quarta-feira, julho 31, 2013

O PAPA FALOU… QUE NÃO ERA NECESSÁRIO FALAR!


A IMINENTE LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL:

O PAPA FALOU…

QUE NÃO ERA NECESSÁRIO FALAR!


 





Por Júlio Severo


A mídia internacional está em frenesi acerca das declarações do papa sobre a homossexualidade. Geralmente, quando os cristãos falam sobre questões homossexuais, a mídia não perdoa: o bombardeio de ataques é incessante. Tenho sido vítima de tais ataques, e tenho escrito muitos artigos defendendo cristãos (católicos e evangélicos) sob tais ataques.

No caso do papa, não houve ataques. Ao que tudo indica, algumas de suas palavras foram deturpadas. Mas, em geral, ele foi celebrado pela imprensa internacional.

Não focarei na polêmica dos comentários dele acerca da homossexualidade e como os jornalistas escolheram ver. Não estou preocupado com o que o papa disse depois de sua viagem ao Brasil. Minha preocupação envolve o que ele não falou no Brasil.

Durante sua viagem, meus amigos pró-vida católicos estavam desesperadamente tentando chegar até o papa para pedir a assistência especial dele contra um projeto de lei pró-aborto que foi aprovado recentemente no Congresso Nacional. Será que a visita do papa foi providencial para ajudar a causa pró-vida?

Escrevi dois recentes artigos sobre o papa e o aborto no Brasil. Um deles disse que “a presidente socialista Dilma Rousseff está para sancionar uma lei de aborto, e o papa não dirigiu nenhuma mensagem específica sobre essa situação urgente do Brasil. Ele deixou o Brasil sem abrir a boca contra essa ameaça iminente.”
Por que ele não falou? Ele não sabia? Havia muitas dúvidas entre os ativistas pró-vida do Brasil, inclusive eu.

Depois do meu último artigo sobre o papa e o aborto no Brasil, uma amiga católica na Noruega me enviou uma resposta original confiável em espanhol dada pelo papa sobre essa questão específica, publicada no proeminente site noticioso católico AciPrensa. O papa deu essa importante resposta em seu voo de saída do Brasil. A seguir, a tradução:

Jornalista: A sociedade brasileira mudou, os jovens mudaram. Você não falou sobre aborto nem sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo. No Brasil aprovaram uma lei que amplia o direito ao aborto e outra que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Por que você não falou sobre isso?

Papa Francisco I: A Igreja tem falado claramente sobre isso, não é necessário voltar a esse assunto, assim como não é necessário falar sobre fraude, mentira ou outras coisas sobre as quais a igreja tem uma doutrina clara. Não é necessário falar sobre isso, mas sobre coisas positivas que abrem o caminho aos jovens. Além disso, os jovens sabem perfeitamente bem qual é posição da Igreja.

Assim, provavelmente o papa sabia sobre o projeto de lei que Dilma está para sancionar em lei. Se não sabia antes, ficou sabendo quando deixou o Brasil e foi entrevistado. Sua resposta foi apenas “A Igreja tem falado claramente sobre isso, não é necessário voltar a esse assunto.”

Como evangélico envolvido há mais de vinte cinco anos no movimento pró-vida, sei disso. Por meio do Papa João Paulo 2º, principalmente sua excelente encíclica Evangelho da Vida, a Igreja Católica falou claramente sobre a defesa da vida.

Outros católicos também têm falado de forma magnífica em defesa da vida. A Madre Teresa de Calcutá, num café-da-manhã de oração com o ex-presidente Bill Clinton, o repreendeu por sua postura pró-aborto uns vinte anos atrás.

Clinton era batista. Contudo, mesmo não sendo católico, ele conhecia o ensino cristão universal, que é essencialmente pró-vida. A Madre Teresa não precisava repreendê-lo porque “A Igreja tem falado claramente sobre isso, não é necessário voltar a esse assunto”?

Então, pelo fato de que o Brasil é o maior país católico do mundo, o papa não precisava tratar diretamente da questão do aborto com o povo brasileiro e com Dilma porque “A Igreja tem falado claramente sobre isso, não é necessário voltar a esse assunto,” muito embora ela esteja para sancionar o aborto?

