segunda-feira, julho 04, 2016

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GOSPEL+ COMPLETA 10 ANOS E 350 MILHÕES DE VISUALIZAÇÕES COM NOVO VISUAL E NOVIDADES

A DEVASTAÇÃO DA PORNOGRAFIA NA INTERNET


 
 30-06-2016
 
 

 

A devastação da pornografia na Internet
 
 


Plinio Maria Solimeo (*)



 


Superando o número de viciados no “crack” e na heroína, a adição à pornografia na Internet surge no mundo moderno como uma nova forma de vício, com resultados mais devastadores do que os provocados por essas drogas tradicionais.

Quase 30% do tráfico produzido na Internet em nível global se referem à pornografia. Segundo estimativas de especialistas, esse mercado detém 146 milhões de páginas naweb, visitadas diariamente por milhões de pessoas, com ingressos de milhões de dólares, superando os das grandes companhias como Google, Microsoft, eBay, Appel ou Netflix.

Para o Instituto Max Planck, da Alemanha, que vem estudando o assunto, “um dos problemas que aponta o autor é que precisamente hoje em dia se tem um grande acesso a essa droga (vivemos na era das comunicações), em qualquer lugar e inclusive em qualquer momento [com internet nos celulares e semelhantes]. A isto se há que somar, como foi dito, o grande número de páginas da web dedicado à pornografia, que cada dia, por certo, é maior”.

Isso porque “a pornografia se converteu em algo ‘normal’ nesta época, na que se difundem sem nenhum pudor condutas sexuais através das numerosas maneiras que existem hoje em dia de ‘compartilhar’ algo. Não é estranho encontrar-se com uma ‘erotização’ da cultura, de uma ‘pornificação’ da sociedade, na qual tudo vale, e na qual o normal é criar ícones sexuais para todo tipo de pessoas, a pornografia e o sexo ao gosto do consumidor”.

Eis o problema maior, para ficarmos agora só no terreno meramente material: “Esta nova droga tem também uma série de efeitos no cérebro de quem a consome, modificando a massa cerebral depois de longas horas de exposição à pornografia, tal como avaliam alguns estudos científicos levados a cabo na Alemanha pelo Instituto Max Planck”(1)

Cientistas da Universidade de Cambridge também “estudaram recentemente o cérebro de pessoas que consomem muita pornografia e levaram um susto: ele funciona exatamente da mesma forma que o cérebro de viciados em drogas. O lobo frontal foi a área que mostrou muitas similaridades. Esta é a região responsável, entre outras coisas, pela formação de nossos julgamentos — nos ajuda a decidir o que é certo ou errado, bom ou mau, seguro ou perigoso"(2). Quer dizer, a pessoa adicta perde a noção do bem e do mal, da verdade e do erro. Com isso, torna-se vítima passiva de toda sorte de desmandos, tanto na linha religiosa, quanto moral e social.

O pior de tudo é que, segundo notícia desse site que vimos citando, há uma verdadeira indústria da pornografia na Internet. De acordo com a revista americana “The Week”, “a indústria pornográfica movimenta, no mundo, US$ 97 bilhões todos os anos. O pornô, apenas nos Estados Unidos, é responsável por quase 13% desse montante — e a net, pela metade disso”.


Tal revista apresenta uma estatística assombrosa sobre o vício de adição à pornografia na Internet, no mundo: 12% dos sites que existem na internet são pornográficos — ou, em números atuais, 76,2 milhões; 25% das pesquisas em ferramentas de busca envolvem sexo — o que dá 750 milhões de consultas diárias; 35% dos downloads são pornográficos; 8% dos e-mails transmitidos diariamente têm conteúdo sexual; 89% de toda a pornografia da internet é criada nos EUA; 20% dos homens confessam que veem pornografia no meio do expediente de trabalho; 70% dos homens com idades entre 18 e 24 anos visitam sites pornográficos ao menos uma vez por mês.

Mas a degringolada moral não para aí: 1 em cada 4 pessoas que entram em sites pornográficos é mulher [a que ponto chegou a degradação do sexo feminino!]; no mundo inteiro, chineses, japoneses, americanos e sul-coreanos são os que mais consomem [quer dizer, onde há mais prosperidade material, cresce a degradação moral]; 266 novos sites pornôs surgem todos os dias na internet [isso não ocorreria sem uma ação muito especial do demônio]; R$6,7 bilhões são gerados anualmente com o webporn me, só nos EUA.

