terça-feira, abril 26, 2016

“ALIANÇA MOSAICA”


terça-feira, 26 de abril de 2016

“ALIANÇA MOSAICA”




ADMEP – ASSEMBLEIA DE DEUS MINISTÉRIO ESTUDANDO A PALAVRA


Departamento de Educação Cristã
Escola Bíblica Dominical



ALIANÇA MOSAICA
Sua duração: 1.500 anos


Texto Áureo:

“Amarás, pois, ao Senhor; teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Marcos 12, 30, 31



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20. 1, 3, 4, 5, 7, 8, 12 – 17, 20



Objetivo:

1.             Conhecer o objetivo e o propósito da Aliança Mosaica; 
2.             Compreendera relevância contemporânea dos Dez Mandamentos;
3.             Entender o propósito dos sacrifícios e das ofertas no Antigo Testamento.


§    Palavra Introdutória – Desde início da história da humanidade, habitantes das mais diversas regiões do planeta (como sumérios, egípcios, assírios e babilônios) foram deixados pelo caminho seus vestígios arqueológicos. Podemos encontrá-los em grandes edificações (como palácios, pirâmides e muralhas); em expressões artísticas ancestrais (como pinturas rupestres – inscritas ou desenhadas em rochas); ou mesmo em destroços de atividades domésticas, agrícolas e religiosas que apontam para a cultura e os costumes de determinado povoado ou cidade.

Do mesmo modo, por milênios, de geração em geração, foram conservados e repassados os ensinos orais e os registros históricos (feitos em tábuas de argila, couro, papiro e pergaminho) das famílias e etnias que formaram o povo de Israel.


Os povos do Antigo Oriente produziram magnificas obras literárias; todavia, nenhuma delas pode ser comparada ao Antigo Testamento, que inspira e influencia, até hoje, diversas civilizações. O texto veterotestamentário serviu de base para a formação de três das maiores religiões do mundo, a saber: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.



I.          ANTIGO TESTAMENTO, BERÇO DA ANTIGA ALIANÇA

Deus, através do Espírito Santo, era o Criador e Condutor da História, ao mesmo tempo inspirador do registro e o maior interessado na fidelidade deste. Revela-se a Moisés por vias naturais (fontes orais e escritas) e sobrenaturais (sonhos, visões e comunicação direta) At 7. 38.

Enquanto Deus não ditava sua Palavra para ser escrita, fez de homens, livros vivos. A assim chamada tradição oral. Por Sete homens de Deus: (Adão, Lameque, Noé, Abraão. Jacó, Coate, Anrão) a serviço dEle, guardados e usados por Ele, não seria difícil preservar a História que Deus tornaria registrada infalivelmente no livro Sagrado de Gênesis. – Esta realidade faz-nos refletir sobre a extraordinária função do ensino oral: sem este não seria possível, hoje, ter acesso às palavras do Supremo Criador. (Veja os acréscimos na lição do Professor em letras azuis – Pagina 34 do professor).


O Antigo Testamento reúne os ditos orais das experiências de diversos personagens que tiveram contato com o Eterno e com a Sua Palavra. O texto veterotestamentário é, portanto, em primeiro lugar, a Escritura máter do povo de Israel, e, por conseguinte, da Igreja de Cristo.



1.1.      A unidade das Escrituras: -

Quando estudamos o Antigo Testamento, escrito por diferentes autores, era diferentes épocas e em gêneros literários (históricos, poéticos, sapienciais e proféticos), observamos que Deus revelou-se paulatina e oportunamente aos homens.

1.1.1.  A mensagem divina complementa-se de forma qualitativa.  – O Antigo Testamento é, além de tudo, uma correção teológica de diversos conceitos desenvolvidos por povos ancestrais em relação a si próprios, a Deus e à Criação. O AT, deste modo, é o instrumento por meio do qual o Senhor, gradativamente, revela como o homem deve relacionar-se com Ele, sempre apontando para Cristo, o ápice de todas as alianças bíblicas.

