quarta-feira, abril 13, 2011

Indignos de Adotar: O Cristianismo Virou Doença Infeciosa?





4 de abril de 2011 (Notícias Pró-Família) — Por 15 anos, Owen e Eunice Johns trabalharam como pais adotivos para as crianças da Inglaterra. As assistentes sociais os elogiavam como “gente amável e hospitaleira” que “respondem de modo sensível” às crianças.

Mas o Supremo Tribunal de Londres acabou de decidir que os Johnses são indignos de ser pais adotivos.

O motivo: os Johnses são cristãos dedicados, e suas opiniões sobre a homossexualidade podem prejudicar as crianças sob seus cuidados. Esse parecer ecoa o parecer da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos da Inglaterra, que, de acordo com o jornal Daily Mail, afirmou que as crianças adotivas corriam o risco de serem “infectadas” pelas convicções cristãs dos Johnses.

O caso ocorreu quando os Johnses se reinscreveram na Municipalidade de Derby para adotar crianças depois de darem um intervalo. Mas em vez de recebê-los de volta de braços abertos, as assistentes sociais expressaram preocupação de que as convicções do casal estivessem violando a nova Lei de Igualdade, que protege os direitos dos homossexuais.

Os Johnses não conseguiram acreditar que ser cristão automaticamente os excluía de cuidar de crianças, e eles pediram um esclarecimento da lei. O que é chocante é que o Supremo Tribunal decidiu que as convicções cristãs sobre a homossexualidade realmente tornam um cidadão indigno de adotar crianças.

Pense no que isso significa. A Inglaterra tem uma população muçulmana imensa. Os muçulmanos, como os cristãos, creem que a conduta homossexual é imoral. Os judeus ortodoxos têm também a mesma convicção. O que o tribunal está dizendo é que os cristãos, os muçulmanos e os judeus são indignos de adotar ou cuidar de crianças simplesmente por causa de suas convicções religiosas.
Aliás, a Inglaterra tem agora um teste religioso para os cidadãos. Chegará o dia em que os cidadãos cristãos que querem ser treinadores de times de futebol infanto-juvenil ou líderes de jovens terão portas fechadas por suas convicções? Chegará o dia em que os crentes religiosos receberão “não” como resposta a propostas de empregos e permissão para adotar crianças?

Os americanos podem achar que sua Primeira Emenda [da Constituição] os protegerá desse tipo de coisa ocorrendo nos EUA. Pense de novo. No recurso da Proposta 8, em que os cidadãos da Califórnia votaram para manter o casamento entre um homem e uma mulher, o Juiz Vaughn Walker deu decisão de que as convicções cristãs “prejudicam gays e lésbicas”.

E em 1996, o Supremo Tribunal derrubou a Emenda Dois do Colorado, em que os cidadãos revisaram sua Constituição para proibir as cidades de dar direitos especiais para homossexuais. O Juiz Anthony Kennedy afirmou que a lei foi baseada em “animosidade” contra os homossexuais.

Essas coisas estão acontecendo num país fundado no princípio de que os cidadãos devem ter a liberdade de possuir qualquer convicção que queiram, independente do que seus concidadãos pensem dela. Mas em anos recentes os cristãos estão se tornando alvo frequente de medidas de grupos militantes e juízes que apoiam suas agendas.

É por isso que temos de apoiar os esforços de grupos que defendem a liberdade cristã, tais como o Fundo de Defesa Aliança, o Fundo Becket e outros, que defendem os direitos de todos os crentes religiosos. Exorto também vocês assinar a Declaração de Manhattan para defender o casamento tradicional, a vida humana e a liberdade religiosa.

Se nada fizermos, se a igreja ficar parada e distante, logo descobriremos que nossos direitos religiosos não valem o papel em que a Primeira Emenda foi impressa.

Este artigo foi reproduzido com a permissão de www.breakpoint.org
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Prepara-te Igreja! Para te Encontrar como o Teu Deus!
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com


“A Maior Profissão da Terra”: 6 Mães Divulgando os Benefícios do Papel de Mãe



REBECCA MILLETTE

CINCINNATI, Ohio, EUA, 4 de abril de 2011 (Notícias Pró-Família) — Estas seis mães não só têm 44 filhos entre si, mas elas são mulheres belas, vibrantes e trabalhadoras, ocupadas na missão de divulgar a beleza do que elas consideram “a maior profissão da terra”: o papel de mãe.
Os membros da equipe 'Falando do Papel de Mãe'