A celeridade com que um número cada vez maior de pessoas adere à pornografia online já está levantando algumas reações de médicos, educadores e pessoas concernidas, sobretudo com a educação dos jovens. Desse modo, já há livros e artigos de imprensa tratando do problema, enquanto alguns governos estão tomando providências para contorna-lo.

Por exemplo, “o governador Gary R. Herbert, do estado de Utah, nos Estados Unidos, assinou uma resolução e um projeto de lei declarando a pornografia ‘um perigo para a saúde pública, que conduz a um amplo espectro de efeitos nocivos para a sociedade’”. “Os legisladores [do Estado] assinalam que a pornografia tem um efeito prejudicial na família, porque ‘diminui nos homens jovens o desejo de casar-se, gera insatisfação no matrimônio, e infidelidade’. Em resposta a isso, a resolução advoga pela ‘educação, a prevenção, a investigação e a mudança de política’”.

A porta-voz da diocese de Salt Lake City, capital do Estado de Utah, também se pronunciou, dizendo que essa medida “afirma nossa crença na dignidade inviolável da pessoa humana, revelada plenamente por Cristo, e o dom da sexualidade humana e do matrimônio como plano de Deus”(3).

Contudo, por mais que se faça no campo das leis e de controle da internet pelo governo, não passará de medidas paliativas, pois tudo isso não é senão o reflexo de uma crise religiosa e moral muito maior na qual jaz o mundo atual. Enfraquecido na humanidade o amor de Deus, perdeu-se a noção do bem e do mal, da verdade e do erro, e, sobretudo, a noção de pecado.

Com efeito, o que mais salta aos olhos nessa adição à pornografia é o número de pecados contra a virtude da castidade. Sua gravidade é tal, que um só pecado mortal — o mais grave dos males —, pode levar quem o pratica à condenação eterna.

Sem esta noção do pecado que assim se comete, não há freio capaz de conter tal avalanche de degradação.

Antigamente as pessoas tinham a Igreja Católica na conta de guardiã da verdade e da moralidade. Os Dez Mandamentos da Lei de Deus e os da Igreja eram a norma de vida. — O “Não pecarás contra a castidade”, e “Não desejarás a mulher do próximo” eram a norma de conduta.

Mas, infelizmente, essa crise penetrou até no interior da Igreja, sobretudo a partir do Concílio Vaticano II, que abriu as janelas para que os ventos do mundo nela penetrassem. Com isso, pouco auxílio encontram os fiéis, tornados órfãos daquela que é a Cátedra da Verdade.


Para piorar o quadro, com as uniões livres, o divórcio e o enfraquecimento dos laços de família, quase ninguém observa a castidade como Deus estabeleceu. E agentes poderosos como a mídia — principalmente a televisão, além do que já foi dito da Internet — divulgam a imoralidade mais crua, ao lado de uma amoralidade sem limites, não só nas inqualificáveis novelas em que predominam cenas escabrosas, linguagem chula e erotizante, mas até em anúncios de dentifrício ou de bombons.

Isso produziu nefastos efeitos no dia-a-dia das pessoas. Razão pela qual já foram incorporados à linguagem corrente, com todo o “direito de cidadania”, termos antes considerados palavrões, que até há pouco uma boca casta não proferia. Tais termos vão se generalizando tanto entre homens quanto mulheres. E podem ser vistos até em mensagens do facebook, nos quais eles aparecem com toda naturalidade ao lado de cenas escabrosas postadas mesmo por pessoas tidas como honestas e piedosas.

Essa avalanche contra a virtude da castidade é muito bafejada pelas modas atuais, cada vez mais próximas do nudismo total. Nossa Senhora em sua aparição em Fátima disse à menor das videntes de Fátima, Jacinta, que “os pecados que levam mais almas para o inferno, são os pecados da carne”. E Jacinta, por sua vez, declarou: “Hão de vir umas modas que hão de ofender muito a Nosso Senhor. As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda. Nosso Senhor é sempre o mesmo" (4)

Na segunda aparição em Fátima, no dia 13 de junho de 1917, Nossa Senhora mostrou aos três videntes, Lúcia, Francisco e Jacinta, seu Coração Imaculado “cercado de espinhos, que pareciam estar nele cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação" (5).
Se já naquela época, próxima do reinado de um Papa santo, São Pio X — em que os vestidos das mulheres chegavam até os pés e a vida de família era geralmente cristã, sem a desgraça do divórcio nem das uniões ilegítimas, para falar só disso —, era necessário entretanto reparar o Imaculado Coração de Maria “ultrajado pelos pecados da humanidade”. O que não é preciso fazer nos tristes tempos em que vivemos?