1.1.2.  A mensagem divina completa-se de forma quantitativa. – O AT apresenta um quadro geral de como tudo começou (Gênesis e Êxodo): de como tudo aconteceu (Livros históricos); de como tudo deve ser (Livros da Lei); de como tudo será (livros proféticos e escatológicos) e de alento e sabedoria para o caminho em direção aos céus (livros poéticos e sapienciais).


II.            ALIANÇA MOSAICA: -

No AT encontramos as seis primeiras ALIANÇAS que Deus estabeleceu com os homens; todas, invariavelmente, apontam para o pacto Superior e irrevogável, descortinado no NT.

É importante destacar que é no contexto ancestral dos cinco primeiros livros da Bíblia (O Pentateuco) que Deus revela o advento do Messias. A Aliança Mosaica, nesse sentido, constitui-se a mais completa revelação do AT, pois, a partir dela, o Senhor forma e educa o povo a partir do qual Ele abençoaria todas as famílias da terra. (Êx 19.4, 5; Gn 12. 1 -3). (Ler na lição do aluno o complemento, Pág.. 35 da ver. Do Professor e Pág.. 26 do Aluno).


2.1.  A grande questão da nação recém-liberta do cativeiro egípcio. –  De acordo com Hindson e Yates, a Aliança Mosaica não foi dada para resgatar pessoas. A nação já havia sido eleita (Êx 4. 22,23), redimida (Êx 12. 21 - 30) e já andava pela fé (Êx 14. 31). O papel da aliança era ensinar como as pessoas redimidas deveriam viver neste mundo(Ver a lição pág. 36 do Prof., e pág. 26 do aluno).

2.2.   A Lei Mosaica. -  A Lei Mosaica (hb. Torah = lei, instrução, doutrina) é composta por um código de leis, formado por cerca de 600 disposições, ordenanças e proibições. Ela pode ser considerada tanto um código religioso – uma vez que previa as obrigações do povo, dos evitas, dos sacerdotes e do sumo sacerdote em relação a Yahweh (todos deveriam prestar seus cultos obedecendo a um determinado padrão) – quanto uma normatização socioeducativa – pois previa as normais de conveniência coletiva. (Veja a lição, neste ponto).


2.2.1.  Elementos compreendidos na Torah

·  Os Dez Mandamentos (o Decálogo) – regulamentam as relações interpessoais e o relacionamento com Deus.

·       As Ordenanças civis e religiosas – explicam detalhadamente o significa dos Dez Mandamentos para Israel;

·       As Leis Cerimonias – relativas ao serviço sacerdotal e ao ministério no Tabernáculo (e, posteriormente, no Templo).



TEMAS OBSERVADOS NA LEI MOSAICA


Religiosos - (Lv 1 -5; Nm 6. 22 -27
Morais e éticos - (Lv 18; 20. 7 – 21)
Trabalhistas - (Lv 16. 31; 25. 39 – 55; Nm 8. 24 – 26)
Agropecuários - (Lv 25. 1 – 7; Nm 33. 50 – 56)
Mercantis - (Lv 19. 35 – 37; 25. 36 – 37)
Culturais - (Lv 20. 22 – 24; Dt 18. 9)
De saúde e higiene - (Lv 15. 25 – 33; Dt 23. 11 – 13)
Políticos e militares - (Nm 15. 15, 16, 29; Dt 7)
Humanitários - (Lv 19. 9, 10, 14 – 18, 33, 34; 20. 1 – 3)



III.       O DECÁLOGO.  De todo modo, pode-se afirmar que a essência da Antiga Aliança reside nos Dez Mandamentos (Êx 20. 1 – 17; Dt 9. 9, 15), teologicamente chamados de Decálogo [gr. dekálogos = dez palavras (dez leis) ], pois esta foi a única Escritura, propriamente dita, feita com o dedo de Deus.

