Assembleia de Deus – Ministério Estudando a Palavra
Departamento de Educação Cristã
Escola Bíblica Dominical
TEMA:
A ÚLTIMA CEIA
Texto Áureo
Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa,
assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado
por nós.”
(I Co 5. 7)
Verdade Prática
“A Páscoa comemora a libertação do Egito. A Ceia do Senhor celebra a
libertação do pecado”.
Leitura Bíblica em Classe:
Lucas 22. 7 – 20
Objetivo Geral:
Explicar a
instituição da Ceia do Senhor como Ordenança.
Objetivo Específico:
1. Analisar os antecedentes históricos da última Ceia de Jesus.
2. Expor a dinâmica da preparação, celebração e a substituição da Páscoa
pela celebração da Ceia do Senhor.
3. Elencar os dois elementos da última ceia.
Introdução: - Lucas vai
narrar uma das mais importantes celebrações da igreja Cristã. Lucas 22, A Ceia do Senhor. Quando o
Senhor Jesus Cristo institui a Ceia, na ocasião, Ele estava celebrando a Páscoa
Judaica. Como um marco representativo da Libertação do povo de Israel do Egito –
pois foi assim que a Páscoa ficou conhecida -, A Ceia do Senhor seria um marco
representativo do Ato de Amor que Jesus Cristo fez em nosso favor, entregando-se
à morte, e morte de cruz, por amor.
Sem dúvida, a Páscoa era uma das
festas mais importantes do judaísmo, e a sua celebração era carregada de valor
simbólico. O seu ritual era metódico e
meticuloso pois lembrava um dos momentos mais importantes da história do
povo de Deus da Antiga Aliança – a libertação do cativeiro egípcio! A sua celebração
anualmente mobilizava toda a nação judaica.
Quando instituiu a Santa Ceia,
por ocasião da celebração da última Páscoa, Jesus tinha em mente esses fatos.
Sabedor de que a Páscoa era apenas um tipo do qual Ele era o antítipo (ou uma
figura da qual Ele era o cumprimento), Ele demonstrou alegria e satisfação por
poder celebrá-la na companhia de seus discípulos. Apenas algumas horas depois,
o Filho do Homem estaria libertando o seu povo, não mais de um cativeiro
humano, mas do cativeiro do pecado!
I. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ÚLTIMA CEIA
1.
A instituição da Páscoa Judaica. - A Páscoa – com
a Festa dos Pães Asmos (Lc 22. 7) – era uma das três grandes festas judaicas
O termo Páscoa
remete à libertação de Israel da escravidão no Egito (Êx 12. 1 - 13. 16). Deus enviou Seu anjo para matar
todos os primogênitos egípcios,
a fim de fazer com que o faraó deixasse Seu povo ir embora. As famílias
hebraicas foram instituídas a sacrificar cordeiros e pintar com sangue o
batente da porta de suas casas como sinal para que o anjo passasse por cima delas durante o juízo divino.
A
Páscoa judaica é comemorada no décimo quarto dia do primeiro mês, chamado de
Abibe (que corresponde aos meses de março/abril de nosso calendário), e
os rituais começam ao entardecer (Lv 23. 6). Foi na noite desse primeiro dia da
Páscoa que Israel deixou o Egito apressadamente. Os pães asmos são usados na
celebração como um lembrete de que os israelitas não tiveram tempo de fermentar
o alimento antes de comer sua última refeição como escravos no Egito.
Na
época neotestamentária, a Páscoa atraía para Jerusalém judeus de todo o mundo,
grandes grupos de peregrinos se reuniam na Cidade Santa para celebrar a
festividade anual. Assim, uma incomum multidão participou dos acontecimentos
que envolveram a entrada triunfal de Jesus na cidade (Lc 19. 37 – 39). Seu
julgamento e Sua crucificação (Lc 23. 18,
27, 35, 48). Ao que tudo indica, muitos ficaram em Jerusalém até a Festa
de Pentecostes (comemorada 50 dias depois da Páscoa), quando ouviram o
persuasivo sermão de Pedro (At 2. 1 – 41).
Da
mesma forma que o sangue dos cordeiros salvou os hebreus da destruição no
Egito, o sangue de Jesus, o Cordeiro pascal, salvou-nos do poder do pecado e
da morte.
2.
O Ritual da Páscoa Judaica. (Êx 12. 1 – 10) – O
Senhor forneceu instruções detalhadas a Moisés e Arão sobre como
preparar o povo para a primeira Páscoa. O Cordeiro, obviamente, é
um símbolo de Cristo (I Co 5. 7). Os critérios para a escolha do
cordeiro eram: sem defeito
(representando a ausência de pecado em
Cristo); macho de um ano (talvez
numa alusão ao fato de que nosso Senhor morreu muito jovem); deveria ser
guardado até o décimo quarto dia daquele mês (indicando os trinta
anos de vida particular de Jesus em
Nazaré, período durante o qual foi testado por Deus, além dos três anos de
ministério público em que foi amplamente examinado pelos homens); toda a congregação
de Israel o imolaria (Cristo foi morto por mãos de iníquos, At 2. 23);
deveria ser morto no crepúsculo da tarde, isto é, entre a hora nova e a
décima primeira (exatamente a hora em que Jesus morreu; Mt 27. 45 – 50); o
sangue do cordeiro deveria ser colocado na porta das residências, para que
os moradores se salvassem do destruidor (da
mesma forma, o sangue de Cristo, apropriado pela fé, nos salva do pecado, da natureza carnal e de Satanás); a carne deveria ser assada
no fogo (representando o derramamento da ira divina sobre Cristo por causa
de nosso pecados); deveria ser comido com pães asmos e ervas amargas
(simbolizando Cristo como alimentos para seu povo). Os cristãos devem viver de
forma sincera e verdadeira (sem o fermento da malícia e da perversidade) e em
arrependimento genuíno, sempre se lembrando da amargura dos sofrimentos de
Cristo. Por último, nenhum osso do cordeiro deveria ser quebrado (v.
46), fato que se cumpriu literalmente no caso de nosso Senhor (Jo 19. 36).
A Páscoa apresentava alguns tipos maravilhosos da nossa
Redenção. O que tipifica o Egito? (Gl 1. 4, Rm 6. 17, 18). O Cordeiro? (Jo 1.
29). O Sangue esparzido nas vergas das portas? (Rm 3. 24 – 26; I Pe 1. 18 – 20).
O Pão asmo? (I Co 5. 8). Comer o Cordeiro? (I Co 11. 24). A passagem pelo Mar
Vermelho? (I Co 10. 1, 2).
A Páscoa: A Páscoa
(gr. pascha) era uma festa sagrada da Primavera, que relembrava o fato
histórico da saída do Povo de Israel do Egito. Ela comemorava a passagem do anjo
destruidor pelas casas dos judeus sem lhes causar danos, devido ao sangue
do cordeiro aspergido nos portais e no batente superior das portas das casas
(Êx 12. 7; Sl 78. 49). A Crucificação de Cristo ocorreu no dia da preparação da
Páscoa (Jo 19. 14). Ele é a “nossa
Páscoa ... sacrificado por nós”. (I Co 5. 7).
A palavra “Páscoa” significa, “passagem”;
“Passar por cima”; “Pular além da marca”;
“Poupar”.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A Páscoa judaica foi instituída
com a finalidade de o povo de Israel preservar na memória o tão grande
livramento de Deus: A libertação do Egito.
II. A CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA PÁSCOA E A PRIMEIRA CEIA
Referências: Mt. 26. 17 – 29; Mc 14. 12
- 25; Lc 22. 38; Jo 13 e 14, I Co 11. 23
- 32.
1. A Preparação. Foi na véspera da morte de Jesus. Houve duas ceias: A Ceia da Páscoa e
a Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor foi instituída no final da Ceia da Páscoa.
Lucas menciona dois cálices (Lc 22. 17 -
20), Mateus, Marcos e Lucas mencionam as duas Ceias; João menciona
somente a da Páscoa.
Durante 1. 400 anos a Páscoa havia
prenunciado a vinda de Jesus, o Cordeiro Pascal. Jesus comeu a Páscoa, substituiu-a
pela própria Ceia e em seguida ele mesmo foi sacrificado como o Cordeiro
Pascal. Jesus morreu na cruz no mesmo dia em que os cordeiros Pascais estavam
sendo imolados no Templo.
A Páscoa já servira aos seus propósitos, e
agora devia ceder lugar à Nova Ceia que devia ser observada em memória de
Jesus, até que Ele venha de Novo (I Co 11. 23 – 26).
2.
A Celebração e Substituição. A Ceia do Senhor, ela foi instituída na ocasião da refeição da Páscoa
(vv. 14 – 20).
3.
A Ceia do Senhor do Senhor (I Co 11.20), é chamada de: “a
comunhão do sangue de Cristo”, e “a
comunhão do corpo de Cristo” (I Co 10. 6).
4.
A Ceia do Senhor: Paulo apresenta um registro cuidados de como se iniciou a celebração da
Ceia do Senhor e, em seguida, fala do seu valor.
ü Ela foi instituída na noite em que Cristo foi traído.
ü É celebrada em memória do seu amor imperecível pelos seus seguidores.
ü É um símbolo do seu corpo que foi quebrado por eles (I Co 10. 16
ü É uma Nova Aliança em seu Sangue.
ü É um Penhor da Sua Volta (I Co 11. 26).
“Fazei
isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim” (I Co 11.25).
Cristo quer que nos lembremos dele! Pense nele quando chegar à sua mesa, Ele
anseia por seu amor.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Foi numa Páscoa judaica que
nosso Senhor instituiu a Ceia, como uma ordenança para toda a Igreja.
III. OS ELEMENTOS DA
ÚLTIMA CEIA
1.
O Vinho – Tomando o
cálice, Jesus falou: “Este cálice é o
Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22. 20). O sentido desse texto é que o vinho é
um símbolo da Nova aliança que foi selada com o sangue de Jesus, o Cordeiro de
Deus (Êx 12. 6, 7, 13; 24. 8; Zc 9. 11; Is 53. 12).
2.
O Pão – Após tomar
o pão, dar graças e partir, Jesus disse: “Isto é o meu corpo, que por vós é
dado; fazei isso em memória de mim” (Lc 22. 19). Jesus usa a expressão: “isto é o meu corpo” com sentido metafórico,
da mesma forma que Ele disse: “Eu Sou a porta” (Jo 10. 9). O pão era um símbolo
do corpo de Jesus da mesma forma que o vinho era do seu sangue. O corpo de
Jesus seria oferecido vicariamente em favor dos pecadores.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Os elementos da Ceia são
o vinho, que simboliza o sangue de Jesus; o pão, que simboliza o
corpo partido do Senhor.
Conclusão: - Participar da Ceia do Senhor
é um privilégio do qual todo cristão deve se alegrar. Não se trata de um ritual
vazio, mas de uma celebração carregada de significado, porque aponta para o sacrifício
de Cristo, o Cordeiro de Deus, sobre o pecado e suas consequências.
Ao participarmos da Ceia, devemos manter uma
atitude de eterna gratidão ao Senhor por nos haver dado vida quando nos
encontrávamos mortos em nossos delitos. Assim como os antigos judeus não
deveriam celebrá-la com fermento em seu lares, da mesma forma não devemos
comemorar a Ceia com vinho fermentado do pecado. Celebremos a Ceia com os asmos
da sinceridade.
Pastora, Maria Valda
Ministrante
ADMEP
Assembléia de Deus Ministério Estudando a Palavra
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