Pelo jeito, os católicos pró-vida do Brasil também não deveriam lidar diretamente com a questão do aborto com Dilma e com o Congresso Nacional porque “A Igreja tem falado claramente sobre isso, não é necessário voltar a esse assunto.”

Sim, a Igreja Católica tem falado claramente sobre essa questão. A encíclica Evangelho da Vida é prova. Mas não é necessário tratar desse assunto diretamente com uma presidente que está para sancionar o aborto? Não é necessário pregar o Evangelho da Vida vezes sem conta?

Não sei o que meus amigos pró-vida católicos farão, mas eu permanecerei pregando o Evangelho de Jesus Cristo, que veio para dar vida em abundância.



* As opiniões expressas nos textos publicados são de exclusiva responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a opinião do Gospel Prime.
Postado por Célia Goulart 

terça-feira, julho 30, 2013

O PAPA E O ABORTO NO BRASIL

27 de julho de 2013

O PAPA E O ABORTO NO BRASIL
Dilma Rousseff está para sancionar lei que legaliza o aborto, e o papa de nada sabe

Júlio Severo


Um projeto de lei que protege vítimas de violência sexual foi sorrateiramente aprovado no Congresso Nacional recentemente. Não há problema em leis protegendo tais vítimas. Mas os grupos pró-aborto louvaram esse projeto porque efetivamente legalizará o aborto no Brasil. Ele reforçará outra lei que diz que para obter um aborto basta que uma mulher diga que foi vítima de estupro.

Não há nenhuma necessidade de evidência médica e legal. Qualquer mulher pode obter um aborto alegando violência.


Papa Francisco e Dilma Rousseff

O projeto, do jeito que está, ajuda mais o aborto do que as vítimas de violência sexual. Agora, ele aguarda sanção oficial da presidente Dilma Rousseff, uma socialista ardorosa que, apesar de tudo, busca não antagonizar sua enorme população católica.

Grupos pró-vida em todo o Brasil estão pressionando a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para convencer Dilma a não sancionar a lei pró-aborto. Mas a CNBB, tradicionalmente alinhada com muitos dos credos da Teologia da Libertação, está dividida acerca de uma oposição ao projeto.

Dilma reagirá conforme a mobilização popular que ela vir. Ela está vendo alguns pequenos grupos católicos e evangélicos se opondo. Ela está vendo a CNBB dividida. E nesse contexto urgente, em que o aborto pode ser legalizado a qualquer momento, o papa chega para visitar o Brasil!

Apenas uma única palavra do Papa Francisco pedindo que Dilma não sancione a lei pró-aborto seria mais do que suficiente para ela atender ao pedido dele. A palavra dele representa a vontade de milhões de católicos, e o Brasil é a nação mais católica do mundo.





Mas a CNBB em grande parte esquerdista não informou ao papa sobre a questão urgente. Líderes pró-vida estão tentando chegar até o papa para pedir sua ajuda, mas mesmo nesse caso, sob o susto de ficar sabendo da situação desesperada no Brasil, o papa acabaria ficando desorientado ao buscar informações adicionais diretamente da mais importante hierarquia católica do Brasil: a CNBB.

Dilma está com sua caneta na mão, pronta para assinar a lei pró-aborto, mas ela está esperando. Se o papa abrir a boca para se manifestar, os grupos pró-aborto sofrerão derrota inevitável. Se o papa deixar o Brasil sem abrir a boca, os grupos pró-vida terão muitas dificuldades para explicar sobre a urgência e importância da lei pró-aborto. Afinal, se é tão importante, por que o papa não se manifestou?

Dilma e o Brasil estão aguardando as específicas palavras pró-vida do papa sobre o projeto pró-aborto que ela está para sancionar em lei.

Se o papa deixar o Brasil sem tais palavras, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil terá sangue inocente em suas mãos.


