ADMEP
– ASSEMBLEIA DE DEUS – MINISTÉRIO ESTUDANDO A PALAVRA
E.B.D. - Escola Bíblica Dominical
Departamento de Educação Cristã
Tema
“O MINISTÉRIO DE MESTRE OU DOUTOR”
08 de Junho de
2014
TEXTO
ÁUREO
“De
modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: [...] se é
ensinar, haja dedicação ao ensino”.
(Rm 12. 6, 7)
VERDADE
PRÁTICA
Os vocacionados por Deus para o ministério do ensino
são por Ele chamados para edificar a Igreja de Cristo.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE:
Romanos 7, 28, 29; Atos 13. 1; Romanos 12. 6, 7; Tiago
3.1
Objetivos
§ Aprender – que Jesus, o mestre da Galileia, é Mestre por Excelência.
§ Identificar – a ordem de Jesus aos seus discípulos para
ensinar a igreja do primeiro século.
§ Saber – da importância do dom ministerial de ensinador na igreja local.
Introdução: - Nunca foi
tão necessário, como hoje, a Igreja investir na figura do Mestre Cristão. Quando
o crente é ensinado a estudar a Bíblia para compreender o mundo e a cultura bíblica,
relacioná-la com o mundo do século XXI e aplicá-la à vida das pessoas de
maneira competente, o risco de sofrermos o engano é amenizado. Para quem pensa
ser prejudicial à vida espiritual estudar a Bíblia com seriedade, deveria pensar
na elaboração das traduções bíblicas, por exemplo, disponíveis no Brasil. Se não
houvesse homens e mulheres levantados por Deus e versados na erudição (línguas hebraica,
grega, aramaica, egípcia e outras; a cultura oriental;
a arqueologia para se achar manuscritos dos mais antigos possíveis), por
certo, não teríamos a bíblia traduzida em nosso idioma. Por isso, valorize quem
se esmera por conhecer mais as Escrituras. [Interação-Lição].
* O Ministério
do Ensino da Palavra é primordial para a igreja exercer o discernimento no que
tange ao tempo em que vive [culturas. Teologia, filosofias etc.]. Tão
importante é a função do mestre na igreja que as Escrituras declaram o quanto
ele deve esforçar-se intelectualmente para exercer tão nobre tarefa [Rm 12. 7;
I Tm 4. 13]. É uma tarefa importante e indispensável que exige muito de quem
desempenha. [Lição]
Definição: - Os Mestres
ou Doutores são aqueles que têm
de Deus um dom especial para esclarecer, expor e proclamar a Palavra de Deus, a
fim de edificar o corpo de Cristo [Ef 4. 12].
I.
JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA
1) O Mestre da Galileia. - Jesus
levou 70% do seu ministério ensinando. “Percorria Jesus toda a Galiléia,
ensinando nas suas sinagogas, e pregando o Evangelho do Reino [...] (Mt 4. 23).
Ensinava com autoridade [Mt 7.28,29]. Era impossível ouvi-lo e ficar indiferente.
2) Jesus, o Mestre
dos Mestres. – Uma das maiores declarações acerca de Cristo foi feita por Nicodemos.
Ele disse a Jesus: “Rabi, bem sabemos que
és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes,
se Deus não for com ele” (Jo 3.2). Das 90
vezes que alguém se dirigiu à Cristo nos Evangelhos, 60 vezes Ele é chamado de Mestre. Grande parte do ministério de
nosso Senhor Jesus foi ocupado com o ensino
(Mt 4.23; 9.35; Lc 20.1).
O Mestre dos
Mestres deixou-nos grandes exemplos de sua pedagogia.
1.1. Conhecia
a matéria que ensinava [Lc 24. 27];
1.2. Conhecia
seus alunos [Mt 13; Lc 15. 8 – 10; Jo 21];
1.3. Reconhecia
o que havia de bom em seus alunos [Jo 1. 47];
1.4. Ensinava
as verdades bíblicas de modo simples e claro [Lc 5. 17 – 26; Jo 14. 6];
1.5. Variava
o método de ensino conforme a ocasião e o tipo de ouvintes [Parábolas,
perguntas, discursos, preleção, leitura, demonstração, etc.] (GILBERTO,
Antônio. Manual da Escola Bíblica Dominical, p. 165, 166).
3) O Mestre da humildade. - A fim de ensinar os discípulos acerca da
humildade, Jesus lavou os pés dos discípulos (Jo 13. 4,5, 13 – 15). Era inimaginável
um mestre encurvar-se para lavar os pés de pessoas leigas. Jesus era um mestre
e deu o exemplo aos discípulos. E nos convida a fazer o mesmo.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Jesus,
o mestre da Galileia, é reconhecido em o Novo Testamento tanto como o Mestre
Divino quanto o Mestre da humildade.