12 ESTATÍSTICAS SOBRE PORNOGRAFIA NA INTERNET QUE VÃO TE SURPREENDER
(3) http://www.religionenlibertad.com/estado-utah-califica-pornografia-como-peligro-para--49296.htm

El Estado de Utah califica la pornografía como «peligro para la salud pública con efectos nocivos»

(4) In Antônio Augusto Borelli Machado, As Aparições e a mensagem de Fátima conforme os manuscritos da Irmã Lúcia, Artpress, São Paulo, 1996, p. 66.
(5) Id. p. 42.
          ( * ) Plinio Maria Solimeo é escritor e colaborador da ABIM

 
 

 
 
 
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)

MISSIONÁRIO R. R. SOARES TEM PASSAPORTE DIPLOMÁTICO


MISSIONÁRIO R. R. SOARES TEM PASSAPORTE DIPLOMÁTICO RENOVADO PELO PALÁCIO DO ITAMARATY
Por Tiago Chagas -

30 de junho de 2016







O Ministério das Relações Exteriores divulgou na última terça-feira, 28 de junho, uma portaria oficializando a concessão de passaportes diplomáticos ao missionário R. R. Soares e à sua esposa, Maria Magdalena Bezerra Ribeiro Soares.
A informação foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU), com a assinatura do ministro de Estado das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), senador licenciado.
Segundo informações do blog Expresso, da revista Época, os documentos possuem validade de três anos e trata-se de uma renovação, afinal, desde 2013 o casal da Igreja Internacional da Graça de Deus já possuía passaportes diplomáticos.
“R.R. Soares e Maria Magdalena contam com agenda cheia no exterior, especialmente nos Estados Unidos”, informou o jornalista Murilo Ramos.
O passaporte diplomático é um documento que, embora não conceda a imunidade relacionada a embaixadores e diplomatas, permite que seus portadores entrem e saiam de países que sustentam relações com o Brasil de forma descomplicada, evitando burocracias.
Em maio deste ano, o Ministério das Relações Exteriores concedeu passaportes diplomáticos ao pastor Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus Brás e à sua esposa, Keila.
A concessão foi alvo de uma ação judicial, que pedia a suspensão do benefício, mas a Justiça Federal de São Paulo recusou a liminar.
Uma das curiosidades na concessão de passaporte diplomático a Samuel Ferreira é que ele foi oficializado logo após vir à tona as acusações de ligação com a suposta lavagem de dinheiro de propina que o deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teria recebido no esquema de corrupção da Petrobras.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki ordenou há algumas semanas o envio das investigações sobre o pastor para o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). A defesa do pastor nega seu envolvimento.

DOU de hj: Portaria do @ItamaratyGovBr concede passaportes diplomáticos a membros da Igreja Intl da Graça de Deus


FONTE:https://noticias.gospelmais.com.br/r-r-soares-passaporte-diplomatico-renovado-itamaraty-83790.html

ARRECADAÇÕES DO GOVERNO COM IMPOSTOS A IGREJAS

DEPUTADO PROPÕE LEI QUE REPASSA PARTE DAS ARRECADAÇÕES DO GOVERNO COM IMPOSTOS A IGREJAS

Por Tiago Chagas -

30 de junho de 2016


 
Um projeto de lei promete causar grande polêmica nas próximas semanas por prever o repasse de parte da arrecadação do governo com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) para as igrejas.
A iniciativa, do deputado estadual Cezinha de Madureira (DEM), prevê que 60% do ICMS arrecadados pelo governo do estado de São Paulo nas contas de energia elétrica e gás sejam destinados às diversas denominações cristãs.
A proposta se vale de uma brecha na lei 12.685/07, que prevê o retorno à população de parte da arrecadação do ICMS através de programas governamentais. O mais comum deles é o Nota Fiscal Paulista, que usa o Cadastro de Pessoa Física (CPF) para devolver parte dos impostos pagos em compras.
O programa Nota Fiscal Paulista foi uma iniciativa do governo do estado para combater a evasão fiscal. Com os consumidores inserindo seus CPF’s nas notas fiscais, a lei obrigou as empresas a registrarem suas vendas, o que limitou os casos de sonegação de impostos.
Como não há emissão de notas fiscais para contas de energia elétrica e gás, Cezinha de Madureira aproveitou a lei já existente e propôs uma emenda, sob a justificativa de que o repasse dos valores às igrejas seria uma contribuição social.
“Está entre nossas missões manter e ampliar os projetos sociais da igreja, de forma que toda sociedade possa ser beneficiada”, afirmou o parlamentar, segundo informações do portal JusBrasil.
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 FONTE: https://noticias.gospelmais.com.br/deputado-lei-repasse-parte-impostos-igrejas-83793.html