Versão em inglês deste artigo: The Pope and Abortion in Brazil
Leitura adicional:
Se você quiser conhecer sobre a Teologia da Libertação no Brasil, baixe meu livro aqui: http://bit.ly/11zFSqq

domingo, julho 28, 2013

"PSICOLOGIA DE PRÍNCIPES"

PAPA DIZ QUE BISPOS NÃO PODEM TER "PSICOLOGIA DE PRÍNCIPES"





Após celebrar a Missa de Envio da Jornada Mundial da Juventude, em Copacabana, Papa Francisco se reuniu com membros do Comitê do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), no Sumaré, onde falou sobre a importância de os bispos se dirigirem às comunidades com diálogo e se tornarem pastores próximos às pessoas, agindo com simplicidade e sem ambição.

Francisco se referiu à Missão Continental, o documento surgido da 5ª reunião do Celam, em Aparecida, em 2007, onde foram traçadas as linhas a serem seguidas pela igreja latino-americana no século 21.

O Papa destacou que são os bispos que conduzem a pastoral, e que eles devem se aproximar das pessoas.  "Homens que amem a pobreza, seja a pobreza interior como liberdade perante o senhor, seja a pobreza exterior como simplicidade e austeridade de vida. Homens que não tenham 'psicologia de príncipes'. Homens que não sejam ambiciosos, homens capazes de velar sobre o rebanho confiado e cuidando de tudo aquilo que o mantém unido, vigiar seu povo com atenção para os eventuais perigos que o ameacem, sobretudo para garantir a esperança, que haja sol e luz nos corações", conclamou, acrescentando: "O lugar do bispo para estar com seu povo é triplo: à frente, para indicar o caminho; no meio, para mantê-lo unido e neutralizar os debandes; ou atrás, para evitar que algum fique atrasado, mas também, e fundamentalmente, porque o rebanho também tem olfato próprio para encontrar novos caminhos."

Francisco disse ainda que a igreja e sociedade como um todo estão atrasados no que se refere a Conversão Pastoral.

O Pontífice analisou o documento de Aparecida e assinalou que a Igreja é instituição, mas quando se posiciona como centro acaba se transformando em uma ONG, sendo autor referencial e se fragilizando na necessidade de ser missionária. Francisco citou ainda a intervenção do clero nos negócios públicos e privados, chamada de clericalismo, o que, de acordo com ele, é também uma tentação muito atual na América Latina.
"Curiosamente, na maioria dos casos, trata-se de uma cumplicidade pecadora: o padre clericaliza e o laico lhe pede por favor que se clericalize, porque no fundo é mais cômodo. O fenômeno do clericalismo explica, em grande parte, a falta de maturidade e de liberdade cristã em boa parte do continente laico latino-americano", denunciou.
Francisco destacou que Aparecida propôs a renovação interna da Igreja e disse que é necessário com frequência que os bispos reflitam se o trabalho que fazem é mais pastoral que administrativo, se promovem espaços e ocasiões para manifestar a misericórdia de Deus, se participam da missão aos fiéis laicos e se são apoiados, "superando qualquer tentação de manipulação ou submissão indevida".
Francisco também citou algumas tentações contra a missão, entre elas o "reducionismo sociabilizante, que abrange os campos mais variados, desde o liberalismo de mercado até o marxismo; a ideologização psicológica, que reduz o encontro com Jesus Cristo a um conhecimento, ignorando a transcendência da missão e a proposta agnóstica que se dá em grupos de elitistas; e os denominados católicos ilustrados, por serem herdeiros do Iluminismo".

sábado, julho 20, 2013

NAMORO, CASAMENTO E DIVÓRCIO!

ADMEP – ASSEMBLEIA DE DEUS – MINISTÉRIO ESTUDANDO A PALAVRA

EBD - Escola Bíblica Dominical

Departamento de Educação Cristã


Lição 3:

 Namoro, Casamento e Divórcio

Leitura Bíblica em Classe:

1 Coríntios 7.7-15.


Introdução: Quando tratamos de temas tão importantes como Ética Cristã, tratamos dos relacionamentos em todos os seus aspectos. Nessa lição falaremos sobre temas pertinentes à atualidade, devido a triste perda dos princípios e valores divinos: Namoro, casamento e divórcio. Estudaremos também os modelos de casamentos que são descritos na Bíblia e analisaremos como estes são constituídos na pós-modernidade.