Juntadas pela dinâmica líder pró-vida e mãe de nove filhos, Jenn Giroux, essas seis mulheres começaram a viajar pelos Estados Unidos em fevereiro de 2010, com uma apresentação que elas chamam de “Falando do Papel de Mãe”. Elas dão testemunho para mulheres em faculdades, em conferências femininas e até em colégios, apresentando uma perspectiva “contracultural” do papel de mãe.
Fundadora e ex-diretora executiva de Human Life International America e fundadora da Associação de Famílias Grandes (AFG), a enfermeira diplomada Jenn Giroux possui vários títulos, mas considera seu papel de mãe como a realização suprema. Conhecida por suas palestras e artigos sobre os danos espirituais e físicos da contracepção, o plano de Giroux para as apresentações “Falando do Papel de Mãe” evoluiu a partir de suas palestras públicas.
“Há uma necessidade imensa no mundo de mostrarmos o lado positivo do papel das mães e mais uma vez elevar o papel das mães ao respeito que merece”, Giroux disse numa entrevista telefônica para LifeSiteNews.com enquanto estava viajando com suas cinco amigas para um compromisso de palestra. “É a maior profissão da terra para as mulheres e tem sido completamente denegrida pelo movimento feminista”.
“Falando do Papel de Mãe” teve sua apresentação de estreia na cidade de Notre Dame em fevereiro passado. Desde então, as seis mães realizaram reuniões em Missouri, Nebraska e Indiana e suas próximas reuniões estão agendadas para Ohio, Kansas e Washington. “Tentamos ir a todos os lugares para onde somos convidadas”, disse Giroux, que recentemente começou comercializar as palestras.

“Falando do Papel de Mãe”

“Uma das coisas mais engraçadas”, Giroux relata, são as imensas fotos ampliadas de suas famílias que as seis mães colocam em tripés durante suas palestras. “Levamos essas coisas imensas”, ela ri, “mas é estupenda a resposta que obtemos por causa das fotos”.
“Queremos que as outras mulheres vejam os quadros visuais belos de nossos filhos”, disse Giroux, que declarou que muitas vezes compartilha, em tom de brincadeira, com a audiência o número de partos naturais e cesáreos de que as seis mães se gabam.
A líder pró-vida começa a apresentação falando dos danos espirituais e físicos da contracepção. “A maioria das meninas não ouve falar disso”, disse Giroux, falando dos comprovados e elevados riscos de maior incidência de câncer de mama como consequência dos anticoncepcionais. “É importante que as mulheres e meninas novas ouçam isso”.
“Nossa geração está completamente cheia de mágoas e remorso pós-anticoncepcional”, disse ela. “Ficamos sem fôlego em nossa primeira palestra com o grande número de mulheres que se identificou com o que estávamos dizendo… queremos dar testemunho para a geração mais nova de mulheres, de modo que elas não repitam nossos erros”.
Embora Giroux inicie as palestras falando acerca da contracepção, a maioria da apresentação consiste em testemunhos pessoais das mães, nenhuma das quais é palestrante profissional.
Uma mãe reconta como ela foi informada na mesa do parto com seu segundo bebê que nem ela nem o bebê provavelmente sobreviveriam. Tanto a mãe quanto seu bebê viveram. Mais tarde, ela recusou o conselho do médico para ter uma ligadura de trompas e prosseguiu tendo mais sete filhos.
No testemunho de outra mãe, ela diz de sua escolha de ter uma ligadura de trompas com a idade de 26 anos. Ela então “vai contando os detalhes de seu testemunho de remorsos” que terminou numa reversão da operação e o nascimento de seu menino depois de três filhas.
A apresentação busca mostrar os aspectos belos e positivos do papel de mãe que se perderam na sociedade, disse Giroux. “Precisamos realmente mostrar-lhes a beleza dos filhos, que é a real mensagem positiva de mostrar para elas os belos frutos de aceitar os presentes de Deus que são os filhos”.
Outra mãe conta o testemunho doloroso de seu primeiro bebê, que nasceu morto. Uma contabilista que planejou e calculou toda a sua gravidez, ela conta a humildade que aprendeu na mesa do parto entregando tudo a Deus. Ela narra como ela aprendeu a confiar em Deus e mais tarde teve quatro filhos.
Contudo, outro testemunho de confiança vem da mãe que falou diretamente com as mulheres que têm desculpas financeiras para não terem filhos. “Estou aqui para conversar com qualquer uma que diz que não tem condições de ter filhos”, diz ela. Embora ela e seu marido “não tenham condições” de ter uma família grande, ela diz à audiência como por meio de trabalho duro e confiança em Deus, eles tiveram onze filhos.

Mães “normais”

“Tentamos dar a elas um quadro muito realista do que é ter uma família grande”, Giroux disse para LSN das mães que representam uma variedade de estilos de vida, de mães que trabalham fora a mães que permanecem no lar.
Onde os meios de comunicação estão constantemente bombardeando as mulheres com a ideia de que elas não deveriam ter muitos filhos porque arruinará suas carreiras, mudará sua aparência física ou alterará seu estilo de vida tranquilo, Giroux e sua equipe estão ali para levantar-se como “contracultural”.
“Estamos tentando deixá-las saber que as mães que aparecem na TV são completamente anormais”, disse Giroux. “O grande segredo de ter filhos perdeu-se” por meio da contínua mentira do público secular.
Em tom de risada, ela narra os testemunhos das moças universitárias que olham para ela espantadas ao saber que ela tem nove filhos e responde: “Caramba! Mas você é tão normal!”
“Estamos respondendo às jovens: ‘Sabem de uma coisa, meninas? Vocês podem ter tudo o que querem. Podem cuidar de si, ter filhos, se sair bem, serem mães ativas, trabalharem fora de casa e terem um casamento forte e terem uma grande família’”, disse Giroux.

“Entregue tudo a Deus”

Para uma sociedade que apoia a ideologia de um ou dois filhos, essas seis mães desafiam as mulheres a “entregar tudo a Deus” e serem abertas às ilimitáveis bênçãos provenientes dEle.
Giroux disse que frequentemente muitas mulheres expressam para ela remorso por terem tido apenas um filho ou o sofrimento que elas têm de serem filha única. Ela cita o Papa João Paulo 2, dizendo: “O maior presente que você pode dar a seu filho é um irmão”.
Entretanto, Giroux argumenta que a campanha “Falando do Papel de Mãe” não é forçar todas as mulheres a terem famílias maiores, muito embora as mães realmente promovam famílias grandes.
“Nossa mensagem não é apenas ‘tenha muitas filhos’ porque ter 10 filhos não é para todas as mulheres”, Giroux disse para LSN. “Nossa mensagem é ‘confie em Deus’ e aceite os belos presentes que são os filhos”.
“Todos nós dizemos que o casamento e o papel de mãe são estressantes e têm momentos desafiadores, mas as bênçãos em muito superam as dificuldades. Tivemos momentos muito assustadores onde tivemos de confiar em Deus em nosso papel de mãe e como resultado fomos abençoadas com os filhos que temos”.
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Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

República: UCP Recorda Lei da Separação


História e atualidade marcam congresso internacional que vai decorrer em Lisboa

D.R. | Afonso Costa assina a Lei da Separação, 1911
Lisboa, 12 abr 2011 (Lisboa) – O congresso “Religião, Sociedade e Estado: 100 anos de separação”, que começa esta quarta-feira em Lisboa, inclui mais de uma centena de comunicações sobre temas históricos e atuais, proferidas por investigadores universitários da Europa, América, Ásia e África.

“Pretendemos reunir especialistas de várias proveniências, para que possamos, com alguma profundidade, perceber não só as raízes e a complexidade” das questões a abordar, como também “olhar os problemas que se colocam na relação entre a religião, o mundo da política e a organização do Estado”, explicou à ECCLESIA o diretor do Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR), entidade organizadora.

António Matos Ferreira sublinhou que a separação, “hoje um valor adquirido”, associada a “uma laicidade no sentido positivo do termo”, não implica o “desaparecimento da religião nem das suas instituições”, mas a perceção de “uma complementaridade complexa” da sociedade civil.

“O nosso congresso não é sobre a separação enquanto tal, mas sobre religião, sociedade e Estado, três elementos fundamentais que têm de estar articulados”, acrescentou o historiador responsável pelo centro integrado na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa.

A comparação com o processo de separação ocorrido noutras sociedades é uma das principais componentes do encontro, que conta com a presença, entre outros, de investigadores do México, onde “o grau de violência e afrontamento” foi de outra grandeza”, e do Brasil, país em que a revolução republicana de 1889 gerou no ano seguinte a divisão entre Estado e Igreja.

As conferências, que se realizam na Universidade Católica, vão também ser marcadas pela situação atual da separação em nações influenciadas pelo budismo, islão e cristianismo (católico e protestante), evidenciando a importância da religião como “realidade cultural e enquanto parte do desenvolvimento da coesão social”, refere o texto de apresentação do congresso.

Política, teologia, espiritualidade, religião, laicidade, autonomia, dinamismos sociais, assistência e ensino por parte das instituições católicas, economia, história, legislação, imagens e representações, cultura, liberdade religiosa e tendências nas relações Igrejas-Estado constituem alguns dos temas a levantar durante as sessões plenárias e as secções temáticas.

