente.

    COMENTÁRIO

    introdução
    Pela misericórdia do Senhor, iniciamos o estudo do último trimestre deste ano, estudando os chamados Profetas Menores. Temos a satisfação de ter como comentarista, o pastor Esequias Soares, um dos mais renomados biblicistas do pentecostalismo brasileiro, Mestre em Ciências das Religiões, graduado em línguas orientais e autor de várias obras publicadas pela CPAD. Veremos que o surgimento do profetismo em Israel e Judá se deu no período monárquico, com a finalidade de restaurar o monoteísmo hebreu, combater a idolatria, denunciar as injustiças sociais, proclamar o Dia do Senhor e reacender a esperança messiânica, tendo sido iniciado por Amós, foi encerrado por Malaquias. João Batista é visto como o último representante deste movimento. Portanto, a mensagem milenar desses profetas continua atual e urgente hoje. Nós costumamos afirmar que aceitamos toda a Bíblia como a Palavra Inspirada de Deus, mas de fato e de verdade, a maioria de nós negligencia o Antigo Testamento, a maior porção de toda Bíblia, e dento do Antigo Testamento, a parte mais negligenciada é a parte destinada aos Profetas Menores. A grande maioria de nós sequer tem a mínima ideia a respeito do conteúdo dos livros dos Profetas Menores e da sua relevância para as nossas vidas nos dias de hoje, apesar de tantos séculos nos separarem. Portanto, “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Os 6.3a). Tenham todos uma excelente e abençoada aula!

    I. SOBRE OS PROFETAS MENORES

    1. Autoridade. São conhecidos como Profetas Menores os doze últimos livros proféticos do antigo Testamento, São assim chamados, pois abordaram os fatos ocorridos com o povo de Deus, Israel (Reino do Norte) e Judá (Reino do Sul), de forma sucinta. Muitos deles foram contemporâneos e algumas profecias proferidas ao mesmo tempo, não tendo nenhuma relação com a relevância de suas mensagens. Podemos dizer que se dividem em três grupos:
    - Os profetas de Israel: Jonas, Amós e Oséias.
    - Os profetas de Judá: Obadias, Joel, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias.
    - Os profetas pós-cativeiro: Ageu, Zacarias e Malaquias.
    Entretanto, cronologicamente temos:
    - Obadias e Joel ................................................. 850-800 a.C.
    - Jonas, Oséias, Amós e Miquéias...................... 780-700 a.C.
    - Naum, Sofonias e Habacuque........................... 700-600 a.C.
    - Ageu, Zacarias e Malaquias............................... 520-420 a.C.
    O Antigo Testamento Hebraico, a Tanak (Hb. תנ״ך), sigla que vem das inicias da divisão Torah (תורה), Neviim (נביאים), Kethuviim (כתובים). A disposição em que encontram os livros do Antigo Testamento hebraico é diferente das outras versões, pois se constitui de 24 livros: todavia, são exatamente iguais aos 39 das Bíblias protestantes, pois os profetas menores são um único livro, assim como são os dois livros de Samuel, dos Reis, das Crônicas e Esdras-Neemias, totalizando um total de 24. Segundo a tradição judaica, a estrutura em que se encontram os livros do Antigo Testamento está ligada a história do Templo e das instituições sacerdotais de Jerusalém. O estabelecimento do Cânon hebraico foi resultado de um longo processo, no qual intervieram fatores internos e externos ao judaísmo. O Antigo Testamento, a primeira das duas principais partes da Bíblia, em nossas versões protestantes, contém 39 livros, classificados em quatro grupos: Lei, Históricos, Poéticos e Proféticos. Essa ordem é padronizada, aqui, no Ocidente, pois em outros cânones há alterações, ainda mais nos outros ramos do cristianismo como os católicos romanos, ortodoxos, armênios, etíopes, cópticos, siríacos, nestorianos, que incluem os livros apócrifos, e em alguns casos os pseudígrafos. O Antigo testamento Hebraico não contém os apócrifos, porém, estão arranjados de forma diferente.