Que possamos dar o devido valor a cada etapa e decisão da vida, crescendo em comunhão com Deus, para honrá-lo em nossos relacionamentos.


OBJETIVOS:

ü   Saber que, nos tempos bíblicos, não existia namoro da forma como conhecemos hoje;
ü   Compreender que a escolha do cônjuge deve ser feita sob a orientação de Deus;
ü   Entender que o propósito de Deus para o casamento é que ele dure até a morte de um dos cônjuges.
ü   Depreender que o divórcio traz consigo consequências desastrosas.


I.     A ESCOLHA DO CÔNJUGE

1)             Namoro e Noivado na Bíblia




Não há na Bíblia qualquer menção ao ato de namorar. A palavra namoro vem da expressão Espanhola estar en amor, que acabou formando o verbo “enamorar”, que originou o nosso termo namoro.  Já o noivado, tem suas referências na Bíblia, vejamos então como era o noivado bíblico conforme o costume hebraico.

A.          O Modelo Veterotestamentário

·               Isaque e Rebeca: Abraão decidiu que seu filho Isaque deveria casar-se, enviou seu servo, com uma comitiva, a Padã-Arã, terra dos seus parentes, para encontrar ali uma moça que atendesse aos seus interesses (Gn 24). Era a dispensação patriarcal, e compreendemos que o noivado era um trato familiar, no qual era pago um dote, apesar de aparecerem alguns princípios interessantes.

·               Jacó e Raquel: Esse caso também traz alguma informação do período anterior a dispensação da Lei que foram adotadas mais formalidades. Ainda permanece a dispensação patriarcal (Gn 29). Jacó ao chegar na mesma terra de sua mãe, se apaixona por Raquel filha mais nova de Labão, seu tio, e trabalha para pagar o dote de sua prometida.

B.          O Modelo Neotestamentário: José e Maria.

Nos dias de Jesus, de forma similar à observada no modelo do Antigo Testamento, os pais escolhiam o cônjuge para seus filhos. Feita a escolha, seguia-se rapidamente o noivado – esse é o caso de José e Maria (Mt 1.18-24). Esse modelo segue um rito diferente pois é o período da Lei de Moisés e tem um costume seguido. Vejamos alguns detalhes do noivado judaico:

1)      O desposado começou com uma cerimônia entre as duas famílias quando o valor do pagamento, chamado o "dote", foi combinado e pago pelo homem aos pais da moça. Também nesta ocasião os noivos trocaram presentes.
2)          Em certos casos um contrato de trabalho manual foi aceito pelos pais em lugar deste pagamento, como no caso de Jacó e Raquel (Gn 29.18-20).
3)          O tempo do desposado durava mais ou menos um ano e durante este tempo o rapaz era dispensado do serviço militar (Dt 20.7) e o casal podia arrumar sua morada futura e geralmente a noiva fazia a sua veste nupcial.

4)          Embora chamados de "marido" e "mulher" desde o começo do desposado, não viviam juntos e não tinham relações sexuais durante este tempo. Esta parte era rigorosamente guardada pelo casal e a moça tinha que provar que era virgem quando casou oficialmente no fim do desposado (Dt 22.13-21).

5)          No dia do casamento oficial, os convidados chegavam às BODAS na casa dos pais do noivo. O noivo, acompanhado pelos seus amigos, saía tarde para encontrar com a sua noiva. As amigas da noiva esperavam a sua chegada e quando chegasse avisavam a noiva e os dois grupos iam para as bodas onde havia o casamento oficial e a recepção com o banquete que era celebrado com festividades e brincadeiras e que durava às vezes até por sete dias (Jz 14.10-12; Mt 22.1-4; 25.1-6).  Na sociedade judaica não era bem visto o rapaz que atingisse certa idade sem contrair matrimônio. Concluímos então que o noivado traz um princípio de comprometimento e responsabilidade, que não libera o casal ainda para as bênçãos do casamento.