“AUTO-EXCOMUNHÃO” DO MOVIMENTO EVANGÉLICO: “CANSEI”

PASTOR RICARDO GONDIM REITERA SUA “AUTO-EXCOMUNHÃO” DO MOVIMENTO EVANGÉLICO: “CANSEI”


Por Tiago Chagas -

29 de maio de 2016

O pastor Ricardo Gondim voltou a fazer duras críticas ao movimento evangélico brasileiro e reiterou seu rompimento com esse grupo, que classificou como um “barco que faz água”.
“As aberrações que esse movimento, que se diz cristão, produz ficam cada dia mais horrorosas. Sua credibilidade está no chão. Não há mais remédio que o salve, ou unguento que o cure. Suas lógicas teológicas se tornaram estranhas, seus posicionamentos políticos, questionáveis e suas posturas éticas, uma vergonha”, escreveu Gondim, em um artigo publicado no último dia 20 de maio.

Gondim tem adotado postura oposta em quase todos os pontos que envolvem o discurso institucional das igrejas evangélicas: é contra a teologia da prosperidade, adota pensamento político de centro-esquerda e é contra a bancada evangélica, e também se opõe ao sincretismo religioso existente em denominações neopentecostais, que no geral, fazem uso de elementos do judaísmo em suas liturgias.

“Há algum tempo, afirmei que não me considero mais parte do movimento evangélico. Causei espanto entre os meus pares. Não volto atrás. Cada dia que passa, quanto mais notícias ruins sobem dos porões denominacionais, e quanto mais o Youtube viraliza piadas sobre o besteirol de seus líderes, mais me convenço de que não sobra, em mim, nenhuma identificação com ele. Pretendo manter-me evangélico por acreditar no Evangelho. Quero, entretanto, distanciar-me do movimento. Já me enxergo em outro acampamento”, acrescentou o pastor, dirigente da Igreja Betesda.
Sobre o que chamou de “auto excomunhão do movimento evangélico”, o pastor explicou que isso aconteceu por ele “não conseguir conviver com os autoproclamados ‘teólogos’, que guardam doutrinas e conceitos como verdadeiras vacas sagradas”.

“Alguns leram alguma teologia rala, e se acham aptos para sentar na cadeira de Moisés. Não aceito o clima de caça às bruxas, que apedreja e queima os que ousam mexer nas ‘cláusulas pétreas’ de doutrina produzida por gente falível”, contextualizou.

Ricardo Gondim, favorável à união civil entre pessoas do mesmo sexo, foi enfático ao dizer que vê a igreja evangélica inflexível no que defende: “Não tolero a intolerância. Não engulo a exclusão de gente por questões de gênero ou por identidade sexual. Não me sinto bem com o discurso fundamentalista que se arvora único interprete dos textos sagrados. Acredito que toda interpretação é interpretação. Nada mais. Ninguém – nem Santo Agostinho, nem Calvino, nem Armínio, nem eu mesmo – tem a última palavra a respeito da verdade”, opinou.

Destacando estar fora dos rótulos, Gondim explicou que tem paixão pelo Evangelho e pelos dons espirituais, mas que não consegue associar essas coisas ao desenho de um Deus perseguidor e punidor: Meu auto exclusão do mundo evangélico se deve ao fato de eu estar apaixonado por Deus. Minhas premissas, entretanto, são diferentes do movimento. O alicerce que sustenta a minha espiritualidade é estranho à maioria dos que se dizem evangélicos. Estou cada vez mais curioso com as dimensões do divino. Quero nadar nas águas profundas do Espírito. Reconheço, entretanto, que os pastores e crentes, colados no movimento evangélico, não entenderão a minha sede. Tenho ânsia de ler como nunca; de rir como nunca; de dançar como nunca; de orar como nunca. Minha espiritualidade busca leveza. Estou farto da paranoia dos crentes, constantemente encurralados pelo diabo. Não vivo aturdido com pesadelos de que, se der brecha, serei castigado com rigor por um Deus carrancudo”.

Em sua conclusão, Gondim diz que pretende “caminhar humildemente com meu Senhor, rodeado de amigos”, tentando “ser justo” e sustentando “um coração solidário”: “Busco parecer, em meus atos, com o Nazareno. Isso me basta”.

