quinta-feira, julho 30, 2015

PESQUISA DESCOBRE BENEFÍCIOS CRIATIVOS NO USO DE SARCASMO


sarcasmo chandler

Apesar de ser a língua da internet, o sarcasmo não é reconhecido como uma forma sofisticada de inteligência ou um estilo de conversação para se fazer amigos. Derivada do grego e do latim, sarcasmo tem sido chamado de “hostilidade disfarçada de humor”, ou seja, um discurso carregado de desprezo que é melhor evitar.
Mas uma nova pesquisa conduzida por Francesca Gino, da Escola de Negócios de Harvard, Adam Galinsky, da Escola de Negócios de Columbia, e Li Huang, da INSEAD, uma escola de negócios europeia, considera que o sarcasmo é muito mais sutil do que pode parecer, e realmente oferece alguns benefícios importantes e ignorados, benefícios esses psicológicos, criativos e organizacionais.


Por essa você não esperava

Para criar ou decodificar o sarcasmo, tanto o emissor da mensagem quanto o receptor precisam superar a contradição (ou seja, a distância psicológica) entre os significados literais e reais das expressões sarcásticas.
Ao que os estudos indicam, este é um processo que ativa a abstração que, por sua vez, promove o pensamento criativo.
Enquanto praticantes de sarcasmo há muito tempo já acreditam intuitivamente que ele proporciona uma “ginástica mental” que exige processos cognitivos superiores, isso não tinha sido claro até agora.

Sarcasmo impulsiona a criatividade

Sarcasmo ativa criatividade tanto em quem fala quanto em quem ouve, desde que a pessoa entenda que determinada mensagem é um sarcasmo de fato.
Pela primeira vez, a ciência foi capaz de demonstrar tais benefícios cognitivos. Além disso, também pela primeira vez, uma pesquisa propôs e mostrou que o sarcasmo é melhor utilizado entre as pessoas que têm uma relação de confiança entre si.

O estudo

Em uma série de estudos, os participantes foram divididos aleatoriamente. Como parte de uma conversa simulada, eles expressaram algo sarcástico ou sincero, e receberam uma resposta sarcástica ou sincera, ou uma neutra.
Aqueles em condições de sarcasmo, posteriormente, tiveram melhor desempenho em tarefas de criatividade do que aqueles nas condições de sinceridade ou neutras. Isto sugere que o sarcasmo tem o potencial de catalisar a criatividade em todos.
Dito isto, embora não seja o foco da pesquisa em questão, é possível que as pessoas naturalmente criativas também sejam mais propensas a usar o sarcasmo, o que faz com que o sarcasmo seja um resultado da criatividade em vez de causa nessa relação.

Os sarcásticos entenderão

Porém, usar sarcasmo no trabalho ou em outras situações sociais é um pouco perigoso. Isso porque o sarcasmo é um estilo de comunicação que pode facilmente levar a mal entendidos e confusões ou, se for um pouco mais afiado, a egos machucados. Mas se as pessoas envolvidas no sarcasmo compartilham uma confiança mútua, há menos chance de sentimentos serem feridos, segundo os pesquisadores.
Mesmo se um conflito surgir, não vai atrapalhar os ganhos criativos para qualquer uma das partes.

Ponto de virada

Enquanto a maioria das pesquisas anteriores parecia sugerir que o sarcasmo é prejudicial para uma comunicação eficaz, porque é percebido como um desprezo à sinceridade, descobrimos que o contrário pode ocorrer.
O sarcasmo entre os indivíduos que compartilham uma relação de confiança não gera mais do que algumas boas risadas.
No entanto, mais trabalho precisa ser feito para entender melhor como o tom e o conteúdo de tipos específicos de sarcasmo – como crítica sarcástica, elogios sarcásticos, etc – afetam a comunicação nos relacionamentos, bem como nos processos cognitivos dos indivíduos. Mas já podemos considerar esses resultados como um grande avanço. [medicalxpress]

FonteAutor: Gabriela Mateos é publicitária e não passou sequer um dia de seus 25 anos sem procurar alguma coisa nova para fazer.
http://hypescience.com/sarcasmo/

terça-feira, julho 28, 2015

LIÇÃO 05 - APOSTASIA, FIDELIDADE E DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO





ADMEP – Assembleia de Deus Ministério Estudando a Palavra

EBD - ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ




APOSTASIA, FIDELIDADE E DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO

02 de Agosto de 2015


TEXTO ÁUREO

Mas o Espirito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.”
 (I Timóteo 4. 1)


VERDADE PRÁTICA

A apostasia e a infidelidade a Deus são características marcantes dos tempos do fim.