C.           O Modelo Pós-Moderno.

No ocidente, a escolha do cônjuge fica a cargo dos pretendentes. A intervenção da família restringe-se a discordância, caso perceba alguma inconveniência. Enfim, cada época tem o seu costume e maneira de realizar, mas os princípios divinos são eternos. Levando em conta os exemplos bíblicos, levaremos em conta alguns princípios importantes no que tange o namoro e noivado na escolha do cônjuge conforme os modelos bíblicos:

1)       Que seja da família da fé (Gn 24.1-4; 2Co 6.14-18). Abraão pediu que seu servo Eliezer jurasse, que não traria dentre os cananeus, pelo contrário, deveria ser de sua parentela. E a palavra de Deus é clara quanto ao jugo desigual.

2)       Compreender que um relacionamento que não seja voluntário, não será agradável a Deus (Gn 24.8; 57,58).

3)       Acima de tudo, buscar a orientação de Deus através da Oração e Palavra. Eliezer orou e pediu um sinal a Deus (Gn 24.12-14); Isaque também orava, quando enfim Rebeca chegou (Gn 24.63-67). Deus tem prazer em orientar e responder a oração de seus filhos (Gn 37.5; Pv 3.5,6).

1)             Conselhos Práticos aos que Namoram:

a)          Ouvir pai e mãe, ou alguém experiente, de confiança e comprovadamente servo de Deus;

b)          Observar como a pessoa se relaciona com a família;

c)           Procure saber se a pessoa tem princípios e valores absolutos (o caminho da vida);

d)          Procure saber se a pessoa respeita você;

e)          Procure uma pessoa que de fato tenha nascido de novo;

f)            Acima de tudo, em oração e comunhão com o Espírito Santo, buscar a orientação.

2)           Conselhos Práticos aos Noivos:

a)          Evite casar sob pressão (Romanos 12.1-2). Não case pensando que sua vida se endireitará depois do casamento. Não case com alguém pelo qual não tenha respeito, ou não que não admire.

b)          Não case cedo demais ou de repente (Tg 1.4-5). Procure ver sua relação com Deus, os hábitos da pessoa, os pais, o modo de vida.

c)           Não case tendo uma perspectiva errada do sexo (Gálatas 5.16-25). Alguns casam para desfrutar do sexo, mas casamento não é apenas sexo, muito mais está envolvido.

4)    Tem o teste da paciência, e da luta para que se concretize o objetivo do casamento, isso envolve um verdadeiro amor que espera e trabalha para que a união aconteça (Gn 29.18-20, 27; Pv 20.21). Jacó só pode ter relações sexuais depois do casamento com Raquel. As relações sexuais foram feitas para o casamento, pois fora dele é pecado. O sexo fora do casamento não é discernido conforme a vontade de Deus, e se torna rapidamente idolátrico e perverso (Gl 5.19,20).

II.      O CASAMENTO




Seja para o salvo ou para o ímpio, tenha sido realizada uma cerimônia religiosa ou não, com o casamento assume-se um compromisso sagrado (Gn 2.24).

1)             O Papel do Estado

O casamento é, antes de tudo, um ato moral. No entanto, devido à natureza pecaminosa do homem, a sociedade parte do pressuposto de que todos são suscetíveis ao erro, podendo mentir ou não fazer valer a palavra empenhada. O papel do Estado com relação ao casamento está em tratar das civilidades necessárias para que diante da sociedade as pessoas sejam consideradas casadas, e principalmente, visa com as leis que trazem os direitos e obrigações, proteger de certa forma ambos, pois o estado enxerga sempre a possibilidade do divórcio. Portanto o casamento civil é importante, pois até a Palavra de Deus visa essa possibilidade e tudo deve ser feito conforme as leis cívicas, a não ser que essas leis violem os princípios da Palavra de Deus.

2)           O Papel da Igreja.

O casamento religioso tem por objetivo outorgar a bênção ao pacto estabelecido entre os que estão para se casar, por intermédio de uma autoridade espiritual.