    2. Origem do termo. O colecionamento dos profetas menores em um grupo de doze, é confirmado por Jesus, filho de Siraque, como em voga, no ano 200 A.C. Sua linguagem dá a entender a existência do grande grupo formado pelos livros de Josué, Juizes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores, que formavam a segunda divisão do cânon hebreu, caps. 46-49. A existência da tríplice divisão das Escrituras em “Lei, Profetas e os outros que os acompanharam”; ou “a Lei, os Profetas e os outros livros”, ou, “a Lei, os Profetas e o resto dos livros”, é confirmada já no ano 182 A.C. juntamente com a existência de uma versão grega da mesma época, atestada pelo neto de Jesus, filho de Siraque. O judeu Filo, que nasceu em Alexandria no ano 20 A.C. e ali morreu no reinado de Cláudio, possuía o cânon, e citou quase todos os livros, com exceção dos Apócrifos.
    3. Cânon e cenário dos Doze. Flavio Josefo, historiador judeu (37 a 100 d.C.), contemporâneo de Paulo declarou: “Porque não temos entre nós uma quantidade enorme de livros, que discordem e se contradizem entre si (como acontece com os gregos), mas apenas 22 livros, que contém os registros de todos os tempos passados, que cremos justamente serem divinos... e quão firmemente damos crédito a esses livros de nossa própria nação fica evidente pelo que fazemos; porque durante tantos séculos que já se passaram, ninguém teve ousadia suficiente para acrescentar nada a eles, cancelar qualquer coisa, nem fazer neles qualquer modificação; tendo-se tornado natural a todo judeu desde seu nascimento estimar esses livros como contendo doutrinas divinas, e perseverar nelas; e caso necessário morrer voluntariamente por elas.”Conclui-se que a estrutura da Bíblia hebraica reproduz a provável ordem em que seus livros foram canonizados, formando a Tanak: primeiramente a Lei escrita em hebraico Torah, antes do exílio babilônico, depois os profetas (ou Neviim), no retorno desde e, finalmente, os Escritos (Ketuviim) ou Hagiógrafos, possivelmente só depois da destruição do Segundo Templo. O arranjo no cânon judaico classifica os profetas do AT em “profetas anteriores”, também denominados de “profetas orais”, “profetas não-escritores” ou, ainda, “profetas não-clássicos”. Os “profetas anteriores” são todos os profetas levantados por Deus e que não tiveram o mandado divino de reduzir a escrito as suas mensagens proféticas, o que foi feito posteriormente pelos que foram inspirados a escrever o texto sagrado. O grupo dos "anteriores" são seis livros de caráter histórico: Josué, Juízes, 1 e 2Samuel, 1 e 2Reis. O conjunto dos posteriores é formado por Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze profetas menores, assim nomeados não porque o seu conteúdo seja de menor importância, mas porque são notavelmente menores que os escritos dos "três grandes profetas". Por outro lado, enquanto que o índice da LXX (que é o adaptado pela Almeida) inclui Lamentações e Daniel entre os livros proféticos, a Bíblia Hebraica os coloca na terceira seção, entre os Escritos (ketubim).

    SINOPSE DO TÓPICO (I)
    Os escritos dos Profetas Menores têm a mesma autoridade que os outros livros do Cânon Sagrado.

    II. A MENSAGEM DOS PROFETAS MENORES

    1. Procedência (vv.16-18). Profeta é uma palavra derivada do vocábulo grego profetés, composto pela preposição pro, que tem valor locativo e equivale a "diante de", "na presença de", e o verbo femí, que significa "dizer" ou "anunciar". Na LXX, encontramos profetés como tradução da palavra hebraica nabí, relacionada esta última a várias outras semíticas cujo sentido principal é anunciar ou comunicar alguma mensagem. Em âmbitos alheios ao texto da Bíblia, é frequente dar o nome de profeta a alguém que transmite mensagens da parte de alguma divindade ou que se dedica à adivinhação do futuro. Porém, se restringe o uso da palavra ao seu sentido bíblico, profeta é especialmente alguém a quem Deus escolhe e envia como o seu porta-voz, seja diante do povo ou de uma ou várias pessoas em particular. Não se trata, pois, na Bíblia, de adivinhos, magos, astrólogos ou futurólogos entregues a predizer acontecimentos futuros, mas de mensageiros do Deus de Israel, enviados para proclamar a sua palavra em precisos momentos históricos. Em certas ocasiões, a mensagem profética se referia a algum evento futuro, porém sempre vinculada a uma situação concreta e imediata na qual surgia a profecia (cf., p. ex., Is 7.1-25). Para descreverem o fato histórico, estão destinadas certas passagens que, na maioria dos livros, contemplam acontecimentos bem conhecidos e datados (p. ex., Jr 1.3, a conquista de Jerusalém Ez 1.1-3, a deportação para a Babilônia Is 1.1, Os 1.1, cronologias reais). Para se compreender o profundo sentido da palavra de Deus transmitida pelos profetas, deve-se prestar máxima atenção ao contexto histórico em que foi originalmente proclamada. Somente dessa forma será possível também atualizar a mensagem profética e aplicar o seu ensinamento às necessidades e circunstâncias do momento atual.
    2. “A palavra dos profetas” (v.19a). Os profetas eram homens que Deus revestia do seu Espírito para uma missão especial no sentido de alertar o povo e os governantes quanto a necessidade de viverem uma vida religiosa e moral de acordo com princípios divinos. Tornavam-se assim guias espirituais, da mesma forma como num momento específico da história, os juízes se tornaram líderes políticos e militares para orientar o povo de Deus. Os profetas habitualmente introduzem as suas mensagens mediante fórmulas expressivas como "Assim diz o SENHOR", "Palavra do SENHOR que veio a..." ou outras semelhantes e, frequentemente, apresentam-se a si mesmos como enviados de Deus e investidos de autoridade para proclamar a sua palavra. Essa certeza pessoal de terem sido divinamente escolhidos para comunicar determinadas mensagens é um sinal característico da consciência profética. Assim, Isaías, que responde ao chamado do SENHOR: "Eis-me aqui, envia-me a mim" (Is 6.8) ou Jeremias, que escuta a voz do SENHOR: "Eis que ponho na tua boca as minhas palavras" (Jr 1.9) ou Ezequiel, que ouve a ordem de Deus: "Vai, entra na casa de Israel e dize-lhe as minhas palavras" (Ez 3.4) ou Amós, que se sente separado das suas tarefas pastoris e transforma-se em porta-voz de Deus: "Vai e profetiza ao meu povo de Israel" (Am 7.15).
    3. “Como a uma luz que alumia em lugar escuro” (v.19b). Os profetas exerceram uma influência decisiva tanto na religião de Israel quanto posteriormente no Cristianismo. Contudo, foram bem menos as ocasiões em que os primeiros destinatários da mensagem prestaram a devida atenção (cf. Ag 1.2-15). Pelo contrário, segundo o testemunho dos próprios textos bíblicos, a princípio faziam-se de surdos à voz dos profetas, as suas palavras caíam no vazio ou eram rechaçadas sem terem obtido a resposta requerida. Mais ainda, quando a comunicação profética molestava os ouvidos dos seus receptores, estes tratavam frequentemente de fazer calar o mensageiro de Deus.Como diz Isaías: "Porque povo rebelde é este, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do SENHOR.Eles dizem aos videntes: Não tenhais visões e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto dizei-nos coisas aprazíveis, profetizai-nos ilusões;... não nos faleis mais do Santo de Israel" (Is 30.9-11) e Amós acusa Israel: "Aos profetas ordenastes, dizendo: Não profetizeis" (Am 2.12 cf. 7.10-13).

    SINOPSE DO TÓPICO (II)
    A mensagem dos Profetas é de procedência divina. Jamais por inspiração humana.