II. A IMPORTÂNCIA DO DOM
MINISTERIAL DE MESTRE
1) Uma necessidade urgente da igreja. - Para
o ministério de ensino ser eficaz na igreja local é preciso haver pessoas
vocacionadas. Não são todas que reúnem informações exegéticas, históricas e
literárias da Bíblia, aplicando-as como é necessário. Deus concedeu à sua
igreja mestres, e é preciso que ela invista neles também. Muitas vezes, por
absoluta falta de preparo dos obreiros, predomina a superficialidade bíblica, a
infantilidade “espiritual” e o
aumento do engano promovido pelas astúcias dos falsos mestres (2 Pe 2.1). Esse
dom do Senhor é para a igreja amadurecer em todas as dimensões da vida cristã,
ao mesmo tempo em que desmascara os falsos ensinos (Ef 4.14; Os 4.6).
2) A responsabilidade de um discipulado contínuo. - Estamos
acostumados a pensar que o discipulado termina quando o novo convertido é
batizado. Não há nada mais equivocado! O Senhor Jesus chamou-nos para ser os seus
discípulos por toda a vida. Por isso, quem ensina instrui os crentes
para a maturidade da fé. É um aprendizado diário, permanente e contínuo, tanto
para quem é discipulado quanto para quem está discipulando!
3) Requisitos necessários ao mestre. - Apresentaremos
alguns requisitos importantes para a igreja reconhecer pessoas com o dom
ministerial de mestre em nossa época:
a) Um
salvo em Cristo. Não pode haver dúvidas quanto à
própria experiência salvífica por parte do vocacionado para o ministério do
ensino (2 Tm 2.10-13). Infelizmente há pessoas que não creem naquilo que
ensinam. Assim, não há verdade nem firmeza nelas.
b) O
hábito de ler. Em nosso país, a leitura é um
problema cultural. Se as pessoas leem pouco, a igreja pouco lerá. Entretanto,
como ensinaremos se não lermos? O hábito da leitura era levado a sério no
ministério do apóstolo Paulo (1 Tm 4.13; 2 Tm 4.13).
c) Preparo
intelectual. A Bíblia é o instrumento de trabalho do
ensinador cristão. Considerando este livro milenar, veremos que a cultura e o
mundo da Bíblia são diferentes do nosso. Por isso, o mestre deve compreender o
mundo da Bíblia (suas questões culturais, linguísticas, exegéticas etc.) para
não fazer apelações fantasiosas, apresentando-as como exposição da Palavra de
Deus.
d) Um coração em chamas. Precisamos alcançar as mentes e os corações
dos nossos dias, e isto apenas será possível quando tivermos obreiros com uma
mente bem preparada e conectada a um “coração em chamas” e apaixonado por
Jesus (At 3.12-26).
SINOPSE DO TÓPICO (3) – O dom
ministerial de mestre é uma necessidade para a igreja local e uma
responsabilidade para um discipulado permanente.
III. O ENSINO DAS ESCRITURAS NA
IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO
1) Uma ordem de Jesus. - Antes de ascender aos céus, de modo solene Jesus
determinou aos seus discípulos que ensinassem “todas as nações [...] a guardar todas as coisas” que Ele tinha
ordenado (cf. Mt 28.19,20).
2) A doutrina dos
apóstolos. - O
texto de Atos 2.42 informa-nos que os primeiros convertidos “perseveravam
na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”.
A “doutrina dos apóstolos” aqui
referida trata-se do conjunto de ensinos de Cristo ministrados por eles de
forma constante e eficaz para o crescimento integral dos novos crentes.
3) Ensinamento
persistente. - Os primeiros mestres das Escrituras foram os integrantes
do Colégio Apostólico (At 5.42, cf. vv. 40, 41). A Igreja começou nas casas,
onde o ensino era ministrado a pequenos grupos nos lares. Deus havia preparado
homens para ensinar e levantado “doutores”
na igreja em Antioquia (At 13).
CONCLUSÃO: - É preciso desfazer a ideia propagada ao longo
de décadas acerca do preparo intelectual do crente. Não é verdade que
necessariamente ele esfriará na fé se estudar. Se fosse assim Paulo seria o
mais frio dos apóstolos do Novo Testamento, pois não havia obreiro mais bem
preparado que ele [At 17. 15 – 34; Tt 1. 12].
Lição
Elaborada pela Professora,
Pra. Maria Valda
E-mail: pastora.mariavaldap@mail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário