sábado, janeiro 28, 2017

HISTÓRIA DE LÁZARO: QUEM FOI LÁZARO NA BÍBLIA?




Lázaro foi irmão de Marta e Maria, conhecido na narrativa bíblica por ter sido ressuscitado por Jesus. O nome “Lázaro” é uma forma abreviada do nome hebraico Eleazar, que significa “aquele a quem Deus ajudou”. A história de Lázaro está registrada no Evangelho de João, e neste estudo bíblico conheceremos um pouco mais sobre quem foi Lázaro na Bíblia.

Antes de falarmos sobre o Lázaro de Betânia, obviamente não podemos deixar de mencionar o Lázaro personagem da história (ou parábola) sobre o homem rico contada por Jesus e registrada no Evangelho de Lucas (cap. 16:19-31).

A história de Lázaro

Como já dissemos, Lázaro morava em Betânia da Judéia, e era o irmão de Marta e Maria. Sua história registrada na Bíblia encontra-se no capítulo 11 (vers. 1-44) do Evangelho de João. Também no mesmo livro, Lázaro aparece em um jantar dedicado a Jesus (Jo 12:1-3).

Nada se sabe sobre a biografia de Lázaro ou suas características pessoais além das informações sobre suas irmãs e o local onde morava. A narrativa bíblica se concentra no episódio marcante do milagre de sua ressurreição.

Alguns detalhes do texto bíblico nos mostram que Lázaro e sua família possuía certa proximidade com Jesus, pois Jesus os amava (Jo 11:3,5), além de que, ao falar com seus discípulos, Jesus se referiu a Lázaro como “nosso amigo” (Jo 11:11).

Jesus ressuscita Lázaro

O capítulo 11 do Evangelho de João descreve um milagre extraordinário realizado por Jesus. Os Evangelhos de Marcos e Lucas também relatam outras duas ressurreições realizadas por Jesus, sendo elas: a filha de Jairo (Mc 5:22-42) e o filho da viúva de Naim (Lc 7:11-18).
Entretanto, o milagre sobre Lázaro se difere de certa forma dos outros, pois Lázaro foi o único deles que já estava sepultado, no caso, já há quatro dias. Embora Jesus tenha sido avisado sobre a enfermidade de Lázaro, o texto de João enfatiza o propósito de Jesus naquela situação, a saber, ressuscitar um morto ao invés de curar um doente (Jo 11:3; 11-15).

Os estudiosos geralmente concordam que o milagre realizado a favor de Lázaro, devido a sua proporção, tenha sido o maior milagre que Cristo efetuou durante seu ministério antes de sua crucificação, morte e ressurreição.
Certo é que, tal milagre, foi profundamente revelador acerca da pessoa e da obra do Senhor, apontando para Jesus como o Filho de Deus, “a ressurreição e a vida” (11:25), de modo que, entre aqueles que testemunharam tal milagre, não houve alguém que duvidou do ocorrido, mas houve aqueles que creram em Jesus, e houve também aqueles que rejeitaram a glória de Deus revelada através dEle, indo denunciá-lo aos principais dos sacerdotes e fariseus (Jo 11:45-47).

Após a denúncia, a sequência do texto nos mostra que o milagre da ressurreição de Lázaro despertou ainda mais a vontade dos fariseus em condenar Jesus (Jo 11:57), além de também planejarem matar a prova do milagre, o próprio Lázaro (Jo 12:9-11).
Lázaro realmente foi ressuscitado?

Para quem têm a Bíblia como a inerrante e infalível Palavra de Deus, a base presente no texto do Evangelho de João é suficiente para atestar que Lázaro realmente foi ressuscitado. Entretanto, alguns críticos tentam questionar a autenticidade do relato sobre Lázaro, principalmente com base no fato de que os Evangelhos Sinóticos não registram tal milagre.

Sobre esta questão, sabemos muito bem que o Evangelho de João difere em seu estilo dos Evangelhos Sinóticos, bem como há relatos sobre o ministério de Jesus (incluindo os milagres) que são priorizados mais em um determinado evangelho do que em outro, de forma que os quatro Evangelhos se completam. Logo, não há qualquer problema ou dificuldade no fato dos Evangelhos Sinóticos não terem registrado o milagre de Jesus com relação a Lázaro.
Ademais, podemos dizer também que a história da ressurreição de Lázaro foi registrada por uma testemunha ocular, não possui qualquer semelhança com os fantasiosos registros apócrifos, ao contrário, é uma descrição simples, clara, objetiva e sensível ao contexto da situação.

Também é digno de nota o silêncio acerca das experiências de Lázaro durante os quatro dias em que esteve morto e sepultado. É comum alguns pregadores e comentaristas se arriscarem em alegorias sobre essa questão.
Eu mesmo, infelizmente, já escutei uma pregação onde o pregador disse que “Lázaro estava participando de um culto no além, quando ouviu a voz de Jesus o chamar“. Claro que isso é um absurdo.
A verdade bíblica sobre isto é que nenhuma palavra nos foi dita. Podemos sim compreender a doutrina bíblica a respeito do estado intermediário dos mortos, mas com base em outros textos.
Também não há qualquer justificativa para se utilizar o silêncio do texto em relação ao que se passou com Lázaro enquanto este estava morto, para tentar justificar o ensino acerca do sono da alma (repouso inconsciente, psicopaniquia) como alguns fazem.
A Bíblia é muita clara ao ensinar que, embora a alma esteja adormecida para o mundo terreno (Jó 7:9; 10; Ec 9:6), ela está completamente despertada e consciente em seu próprio mundo, seja no local de punição para os ímpios (inferno em seu estado presente), ou ao lado do Senhor no céu (Lc 16:19-31; 23:43; 2Co 5:8; Fp 1:21-23; Ap 7:15-17; 20:4).




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