sábado, maio 18, 2013

O DIVÓRCIO


ADMEP – ASSEMBLEIA DE DEUS – MINISTÉRIO ESTUDANDO A PALAVRA

EBD - Escola Bíblica Dominical

Departamento de Educação Cristã



O DIVÓRCIO






19 de Maio de 2013


TEXTO ÁUREO

“Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”.
(Mateus 19. 9).


VERDADE PRÁTICA

O Divórcio, embora admissível em caso de infidelidade, sempre traz sérias consequências à Família. Por isso Deus o odeia.


Leitura Bíblica em Classe:

Mateus 19. 3 – 12


OBJETIVOS

Dissertar sobre o divórcio no Antigo Testamento.
Defender como padrão o ensinamento de Jesus sobre o divórcio.
Explicar o porquê do ensino de Paulo acerca do divórcio.



INTRODUÇÃO: - Jesus afirmou que Moisés permitiu o divórcio nos tempos do Antigo Testamento apenas por causa da dureza de coração das pessoas (Mt 19. 8). Naquela época, as regras concernentes ao divórcio protegiam a mulher divorciada e permitiam-lhe voltar para sua família com dignidade ou procurar outro casamento legal, em vez de recorrer à escravidão ou à dignidade como meio de sustento.

Por ser algo traumático, o divórcio é sempre um assunto difícil de ser tratado. Existem pessoas que não o aceitam em nenhuma condição. Há pessoas que, sob determinadas circunstancias são favoráveis, e há até os que buscam base nas Sagradas Escrituras para admiti-lo em qualquer situação. Qual a posição da Bíblia? - É o que estudaremos nesta lição.

I.          O QUE É O DIVÓRCIO

O divórcio é o rompimento da aliança; é a dissolução total do casamento, celebrada diante de Deus, perante um ministro, ou autoridade eclesiástica ou diante da sociedade, representada pela autoridade civil, encarregada de oficiar o casamento. Na prática, é a expressão marcante da falta de amor, de entendimento, de união e de fidelidade conjugal. Todo divórcio deixa marcas profundas nos que são alcançados por essa medida de caráter radical.  Os que mais sofrem são os filhos, que não entendem porque seus pais não conseguem viver juntos, em amor, cuidando da missão de zelar pelo lar e pela família.


II.   O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O DIVÓRCIO


1.    O Divórcio no Antigo Testamento. - No contexto histórico e cultural do Antigo Testamento, a sociedade era patriarcal por excelência. O homem tinha a hegemonia em tudo, desde o governo, a liderança, e a preeminência absoluta, no lar, no casamento, e nas decisões mais importantes da vida social.  Dessa forma, o divórcio era um direito e um privilégio do homem. A mulher repudiada pelo homem não era bem vista pela comunidade. Mas tinha o direito de obter um documento oficial, chamado de “Carta de Divórcio”, ou de repúdio, que lhe dava a faculdade de contrair novas núpcias. Jesus não aboliu esse privilégio, pois, em sua lei, não pode haver acepção pessoas (Rm 2. 11; Tg 2.1).

2.   “O Divórcio por Qualquer Motivo”. – No livro de Deuteronômio, lemos que: “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lhe dará na sua mão, e a despedirá da sua casa” (Dt 24. 1). O texto bíblico não esclarece. E “por qualquer motivo”, se dava a “Carta de Divórcio”, que era um documento legal, fornecido à mulher repudiada, a qual ficava livre para casar de novo. Chamava-se de “Carta de Liberdade” – “documento de emancipação” – que lhe dava direito a novo casamento (Duty, p. 29, 30). Esta carta de divórcio deveria ser dada em presença de duas testemunhas, e as partes estariam livres para um novo matrimônio. No Velho Testamento a mulher não tinha o direito de pedir divórcio, somente o homem.

3.     O Divórcio no Período Inter Bíblico.

Entre os judeus, havia duas escolas importantes, que ditavam as normas de comportamento para a sociedade. Essas normas existiam no tempo de Jesus.

a)          A Escola de Shammai. – Este rabino tinha uma interpretação radical de Dt 24. 1. Em seu entendimento, a carta de divórcio só podia ser dada à mulher em caso de fornicação ou de infidelidade conjugal. De certa forma, era uma evolução do pensamento judaico, pois uma leitura cuidadosa de Dt 24. 1 dá a entender que a mulher só podia ser despedida se o homem achasse nela “coisa feia”, ou “coisa indecente”, sem que isso fosse a prática de infidelidade ou prostituição, visto que às mulheres infiéis só restava a pena de morte (Lv 20. 10; Dt 22. 20 – 22). Jesus corroborou esse pensamento, quando doutrinou sobre o assunto.

b)          A Escola de Hillel. – Este era um rabino de visão liberal, e favorecia a posição do homem em relação à mulher. Para ele, o homem poderia deixar sua mulher, divorciando- se dela, “por qualquer motivo”. Isto é, o homem poderia divorciar-se a seu bel-prazer.