Leitura Bíblica em Classe:

I Timóteo 4. 1, 2, 5 – 8; 12, 16.



Objetivo Geral:

Mostrar que a apostasia e a infidelidade a Deus são características do tempo do fim.

Objetivos Específicos:

ü   Tratar a respeito da apostasia.
ü   Compreender que o bom ministro deve ser fiel ao Senhor.
ü    Refletir a respeito da diligência no ministério.


Introdução: - Na lição de hoje estudaremos a respeito da apostasia, fidelidade e diligência no ministério cristão. O termo apostasia vem do grego apostásis e significa o “abandono premeditado e consciente da fé cristã.” Nesta lição vamos enfatizar o cuidado que os líderes (Pastores) devem ter com os falsos mestres a fim de que não destruam o rebanho do Senhor. Timóteo foi enviado à igreja de Éfeso para combater os falsos mestres e suas heresias e é exortado por Paulo para que realize a sua missão com excelência.

I.     A APOSTASIA DOS HOMENS

Paulo advertia a Timóteo, para que o mesmo doutrinasse a igreja em Éfeso, acerca dos últimos tempos, em que a apostasia se tornaria uma realidade no seio de igrejas cristãs (I Tm 4.1). Dois pontos sugerem que o Espírito fala expressamente.  Primeiro, o que Paulo vai dizer é certamente concedido a ele por divina revelação. Mas pode significar também que é expressamente ensinado por meio das Escrituras, em especial no NT, que os últimos tempos serão caracterizados pelo abandono da fé.


Alguns apostatarão da fé. - A palavra alguns é característica de I Timóteo. O que era minoria nessa epístola parece se tornar maioria em II Timóteo. O fato de essas pessoas terem apostatado ou abandonado a não significa que elas eram salvas, mas simplesmente que tinham professado ser cristãs. Porque ninguém que realmente conhece a Palavra de Deus, JAMAIS abandona a FÉ.

Dificilmente alguém pode ler isso sem pensar nos cultos que surgem nos dias atuais. A forma pela qual esses falsos sistemas se difundiram é descrita aqui de forma precisa. A maioria é constituída de pessoas que antes faziam parte de supostas igrejas cristãs. Talvez um dia essas igrejas tivessem sido sãs na fé, mas desgarraram-se e caíram no evangelho social. Os mestres dos cultos chegaram oferecendo uma mensagem mais “positiva”, e esses cristãos professos deixaram-se seduzir.


1)   Conceito: – apostasia (gr. apóstasis) significa “desvio”, “afastamento”, “abandono”. Tem o sentido também de “revolta”, “rebelião”, no sentido religioso. Numa definição clara, apostasia quer dizer “abandonar da fé”. No original do Novo Testamento apostasia, do vem do verbo aphistemi, com o sentido de “rejeitar uma posição anterior, aderindo a posição diferente e contraditória à primeira fé, repelindo-a em forma de nova crença”. Nos últimos anos, esse comportamento tem sido mais observado do que em tempos passados. É impressionantes como líderes, outrora ortodoxos, hoje apregoam ideias opostas àquele ensinamento que defendiam.


2)    Doutrinas de demônios (v. 1). Paulo identificou, explicitamente, a fonte das doutrinas dos falsos mestres como demoníacas. Parte da obra dos espíritos maus é levar pessoas a crerem em mentiras (At 5.3), a se apegarem à sabedoria mundana (Tg 3. 13 – 16) e a aceitar doutrinas errôneas como verdadeiras (2 Co 11. 14; I Tm 4. 1 – 5).


3)  Espíritos enganadores.  – “Espíritos enganadores” é uma expressão usada em linguagem figurada para descrever os “falsos mestres,” tomados por maus espíritos, que enganam os menos cautelosos. Ensinos de demônios não significam ensinamento sobre demônios, mas doutrinas inspiradas por demônios, ou que têm sua fonte no mundo demoníaco. (II Tm 3. 1 -  13; Hb 3. 12; II Tm 4. 3, 4; I Tm 1. 7).


4)  A palavra hipocrisia sugere “usos de máscara”. Isso é típico dos falsos cultistas que tentam esconder sua verdadeira identidade. Eles não querem que as pessoas saibam do sistema que os identifica. Assim, se disfarçam usando termos bíblicos e cantando hinos cristãos. Além de hipócritas, são também mentirosos. O ensino deles não está de acordo com a Palavra de Deus. Eles sabem disso e, de propósito, enganam as pessoas. (I Tm 4. 2).


II.     A FIDELIDADE DOS MINISTROS: - (vv. 6 – 10)


Todos os líderes espirituais têm pelo menos duas obrigações. Primeira, eles devem enfrentar aqueles que, de algum modo, se desviam da fé (I Tm 4. 1 – 6). Segundo, eles devem ter uma disciplina tal em sua vida, para que sejam reconhecidos como pessoas piedosas (I Tm 4. 7 – 16). Quando os líderes observam essas duas obrigações, eles estão exercitando a Lei Base Sólida e conquistando a confiança da Igreja.


1)    Bom Ministro de Jesus Cristo” (v. 6). Timóteo deveria dar instruções ao rebanho do Senhor, agindo como um “bom ministro de Cristo”. Segundo o Comentário Bíblico Beacon,” a palavra grega traduzida por ministro (diáconos) é a mesma palavra traduzida por “diáconos” em 3. 8”. O bom ministro é aquele que serve a Igreja, exortando, ensinando e discipulando suas ovelhas. Pois todo o crente precisa estar firmado na fé e na doutrina cristã (v. 6b). O bom ministro zela pela vida espiritual do rebanho do Senhor. O pastor precisa ser um estudioso da Bíblia a fim de “conhecer a sabedoria e a instrução” para entender as palavras da prudência (Pv 1. 2). O estudo das Escrituras conduz o pastor e as ovelhas à sabedoria, em todos os aspectos da vida.

2)     Rejeitando as fábulas profanas. - Mas rejeita as fábulas e de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade” (4.7). Essa advertência já houvera sido dada no primeiro capítulo da epístola a Timóteo (1.4). Como visto, as “fábulas profanas” seriam ensinamentos fantasiosos, místicos, muito utilizados pelos gnósticos e judaizantes, para impressionar os crentes. Seriam   profanas, porque configurariam ensinos humanos, fundados em vários materiais, que se opunham aos sagrados ensinos, emanados da Palavra de Deus, sob inspiração do Espírito Santo. A expressão “de velhas” aludiam a “conversas de velhas, expressão sarcástica muitas vezes empregada em polêmicas filosóficas, que compara a oposição de um oponente aos fuxicos perpetrados por mulheres mais idosas daquelas culturas, quando se assentavam em rodas tecendo, ou fazendo outras tarefas”. Em nossa cultura, certamente, equivaleria a conversas tagarelas de pessoas fofoqueiras. Quando os crentes não são orientados a lerem a Bíblia, nem tampouco a estudarem quase sempre se portam como meninos espirituais. Daí porque há tanto emocionalismo e modismo nos cultos. Tais pessoas, por não conhecerem a Palavra e não estarem firmados nela, acabam sendo levadas por todo vento de doutrinas e engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente (Ef 4. 14).

3)  O exercício físico e a piedade. (v. 8).  São contrastados aqui dois tipos de exercício. O exercício físico tem algum valor para o corpo, mas é limitado e de curta duração. A piedade, por outro lado, é boa para o espírito, a alma e o corpo do homem, e não é apenas por um tempo, mas para toda a eternidade.