O encontro, que decorre no centenário da promulgação da Lei da Separação do Estado das Igrejas, pelo Decreto-lei de 20 de abril de 1911, “não se prende, nem se confina, a um qualquer ciclo comemorativo, embora pretenda “promover a reflexão histórica sobre as problemáticas da República”, nomeadamente “no âmbito da secularização e da laicização”.

Todas as sessões são abertas ao público que, mediante a inscrição e respetivo pagamento, tem acesso à documentação e a um certificado de participação, documento que pode ser utilizado por professores de quatro grupos de disciplinas para efeitos de progressão de carreira.

PTE/RM

Fonte: www.agencia.ecclesia.p

«Ouvir, Falar, Amar»: Três Conceitos em Queda Numa Sociedade Sem Diálogo.


O padre Alberto Brito e a jornalista Laurinda Alves uniram esforços num livro que convida as pessoas à «aventura de se tornarem mais humanas»








D.R.
Lisboa, 12 abr. 2011 (Eclésia) – O padre Alberto de Brito e a jornalista Laurinda Alves apresentam o livro “Ouvir, falar, amar”, um exercício de diálogo que desafia cada leitor a sair de si próprio e a estabelecer uma relação de “aprendizagem” com o próximo.
“É um livro que toca muitos universos, não tem nada de confessional, é para crentes, não crentes, duvidosos, céticos, para pessoas que gostam de ter uma perspectiva construtiva da vida” explicou a comunicadora, em declarações prestadas à ECCLESIA.
A obra, publicada pela editora “Oficina do Livro”, resultou de uma grande entrevista realizada por Laurinda Alves ao sacerdote jesuíta que, na qualidade de assistente mundial das Comunidades de Vida Cristã, visitou mais de 50 países nos últimos seis anos.

O contato com diferentes realidades e pessoas, aliado à sua experiência de formador em matéria de Comunicação Interpessoal, deu-lhe uma bagagem preciosa para identificar as “pedras” que, muitas vezes, “emperram” a engrenagem humana.
“Aquilo que separa as pessoas não são as ideias, nem as crenças, nem as opiniões políticas, são os sentimentos e gerir esses sentimentos é um ato de verdade que requer coragem” sublinha o padre Alberto de Brito.

De acordo com a introdução do livro, é preciso “‘Ouvir’ porque ouvir os outros é a maior escola de vida; ‘Falar’, porque é a comunicar e a dialogar que nos entendemos e que se constroem as relações; ‘Amar’ porque é a partir da aceitação de nós próprios e dos outros que tudo é possível”.
Estes três conceitos, para os autores, identificam aquelas que são hoje as maiores carências de uma sociedade tantas vezes voltada para si própria, e podem ser sintetizados apenas numa palavra: “compreensão”.
“Se as pessoas se sentem compreendidas, não apontadas, não julgadas, elas mudam. E ninguém muda ninguém, só a compreensão muda” reforça o jesuíta.
A realidade que nos rodeia, a forma como nos relacionamos com os outros, como partilhamos (ou não) os nossos sentimentos, a maneira como encaramos os obstáculos que vão surgindo no dia a dia, são apenas alguns dos pontos de reflexão espalhados ao longo desta publicação.

“É interessante ver como o livro é muito transformador de consciências, no sentido em que são patamares de consciência a que chegamos” aponta Laurinda Alves.
Já o padre Alberto de Brito espera que as pessoas não se fiquem apenas pela tomada de consciência dos problemas, mas sim cheguem à “ação”.
“Há que ser consequente, cortar onde se ache que vale a pena” defende o sacerdote, para quem é impossível fazer nascer o diálogo numa realidade onde se levantam “muros muito espessos”.
“A vida, eu não a mudo, porque não sou dono dela, agora a minha atitude perante a vida, essa sim, posso mudar”, conclui o jesuíta, esperando que as pessoas “se abram a esta aventura de se tornarem cada vez mais humanas”.

Alberto Teixeira de Brito nasceu em Arouca, distrito de Aveiro, a 25 de agosto de 1945, tendo entrado na Companhia de Jesus em 1961 e abraçado o sacerdócio em 1973.

Depois de uma vida dedicada à formação religiosa e humana, tanto em Portugal como no estrangeiro, ele vai assumir no próximo mês de julho o cargo de responsável da Companhia de Jesus para as provinciais de Portugal e Moçambique.

Fonte: www.agencia.ecclesia.p