    III. A INSPIRAÇÃO DIVINA DOS PROFETAS

    1. A iniciativa divina. Os verdadeiros profetas eram porta-vozes de YAWEH. Muito mais do que predizer as coisas, a função precípua do profeta consistia em convocar o povo ao arrependimento. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos.” (Ml 2.7). As profecias bíblicas atinentes ao Messias e sua missão foram cumpridas cabalmente na pessoa de Jesus e são a confirmação da Bíblia como a palavra verdadeira e fiel de Deus aos homens. Muitas profecias do Antigo Testamento tiveram seu cumprimento no próprio Antigo Testamento, outras, se cumpriram no Novo Testamento e, outras tem se cumprido no passar dos séculos. É impressionante a maneira como se cumprem as profecias da Bíblia. O que Deus disse sucederá. “Disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir.” (Jr 1.12).
    2. A inspiração dos profetas. É função do profeta proclamar os oráculos de Deus, a fim de conduzir o povo à obediência das leis de Deus. Em Deuteronômio 18 fica claro que o profeta é sempre chamado por Deus (v.18), tem a autoridade de Deus (v.19) e o que ele diz será provado verdadeiro (v.22). O profeta era então conhecido como servo de Deus (2 Rs 17.13,23; Jr 7.25).O profeta sempre defendia os padrões de Deus e chamava o povo para Ele (Dt 13), era isso que distinguia o profeta verdadeiro do falso (por exemplo, 1 Rs 13.18-22; Jr 28). Os profetas não eram simplesmente indivíduos perceptivos no sentido político ou social. Eram pessoas que, pela revelação de Deus, tinham conhecimento da importância dos eventos e das necessidades do povo comum. Em seu trabalho eles falavam de acontecimentos futuros, de modo a advertir sobre as consequências dos atos presentes (ver Am 1.2), e no geral falavam contra a sociedade em que viviam. [...] Havia muito mais profetas do que aqueles que conhecemos pelas profecias registradas ou eventos históricos" (GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369). “levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (MT 24.11-ARA); “O profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se a sua palavra, será conhecido como profeta, de fato, enviado do SENHOR” (Jr 28.9-ARA). Temos de julgar as profecias e discernir os espíritos (1Co 12.20; 14.29; 1Jo 4.1).
    3. A autoridade dos Profetas Menores. As palavras dos profetas são a mensagem de Deus ao seu povo. O assunto do Antigo Testamento é a redenção humana. O Antigo Testamento não é um tratado de Teologia Sistemática, mas a teologia está presente do começo ao fim, nos relatos históricos, nas poesias, nas profecias, nos preceitos morais e cerimoniais. É, portanto, a fonte de toda a teologia. Não é também um compêndio sistemático da fé de Israel em Deus, cujo clímax dessa revelação é Jesus (Jo 1.18). Toda a história do Antigo Testamento mostra como Deus operou no processo da redenção humana. Registra o relacionamento de Deus com o homem até que o plano de redenção fosse realizado na cruz do Calvário. O AT era aceito pelos primeiros cristãos como coletânea de livros inspirados por Deus (2 Tm 3.16). Os cristãos e os judeus preservaram o Antigo Testamento até os nossos dias. A Igreja usou essa parte das Escrituras para a evangelização no seus primeiros dias (At 17.2,3; 24.14; 26.22). O fato de esses cristãos serem judeus justificaria a preservação de suas Escrituras, mas essa preservação não foi só por isso. Além disso, eles reconheciam-na ainda como o núcleo básico de sua fé ampliada em Jesus. O NT apresenta com muita frequência o AT como a base para a fé cristã. (SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p.23-4). Paulo citando Oseias e Isaías, reconhece a inspiração e a autoridade divinas de ambos.

    SINOPSE DO TÓPICO (III)
    Os livros dos Profetas Menores têm autoridade divina e são genuinamente inspirados por Deus.

    CONCLUSÃO
    Pode nos parecer a princípio, que a mensagem anunciada há milhares de anos atrás, tenha sido apenas para um determinado povo e nação. Muito pelo contrário, ela trata de temas absolutamente importantes, urgentes e atuais. O estudo dos Profetas Menores vem ratificar a semelhança da situação do povo daquela época com a situação que vivemos nos dias de hoje, conclamando grande necessidade para uma mensagem Profética que venha denunciar a corrupção, as injustiças sociais, o abuso de autoridade, o afrouxamento dos padrões de moralidade e a frieza espiritual do povo de Deus tão comum na mensagem dos Profetas Menores. E, diante dessa semelhança, podemos afirmar com bastante convicção que: OS PROFETAS DE ONTEM FALAM HOJE. O mesmo quadro de corrupção, injustiça social, abuso de autoridade, afrouxamento dos padrões de moralidade, idolatria e frieza espiritual do povo de Deus que acontecia naquele tempo continua se repetindo. A leitura dos Profetas Menores vem, portanto, ratificar a semelhança da situação do povo daquela época com a situação que vivemos nos dias de hoje. Os profetas eram homens de seu tempo, de carne e osso, falando e escrevendo a homens de carne e osso também de seu tempo, e esta é uma das principais razões de sua atualidade para nós.
    N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
    Campina Grande, PB
    Junho de 2012,
    Francisco de Assis Barbosa,


    EXERCÍCIOS
    1. De onde vem o termo “Profetas Menores”?
    R. A expressão “Profetas Menores” advém da Igreja Latina.
    2. Qual a procedência da “palavra dos profetas”?
    R. A mensagem dos profetas é de procedência divina.
    3. Desde quando os profetas de Deus existem?
    R. Desde o princípio do mundo.
    4. Como estaríamos sem a palavra dos profetas?
    R. Estaríamos à deriva no mundo.
    5. Por que devemos dar aos Profetas Menores à mesma atenção dispensada aos demais livros da Bíblia?
    R. Porque todos os livros da Bíblia têm o mesmo grau de inspiração e autoridade.


    NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
    TEXTOS UTILIZADOS:
    -. Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, 
    Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo. Comentarista: Ezequias Soares; CPAD;OBRAS CONSULTADAS:
    -. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
    -. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
    -. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
    -. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
    -. 
    GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369;
    -. 
    SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p.23-4.
    -. ZUCK, R. B. 
    Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009, pp.429-30;
    Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
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    Francisco de Assis Barbosa