3.1. A divisão do decálogo. – Os quatro primeiros mandamentos dizem respeito ao relacionamento com o Altíssimo (Êxodo 20. 3 – 11), e os seis últimos tratam das relações que se estabelecem com os outros indivíduos (Êx 20. 12 – 17). –


Princípios de conduta abordados no Decálogo:

1.      Instituição do monoteísmo (Êx 20. 3);
2.     Proibição a qualquer tentativa de dar a Yahweh uma representação visível (Êx 20. 4 – 6);
3.  Proibição ao uso incorreto do nome de Deus para fins ilegítimos e egoístas (Êx 20. 7);
4.       Santificação do sétimo dia (Êx 20. 8 – 11);
5.       Crédito de honra a pai e mãe, (Êx 20.12);
6.        Proibição à violação da vida humana, que é sagrada (Êx 20. 13);
7.        Fidelidade no relacionamento conjugal (Êx 20. 14);
8.   Proibição à violação dos direitos dos outros e a todas as formas de exploração social (Êx 20. 15);
9.         Proibição ao falso testemunho, (Êx 20. 16);
10.     Proibição ao desejo concupiscente de possuir o que não é legitimamente nosso (Êx 20. 17).

3.1.1.  O ponto central do Decálogo. – Os dois principais mandamentos bíblicos – tanto na Antiga quanto na Nova Aliança – provém do Decálogo (Dt 6. 5; Mc 12. 28 – 31).


IV.         SACRIFÍCIOS E OFERTAS NO ANTIGO TESTAMENTO

Alguns teólogos acreditam que a ideia de sacrifício surgiu a partiu do socorro imediato de Deus ao pecado humano – quando, no Éden, Ele matou um animal para cobrir a vergonha de Adão e Eva (Gn 3. 21). Segundo essa linha de interpretação, as práticas sacrificais teriam sido desenvolvidas com base neste ato divino – como se observa em Caim e Abel (Gn 4. 1 – 7) e em outros personagens bíblicos (Gn 8. 20; Jó 1. 5).

4.1.      Tipos de sacrifícios e ofertas na Aliança Mosaica: - Há cinco tipos de ofertas apresentadas no Livro de Levítico, e eles ocupam os seis primeiros capítulos do livro.

4.1.1.      Os holocaustos – eram sacrifícios de consagração, oferecidos diariamente. (Lv. Cap. 1);
4.1.2.      Oferta de manjares – é uma oferta de comunhão e ações de graça (Lv. Cap. 2);
4.1.3.      Oferta pacífica – é também uma oferta de comunhão com Deus e de ações de graça, Lv. Cap. 3);
4.1.4.      Oferta pelos pecados – Lv. 4 e 5 -  é oferta para expiação de pecados.
4.1.5.      Oferta pela culpa – Lv. 5. 14 – 6.7 e Lv 7. 1 – 10. É a oferta pela expiação de pecados contra Deus ou homens, que admitiam compensação.

4.2.      A ineficiência das ofertas para a salvação eterna: - Os tipos sacrificiais observados no Antigo Testamento eram imperfeitos e incompletos em si mesmos, isto é, toda vez que alguém pecasse deveria repetir o ritual para restabelecer a comunhão perdida. Em nenhuma parte do texto bíblico diz-se que os sacrifícios ofereciam a possibilidade de salvação eterna; assim, no período veterotestamentário, eles cumpriam, a função de apontar para Cristo, o Redentor –uma realidade que ainda não podia alcançar a imaginação daquela primitiva comunidade (Hb. 9. 11- 15).


Conclusão-  Como a revelação no Antigo Testamento deu-se de forma paulatina, os servos de Deus só alcançaram plena compreensão do plano salvífico – por meio da graça – no decorrer dos séculos.

O Senhor foi anunciando, conforme o entendimento das eras, que Ele desejava misericórdia, arrependimento, lábios e coração puros, não sacrifícios, pois o Cordeiro perfeito, imolado antes da fundação do mundo, seria o único capaz de salvar o homem eternamente (João 1. 29).


                                         Aula Elaborada, pela professora,
                                               PraMaria Valda – ADMEP



Material Pesquisado:
ü   Apostila: As Dispensações e as Alianças aos Homens – Prof.ª Maria Valda.
ü   Panorama do Velho Testamento – Ângelo Gagliardi Jr. – Ed. Vinde.
ü   Lição da editora Gospel                                                                                                     
ü   Comentarista, Pr. Samuel Malafaia



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