Entendemos que piedade, ou (gr. eusebeia), significa a vida de santidade do cristão; a vida devocional, que inclui as orações, a leitura da Palavra de Deus, de modo sistemático, a adoração a Deus, de forma constante; a maneira de viver e conviver com as pessoas, zelando pelo bom testemunho cristão, tudo isso é piedade. Sabemos que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, por isso, precisa ser bem cuidado (I Co 6. 19).


III.      A DILIGÊNCIA DO MINISTRO (vv 11 -16; cf. 5. 4 – 16).

O ministro de Deus deve ser esforçado quanto ao aprendizado da Palavra de Deus.

1)  O ensino prescritivo. – Manda estas coisas e ensina-as” (v. 11). Era estas determinação de Paulo a Timóteo, para que ele não fraquejasse na ministração da doutrina à igreja em Éfeso, visto que as heresias estavam se espalhando com certa facilidade. A exortação de Paulo é de grande valor para os dias atuais, em que, em muitas igrejas, já um desprezo pela Palavra de Deus.


2)  O exemplo dos fiéis (v. 12.) – Timóteo era um jovem pastor, com cerca de 30 a 35 anos. Em contraste com alguns anciãos da igreja de Éfeso, ele era jovem. Por isso Paulo disse: “Ninguém despreze a tua mocidade.” Não significa que Timóteo deveria se colocar em um pedestal e se considerar imune a críticas. Ao contrário, que deveria evitar motivos para o condenarem. Ser padrão, ou exemplo (RC) dos fiéis quer dizer que ele deveria evitar a possibilidade de críticas justificadas.


§    SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Ninguém despreze a sua mocidade [...] (I Tm 4. 12). A palavra grega é neotes, que indica uma pessoa que é adulta, mas abaixo dos 40 anos. No mundo antigo, não era esperado que uma pessoa com a idade de Timóteo, provavelmente nos seus 30 anos de idade, tivesse obtido o discernimento e a sabedoria requerida para os líderes.

Podemos entender, em virtude do ambiente social, no qual os pagãos e judeus igualmente esperavam que uma pessoa tivesse entre 40 e 60 anos para ser qualificado a compreender e aconselhar, por que Timóteo, com 30 anos de idade, pode ter estado hesitante em afirmar sua autoridade.

É significativo a apresentação de novos critérios pelos quais a igreja deve avaliar os seus líderes. O que qualifica uma pessoa para a responsabilidade de liderança na igreja de Deus não é a idade, mas sim o caráter. 

Timóteo e os líderes devem dar exemplo para os crentes no modo de falar, na vida, no amor, na fé e na pureza” [RICHARDS, Laurence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012 p. 471).



2.1. Na palavra é uma referência à conversão de Timóteo. Suas palavras deveriam sempre caracterizá-lo como filho de Deus. Ele deveria não apenas evitar as palavras nitidamente proibidas, mas também as que não edificam os ouvintes. “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Ef 4. 29; 4. 31). De fato, um ministro do evangelho não pode ter linguagem inadequada, debochada, “sem classe”, sem pudor ou demagógica. Devemos lembrar que o adjetivo “torpe” a que Paulo recomenda evitar significa “podre” (gr. sapros). Assim, piadas e palavras inconvenientes não devem fazer parte do vocabulário de um obreiro cristão.

2.2. No procedimento refere-se ao comportamento como um todo. Nenhuma atitude sua deveria causar reprovação do nome de Cristo. O relacionamento cristão (o trato) deve expressar a ética cristã (Mt 7. 12).

2.3. No amor sugere que o amor deve ser o motivo da conduta, assim como o espírito no qual ele é construído e objetivo pelo qual ele luta. Ser exemplo no amor não é fácil. Mas é a característica mais importante do cristão que quer ser discípulo de Jesus. (Jo 13. 34, 35). Esse amor, no texto original, é ágape.

2.4.  No espírito - (RC e CF) está ausente na maioria das versões modernas e comentários que acompanham os textos críticos. Entretanto, aparece na maioria dos textos tradicionais. Guy King declara o fato de que o entusiasmo, em seu entendimento criteriosos da frase, é uma: “...qualidade estranhamente ausente no caráter de muitos cristãos. Eles estão cheios de entusiasmo para uma partida de futebol ou para uma disputa eleitoral, mas não se vê isso no serviço de DEUS. Como o magnífico entusiasmo dos membros da Ciência Cristã, dos testemunhas de jeová e dos comunistas deveriam nos deixar envergonhados. Ah, que saudade do ardente zelo que teve um dia a igreja. Esse estado de espírito ajudaria imensamente Timóteo a consolidar sua posição e avançar no trabalho.” [King, A Leader Le, p. 79]. O pastor, não importa a idade que tenha, precisa ter consciência de que será sempre um exemplo para o seu rebanho, por isso, precisa ter cuidado com seu modo de falar, agir e até de se vestir. Sem oração, é impossível o obreiro ser exemplo “no espírito”. (Mt 26. 44).

2.5. Na Fé provavelmente significa “na fidelidade” e carrega a ideia de dependência e firmeza. A fé assume vários sentidos na Bíblia.

2.6. Pureza Ser exemplo na pureza (gr. agneia) é ser puro, “casto”, tanto em termos de ações, atitudes e práticas no seu viver contínuo. Deveria caracterizar não apenas seus atos, mas também seus motivos. (Hb 12. 14).

3)      O cuidado que o ministro deve ter com o aprendizado. – Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá (v. 13). Um ministro do evangelho precisa estar constantemente estudando e aprendendo para que possa exortar, ensinar a Igreja. Infelizmente, há pastores que NUNCA leram a Bíblia toda. Além da Bíblia é preciso ler outros livros que vão edificar o pastor e contribuir para a edificação da Igreja. Há uma ordem definida aqui. Antes de tudo, Paulo enfatiza a leitura pública da Palavra de Deus. Isso era especialmente necessário naquela época, já que a distribuição das Escrituras era muito limitada. Poucas pessoas tinham a cópia da Palavra. Depois de ler as Escrituras, Timóteo foi orientado a exortar os crentes, baseando-se no que ele tinha lido e, então, ensinar as grandes verdades da palavra de Deus. Este versículo nos remete a Neemias 8, especialmente o versículo 8:

Entretanto, não devemos deixar de mencionar a ideia das devoções individuais desse versículo. Antes de Timóteo exortar e ensinar a Palavra de Deus a outros, ele deveria fazer disso uma realidade na própria vida.

É importante também ressaltar que neste versículo “ensinar” tem o sentido de instruir doutrinariamente na verdade. Todavia, para “ensinar”, o líder precisa gostar de aprender.



Conclusão: - A apostasia dos últimos tempos revela-se de modo acentuado no meio evangélico. Temos que ter cuidado, pois atualmente muitos estão apostatando da fé e se deixando levar por doutrinas de homens e de demônios. Para combater os falsos ensinos, o pastor deve conhecer a Palavra de Deus e ensiná-la ao rebanho. O pastor e seus auxiliares precisam conhecer as doutrinas bíblicas a fim de que possam ensinar a sã doutrina.

Que o Senhor guarde os ministros e as igrejas dos ataques do maligno, da apostasia nesses últimos tempos que antecedem a Vinda de Jesus.


f             Pesquisas:

[Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1856].
Comentários Bíblico Popular – Novo Testamento – William MacDonald



                                                    Elaborada por,

                                             Professora, Pra. Maria Valda


Pastora da ADMEP





domingo, julho 26, 2015

PASTORES E DIÁCONOS



ADMEP – Assembleia de Deus Ministério Estudando a Palavra

EBD - ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ


PASTORES E DIÁCONOS

26 de Julho de 2015


TEXTO ÁUREO

“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospedeiro, apto para ensinar.”
(I Timóteo 3. 2)


VERDADE PRÁTICA

Os pastores e os diáconos são líderes escolhidos por Deus, através do ministério, para cuidarem do serviço cristão na igreja local.

Leitura Bíblica em Classe: I Timóteo 3. 1 – 4, 8 – 13.



Objetivo Geral:

Promover a conscientização de que o pastor e a diaconia são ministérios dados por Deus.

Objetivos Específicos:

ü   Tratar a respeito do episcopado.
ü   Apresentar as qualificações e atribuições de um líder.
ü   Refletir a respeito do diaconato.
ü   Conscientizar –se de que o serviço é a razão de ser do ministério.