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Fonte: https://noticias.gospelmais.com.br/ricardo-gondim-reitera-auto-excomunhao-movimento-evangelico-82991.html




“AUTO-EXCOMUNHÃO” DO MOVIMENTO EVANGÉLICO: “CANSEI”

PASTOR RICARDO GONDIM REITERA SUA “AUTO-EXCOMUNHÃO” DO MOVIMENTO EVANGÉLICO: “CANSEI”


Por Tiago Chagas -

29 de maio de 2016

O pastor Ricardo Gondim voltou a fazer duras críticas ao movimento evangélico brasileiro e reiterou seu rompimento com esse grupo, que classificou como um “barco que faz água”.
“As aberrações que esse movimento, que se diz cristão, produz ficam cada dia mais horrorosas. Sua credibilidade está no chão. Não há mais remédio que o salve, ou unguento que o cure. Suas lógicas teológicas se tornaram estranhas, seus posicionamentos políticos, questionáveis e suas posturas éticas, uma vergonha”, escreveu Gondim, em um artigo publicado no último dia 20 de maio.

Gondim tem adotado postura oposta em quase todos os pontos que envolvem o discurso institucional das igrejas evangélicas: é contra a teologia da prosperidade, adota pensamento político de centro-esquerda e é contra a bancada evangélica, e também se opõe ao sincretismo religioso existente em denominações neopentecostais, que no geral, fazem uso de elementos do judaísmo em suas liturgias.

“Há algum tempo, afirmei que não me considero mais parte do movimento evangélico. Causei espanto entre os meus pares. Não volto atrás. Cada dia que passa, quanto mais notícias ruins sobem dos porões denominacionais, e quanto mais o Youtube viraliza piadas sobre o besteirol de seus líderes, mais me convenço de que não sobra, em mim, nenhuma identificação com ele. Pretendo manter-me evangélico por acreditar no Evangelho. Quero, entretanto, distanciar-me do movimento. Já me enxergo em outro acampamento”, acrescentou o pastor, dirigente da Igreja Betesda.
Sobre o que chamou de “auto excomunhão do movimento evangélico”, o pastor explicou que isso aconteceu por ele “não conseguir conviver com os autoproclamados ‘teólogos’, que guardam doutrinas e conceitos como verdadeiras vacas sagradas”.

“Alguns leram alguma teologia rala, e se acham aptos para sentar na cadeira de Moisés. Não aceito o clima de caça às bruxas, que apedreja e queima os que ousam mexer nas ‘cláusulas pétreas’ de doutrina produzida por gente falível”, contextualizou.

Ricardo Gondim, favorável à união civil entre pessoas do mesmo sexo, foi enfático ao dizer que vê a igreja evangélica inflexível no que defende: “Não tolero a intolerância. Não engulo a exclusão de gente por questões de gênero ou por identidade sexual. Não me sinto bem com o discurso fundamentalista que se arvora único interprete dos textos sagrados. Acredito que toda interpretação é interpretação. Nada mais. Ninguém – nem Santo Agostinho, nem Calvino, nem Armínio, nem eu mesmo – tem a última palavra a respeito da verdade”, opinou.

Destacando estar fora dos rótulos, Gondim explicou que tem paixão pelo Evangelho e pelos dons espirituais, mas que não consegue associar essas coisas ao desenho de um Deus perseguidor e punidor: Meu auto exclusão do mundo evangélico se deve ao fato de eu estar apaixonado por Deus. Minhas premissas, entretanto, são diferentes do movimento. O alicerce que sustenta a minha espiritualidade é estranho à maioria dos que se dizem evangélicos. Estou cada vez mais curioso com as dimensões do divino. Quero nadar nas águas profundas do Espírito. Reconheço, entretanto, que os pastores e crentes, colados no movimento evangélico, não entenderão a minha sede. Tenho ânsia de ler como nunca; de rir como nunca; de dançar como nunca; de orar como nunca. Minha espiritualidade busca leveza. Estou farto da paranoia dos crentes, constantemente encurralados pelo diabo. Não vivo aturdido com pesadelos de que, se der brecha, serei castigado com rigor por um Deus carrancudo”.

Em sua conclusão, Gondim diz que pretende “caminhar humildemente com meu Senhor, rodeado de amigos”, tentando “ser justo” e sustentando “um coração solidário”: “Busco parecer, em meus atos, com o Nazareno. Isso me basta”.

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Fonte: https://noticias.gospelmais.com.br/ricardo-gondim-reitera-auto-excomunhao-movimento-evangelico-82991.html