Com isso, o divórcio, ao invés de proteger a mulher, dando-lhe direito a uma nova oportunidade de constituir um lar, fez dela uma vítima em potencial dos caprichos machistas da época.

Segundo o Dr. Alfred Edersherim, citado por Da Silva (p. 30), a mulher podia, “como exceção divorciar-se, no caso de ser o marido leproso ou trabalhar em serviço sujo, por exemplo, em curtume ou em caldeira, e também no caso de apostasia religiosa, caso abraçasse uma religião herética”. Esse último conceito não tem base veterotestamentária. Era uma evolução da lei judaica.

O divórcio não faz parte dos planos de Deus. Assim como a poligamia, no Antigo Testamento, que ele permitiu, ou melhor, tolerou.  Há casos em que é impossível manter um relacionamento conjugal. Se o esposo espanca a esposa; se ele vive traindo sua mulher; se ela vive na prática de adultério; se um ou outro entra pelo caminho do homossexualismo; tais práticas são tão abomináveis, que desfazem o vínculo conjugal, e, na permissibilidade de Cristo, ele admite o divórcio. Não como regra, mas como exceção.  Como um “remédio amargo” para um mal maior.  Se não fosse assim, um servo ou serva de Deus seriam atingidos duas vezes; uma pelo Diabo, que destrói relacionamentos; e outra, pela igreja local, que condenaria uma vítima a passar o resto da vida em companhia de um ímpio, ou viver sob o jugo do celibato, que não faz parte dos planos de Deus. (Gn 2. 18).

ð              A Síntese do Tópico: - A Lei de Moisés não incentivava o divórcio, mas dispunha de mecanismos diversos, com o objetivo de garantir a dignidade humana.

III.   O DIÓRCIO NO NOVO TESTAMENTO


1)        O Divórcio no Novo Testamento. – Jesus ratificou, o que a Lei de Moisés ordenou, mas seguindo o conceito da À Escola de Shammai. Segundo ensinou o Senhor, o divórcio é permitido somente no caso de “prostituição”; (gr. porneia), palavra esta que no original inclui o adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual (Mt 5. 32; 19. 9).  - O divórcio, portanto, deve ser permitido em caso de imoralidade sexual, quando o cônjuge ofendido se recusar a perdoar e a continuar no casamento.

2)           Ensinos De Paulo A Respeito Do Divórcio. - O Divórcio na Visão Paulina. – Paulo enfrentou questionamentos sobre o assunto e ele soube posicionar-se com elevado discernimento espiritual, sob a direção divina.

a)            Aos casais crentes – “aos casados. – (I Co 7. 10). Se não houver algum dos motivos permissivos (Mt 19. 9 e I Co 7. 15), não há qualquer justificativa para o casal crente se divorciar.


b)          Aos casais mistos – “aos outros”. - (I Co 7. 12, 13). No caso de o cônjuge descrente (ou desviado) quiser abandonar o crente fiel, pedindo divórcio, não pode ficar “sujeito à servidão”, ou seja, sob o jugo de um casamento insuportável. Há casos em que o descrente é prostituto, com risco de levar doenças para a esposa; ou é beberrão contumaz, ou que espanca a esposa, proibindo-a de se crente, etc. O crente não deve tomar a iniciativa do divórcio, mas deve deixar que o descrente o faça. (I Co 7. 15). Houve a dissolução do vínculo matrimonial, o cônjuge crente, está livre para se casar com quem quiser deste que “seja no Senhor” (cf. I Co 7.39).

ð     A Síntese do Tópico: - A O Senhor Jesus condena o divórcio, excetuando àquele que foi motivado por prostituição.

IV.   CAUSAS DO DIVÓRCIO As causas do divórcio são semelhantes às do adultério.  Há aspectos específicos a serem considerados, mas, quando um casal não consegue mais viver a aliança conjugal, certamente, é porque um dois deixa de cumprir as orientações da Palavra de Deus para o matrimônio.

1.          Infidelidade –
2.        Mentiras;
3.        Ciúmes;
4.       Amarguras;
5.        Falta de Tempo;
6.       Falta de diálogo;
7.        Linguagem destrutiva;
8.        Perda do espírito romântico;
9.       Desinteresse pelo cônjuge;
10.    Excesso de independência ou dependência excessiva;
11.       Hábito de discutir;
12.     Incapacidade de interferir num problema através do perdão;
13.     Temperamento descontrolado e agressivo.


CONCLUSÃO: - Na sociedade, a palavra divórcio remete a uma questão de cunho jurídico. O casamento é definido como contrato jurídico celebrado entre duas pessoas. O divórcio é a rescisão desse contrato firmado. Entretanto, não é da vontade de Deus que as pessoas, uma vez casadas, venham a divorciar-se. O divórcio causa sérios inconvenientes à igreja local, às famílias e à sociedade.  No projeto de Deus, não havia espaço para o divórcio. Precisamos tratar cada caso de modo pessoal sempre em conformidade com a Palavra de Deus.


                                                                                  Professora, MARIA VALDA.
                                                                      


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