Introdução: - Paulo dá início ao capítulo três da Primeira Epístola de Timóteo, falando a respeito do trabalho pastoral. Ser pastor não é abraçar uma profissão, mas um ministério divino cuja função primordial é cuidar das ovelhas do Senhor. Nenhum pastor tem condições de cuidar do rebanho sozinho. São necessários ajudantes, por isso, neste mesmo capítulo, o apóstolo Paulo fala a respeito do diaconato.

Na lição de hoje estudaremos a respeito do pastorado e do diaconato, duas funções de extrema importância para o crescimento do Reino de Deus.



PONTO CENTRAL

Deus vocaciona e separa homens para o diaconato e para o ministério pastoral.



I)    QUEM DESEJA O EPISCOPADO

1) “Excelente obra deseja”. - Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (I Tm 3.1). a expressão “uma palavra fiel” sem dúvida  alguma é uma declaração positiva em relação à aspiração que alguém possa ter, desejando assumir tão grande e sérias  responsabilidades, no ministério ordenado, na igreja cristã. Em sua missiva a Timóteo, Paulo assevera que almejar o “episcopado” ou o pastorado é desejar uma obra excelente.  O episcopado é um conjunto de funções ou atividades dos bispos ou presbíteros. Imaginemos o que significava ser um líder da comunidade cristã, nos primeiros séculos de sua história. Tudo era novo, desafiador, relevante e às vezes impactantes. Numa sociedade em que havia pouquíssimas classes sociais, ser líder de uma comunidade era posição por demais honrosa e de grande responsabilidade e significância.


2) Chamada. - Se, hoje, quando há tantos obreiros aspirando ao ministério, ser um bispo ou presbítero é considerada oportunidade valiosa para quem deseja servir a Deus, à época de Paulo, tinha muito mais significância. Isso porque ter uma função de liderança na obra do Senhor não é para qualquer um. O “candidato” ao episcopado pode desejá-lo, e isso não é nada estranho. Mas, para assumi-lo, é necessário, antes de qualquer requisito, ter a “chamada específica” da parte de Deus. O episcopado não deve ser fruto de acordos e arranjos ministeriais, por amizade, família ou condição social ou financeira. Deve ser resultado de um relacionamento sério com Deus, o dono da obra. (Gl 1. 15; Jr 1. 5). Quem é chamado não só tem a convicção do convite, mas apresenta um perfil que agrada a Deus.

3)     O Preparo. – Deus chama, porém, o preparo cabe aos seus servos. O pastor precisa ter conhecimento bíblico (o que deve saber), teológico e habilidades ministeriais (o que deve ser capaz de fazer). Seu preparo não termina quando conclui um seminário teológico, mas se dá durante toda a sua jornada. Em o Novo Testamento vemos que os apóstolos foram chamados, mas só foram enviados após algum tempo de aprendizado com Jesus (Mc 6. 7; Mt 10. 16; Lc 10. 1). O exemplo de Paulo também é bem significativo. Ele foi chamado, já possuía o conhecimento da Lei, pois teve como professor o renomado Gamaliel, mas partiu para a Arábia e ali ficou três anos se preparando para exercer seu ministério junto aos gentios (Gl 1. 17, 18). Paulo foi enviado pelo Espírito Santo (Atos 13. 4).


III. QUALIFICAÇÕES E ATRIBUIÇÕES DOS PASTORES E  DIÁCONOS. - (3. 1 – 13)

1) Atribuições dos Pastores (Bispos) (1–7) – Considerando a importância e a amplitude do episcopado, Paulo discriminou uma lista de qualificações e atribuições dos bispos, presbíteros ou pastores, líderes da igreja local.
Para alcançar a posição de um bispo, presbítero ou pastor, o aspirante ao episcopado necessita conhecer quais atribuições e qualificações precisa ter e desenvolver ao longo de sua vida ministerial. No texto de I Timóteo 3. 1 – 7, vemos algumas qualificações, que podem ser resumidas num conjunto de indicações, que por sua vez podem ser divididas em três grupos:

2.1. Qualificações Espirituais e Ministeriais:

1)        Ter condições de pregar a Palavra de Deus, sendo “apto a ensinar” (3. 2; 2 Tm 2. 1);
2)           Ter bom testemunho diante da igreja e dos descrentes (3.7);
3)           Não ser neófito, novato, inexperiente (3.6);
4)           Ser vigilante, atento ao que se passa ao seu redor (3. 2);
5)           Saber depender de Cristo para cumprir a missão (Jo 15; 5; Fp 4. 13).

2.2. Qualificações Familiares:

1)           Ter vida conjugal ajustada, ser “marido de uma mulher” (3.2); não só isso, mas amar a esposa, “como Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5. 25);
2)           Demonstrar que governa bem sua família (3.4);
3)           Ter autoridade sobre a esposa ((Ef 5. 23);
4)           Ter autoridade sobre os filhos (3. 4, 5).

2.3. Qualificações Morais e Emocionais:

1)      Ser “irrepreensível” (3.2), que não pode ser acusado de algo que desabone sua conduta;
2)           Ser honesto, sincero, verdadeiro (3. 2);
3)     Ser “hospitaleiro”, ou acolhedor, que sabe tratar bem as pessoas (3.2);
4)           “Não dado ao vinho”, não usuário de bebidas alcóolicas (3.3);
5)           Não espancador”, ou seja, não violento, agressivo (3.3; Gl 5. 22);
6)           Não cobiçoso nem ganancioso (3.3);
7)           Ser “sóbrio” (3.2), simples, moderado (3.3);
8)           “Não contencioso” (3.2; 2 Tm 2, 24);
9)           “Não avarento” (3.3; 6. 10).

III.        O DIACONATO: (8 – 13)

1.    Os Diáconos: - Diaconia: A Serviço de Deus Diaconia é sem sombra de dúvida uma palavra que traz consigo uma dúbia interpretação, por esta razão, há na igreja contemporânea uma disfunção quanto a sua aplicabilidade correta.

Numa visão mais detida Diaconia, deveria ser um estilo de vida calcada na transformação do novo cristão, tomando como linha mestra o próprio Jesus Cristo. Na visão bíblica diaconia, tem sua atuação através da vocação de todo àquele que se decide por Jesus em sua vida, porque a Igreja de Jesus é chamada e vocacionada por Cristo a ser uma Igreja diaconal. Para tanto é necessário buscarmos entender o real significado do termo DIAKONIA, na Bíblia especificamente no Novo Testamento. Sua semântica é extremamente rica, no que diz respeito a sua aplicação nos diversos momentos do NT.

2)       Diaconia aparece em três formas:

1. Diakoneo: Servir (verbo)
2. Diakonia: serviço (substantivo)
3. Diakono:  - diácono (substantivo) DIAKONEO verbo Servir Diakoneo significa ser servo, ser assistente, servir, esperar em, ministrar, prestar qualquer tipo de serviço. (Servir) este verbo é utilizado no NT de diferentes maneiras.

A) Na antiga Grécia e Roma, assinala um serviço público e ou escravo, realizado somente para sobrevivência e manutenção da vida, em Roma havia os restaurantes públicos abertos a toda população e o garçom (Diakono realizava sua ação de Diakonia).

Também retrata os serviços domésticos realizados para preparar refeições aos convidados, e servir às mesas. Em Lc 10: 40 vemos Marta servindo os convidados em sua casa.

B) Diakonia serviço (substantivo): refere ao cargo e trabalho de um diakonos. Esta palavra surge no NT 34 vezes. Diakonia é em suma uma ação integralizadora da igreja onde sua atuação descreve na prática o que o próprio Jesus ensinou em Mc 10: 45:

Mas o filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e dar sua vida em resgate de muitos”. Jesus serve ao homem até sua morte, este exemplo deve ser vivido e praticado pela igreja como agencia permanente de ações pacificadoras, não excludente e sim inclusiva, formadora de caráter e medicadora da salvação em Jesus Cristo.

Além das qualidades exigidas em Atos 6. 1 -7, Paulo indica outros importantes requisitos para o diaconato. Após enumerar as qualificações para bispos ou presbíteros, Paulo aproveita o ensino para discorrer sobre as qualificações dos diáconos ou ministros que serviam nas igrejas. Veja a lista que Paulo faz para os Diáconos:

3)       Qualidades Morais:

3.1.   Serem honestos, (3. 8);
3.2.   Homens de palavra, “não de língua dobre” (3.8);
3.3.   Não sejam usuários de bebidas alcoólicas (3.8);
3.4.   Não sejam cobiçosos ou gananciosos (3. 8).

4)       Qualidades Espirituais e Familiares:

4.1. Que saibam guardar “o mistério da fé em uma pura consciência” (3.9);
4.2. Serem provados, no seu viver e trabalho, e serem irrepreensíveis (3. 10);
4.3. As mulheres (diaconisas) devem ser “honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo”. (3. 11);
4.4. Sejam homens fiéis a suas esposas (3. 12);
4.5. Que saibam ser líderes em sua casa, e “que governem bem seus filhos e suas próprias casas”. (3. 12).


IV.      SERVIÇO – RAZÃO DE SER DO MINISTÉRIO

1)    Serviço Cristão: - Todo cristão é chamado para ser servo de Deus. Como tal, sua atividade e missão deve ser contribuir com sua vida, seu serviço para o engrandecimento do Reino de Deus. Paulo enfatizou o trabalho dos diáconos, chamando a atenção para aqueles que se comportam à altura da função diaconal (I Tm 3. 13).  As tarefas do servo (diáconos) chama-se diakonia, que inclui as diversas atividades desempenhadas juntos à comunidade cristã, visando à sua organização e cumprimento da missão que Cristo confiou à sua Igreja. No sentido amplo, todo crente é um diácono, pois ninguém deixa de ser “servo” pelo fato de galgar ou ser levado a funções ministeriais de maior responsabilidade.

2) O Exemplo de Jesus Como Servo: - Para cumprir sua missão sacrificial em favor dos homens, Jesus despojou-se temporariamente de sua glória plena (Jo 17. 14; Fp 2. 5 – 10). Paulo diz que Ele assumiu a forma de Servo, mais que isso, a forma de escravo (Fp 2. 6- 8; Jo 13. 4, 5).

3) O Exemplo de Paulo: - Paulo era um servo fiel. Ele não mediu esforços para servir.

4) O Exemplo de Timóteo: - Timóteo foi um pastor exemplar, que demonstrou ter um caráter imaculado. Sua mãe Eunice e sua avó Loide eram crentes judias que muito contribuíram para sua formação espiritual e moral.

Conclusão: -  As funções ministeriais de diáconos e de presbíteros são muito relevantes e necessárias à boa ordem no ambiente de adoração e culto a Deus. São estabelecidas, com base bíblica, para que as atividades das igrejas locais sejam bem organizadas e contem com uma liderança eficientes e responsável. Os bispos ou pastores são aqueles que cuidam das definições mais amplas da missão da igreja.  Os diáconos são obreiros, instituídos, biblicamente, para auxiliar os líderes cristãos, que se dedicam ao estudo e à ministração da Palavra de Deus. Que o Senhor nos faça entender que, sejam bispos, sejam diáconos, que “todos sejam um” (Jo 17.21), sem hierarquização formalistas, num sistemas de poder. Mas que todos tenhamos a mentalidade de servos a serviços dos servos de Deus. E NUNCA esquecendo, que seremos eternamente SERVOS do Senhor. (Ap 22. 3). Os seus SERVOS o SERVIRÃO...”; Isto é eternidade. Então aprenda deste já a Servir no Reino de Deus.


f               Pesquisas:
As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. – Elinaldo Renovato de Lima - CPAD
Pr. Prof. Paulo Roberto dos Santos. Fonte: Diaconia um chamado para servir: Gisela beulke(org.) Visão Bíblica da diaconia: Pr. Fred Bornshein. Diaconia, fé em ação: Kjell Nordstokkr(org.) Bíblia de estudo




                                        Professora, Pra. Maria Valda



 Pastora da ADMEP