A grande finalidade do casamento religioso não está em fazer uma festa suntuosa, mesmo que isso seja muito bom, mas principalmente em agradecer ao Senhor, dando glória ao seu nome, o honrando e consagrando a união a Ele.

§    Razões Para o Casamento:

a)   Complemento afetivo. Dentre as coisas feitas pelo Senhor durante a semana da recriação, apenas uma ele achou que não era boa: não era bom que o homem estivesse só (Gn 2.18).

b)    Instrumento de Procriação. Havendo Deus formado a mulher, entregou-a ao homem, abençoou a ambos e lhes disse: “Sede fecundo, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a” (Gn 1.28).

c)     Regular a Atividade Sexual. Segundo a ética cristã, a atividade sexual do homem e da mulher restringe-se ao casamento.

§    Algumas Considerações Importantes:

a)    Ninguém é obrigado a se casar nem a se manter solteiro. Segundo o apóstolo Paulo a capacidade de se casar ou se manter solteiro, é um dom divino (1Co 7.17);

b)   O casamento envolve não apenas privilégios mas também deveres (Ef 5.22-29);

c)   O casamento entre cristãos está firmado na Palavra de Deus, portanto é dever de ambos lutar para sua unidade crescer. Há postulados morais e espirituais determinados por Deus.

Concluímos que o casamento é uma instituição divina que tem sua validação segundo as leis civis do Estado e segunda as leis e princípios divinos, e essa parte, a autoridade está com a Igreja do Senhor Jesus Cristo.  Devemos levar em conta também de que pode estar validado no civil ou no religioso, se não houver genuíno amor, não está validado diante de Deus!

III.   O DIVÓRCIO

Significado: O divórcio segundo a Bíblia, significa a “dissolução completa do matrimônio.

Quando Deus formou o homem e a mulher, evidentemente, não tinha o divórcio em mente (Gn 2.24), desejando, portanto, que a união matrimonial durasse até a morte de um dos cônjuges.

§  O Que A Bíblia Diz Sobre o Divórcio




1)          O Divórcio no Antigo Testamento. Caso o homem, após o casamento passasse a não se agradar de sua mulher, por alguma coisa indecente, tinha o direito de escrever uma carta, chamada em hebraico de “get”, que tem o significado de desquite, ou repúdio, que é mais conhecida como carta de divórcio (Dt 24.1,2). Esta carta liberava a mulher repudiada a casar-se novamente, só não poderia mais casar-se com o marido que a liberou com esse “certificado”, e semelhantemente, o marido poderia contrair novas núpcias (Dt 24.3,4).

2)          O Divórcio No Novo Testamento: Jesus.

a)   A “dureza do coração” dos homens (Mt 19.8). Jesus a princípio, toca na essência da questão do divórcio, fala da dureza, da insensibilidade do coração dos homens. Esse é o principal motivo para todas as separações.

b)   “Exceto em caso de prostituição” (Mt 19.9). Jesus usou uma expressão decisiva. Prostituição é uma palavra que vem do grego “pornéia”, e significa imoralidade sexual em todas as formas. Em outras versões bíblicas, diz: “exceto em caso de adultério”. Nas Escrituras os termos “fornicação” e “adultério” são sinônimos, e muitas vezes são empregados alternadamente.

c)   Permissão para novo casamento. A carta de divórcio que permitia o Novo casamento era o único tipo de divórcio que os judeus conheciam. E foi essa carta que Jesus se referiu em Mt 5.31,32.

3)          Como as Igrejas Lidam Com o Divórcio.

As igrejas de modo geral, amparam-se nos textos bíblicos e analisando caso a caso visando a melhor solução. O divórcio é para o cristão a última opção, pois antes do fim sempre existe o perdão!

Conclusão: Que Deus seja o centro de nossas decisões, seja no namoro, casamento e até em caso de divórcio. Que estejamos prontos para a luta pela o que promove a vida e os princípios divinos.

                                    Que Deus nos abençoe!


                                                 J. Fábio

                                                Professor