Departamento
de Educação Cristã
Escola
Bíblica Dominical
“ALIANÇA MOSAICA”
Sua duração: 1.500 anos
Texto Áureo:
“Amarás, pois, ao Senhor; teu Deus, de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de
todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a
este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Marcos 12, 30, 31
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20. 1, 3, 4, 5, 7, 8, 12 – 17, 20
INTRODUÇÃO: - A duração desta Dispensação
foi de cerca de 1.500
anos, desde o Êxodo do
Egito até à crucificação de Cristo. (Jo 1. 17). “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade
vieram por meio de Jesus Cristo”.
Esta Dispensação começa
com a concessão da Lei no Sinai
e terminou como período de tempo com a morte sacrifical de Cristo, que cumpriu
todas as suas provisões e tipos.
Na Dispensação anterior, Abraão, Isaque e Jacó, como também
as multidões de outros indivíduos, falharam nos testes da fé e obediência
que eram da responsabilidade do homem (por exemplo, Gn 16. 1 – 4; 26. 6 – 10;
27. 1 – 25). O Egito também falhou em atender a advertência de Deus (Gn 12. 3)
e foi julgado.
Não obstante Deus providenciou um libertador (Moisés), um sacrifício (o Cordeiro Pascal) e o poder milagroso
para tirar os israelitas do Egito (as pragas do Egito; livramento no Mar
Vermelho).
Os povos do Antigo Oriente
produziram magnificas obras literárias; todavia, nenhuma delas pode ser
comparada ao Antigo Testamento, que inspira e influencia, até hoje, diversas
civilizações. O texto veterotestamentário serviu de base para a formação de
três das maiores religiões do mundo, a saber: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
|
I.
ANTIGO
TESTAMENTO, BERÇO DA ANTIGA ALIANÇA
Deus, através
do Espírito Santo, era o Criador e Condutor da História, ao mesmo tempo
inspirador do registro e o maior interessado na fidelidade deste. Revela-se a
Moisés por vias naturais (fontes orais
e escritas) e sobrenaturais (sonhos,
visões e comunicação direta) At 7. 38.
Enquanto
Deus não ditava sua Palavra para ser escrita, fez de homens, livros vivos.
A assim chamada tradição oral. Por Sete homens de Deus: (Adão, Lameque, Noé, Abraão. Jacó, Coate, Anrão) a
serviço dEle, guardados e usados por Ele, não seria difícil preservar a
História que Deus tornaria registrada infalivelmente no livro Sagrado de
Gênesis. – Esta realidade faz-nos refletir sobre a extraordinária função do
ensino oral: sem este não seria possível, hoje, ter acesso às palavras
do Supremo Criador. (Veja os acréscimos
na lição do Professor em letras azuis – Pagina 34 do professor).
O
Antigo Testamento reúne os ditos orais das experiências de diversos
personagens que tiveram contato com o Eterno e com a Sua Palavra. O texto
veterotestamentário é, portanto, em primeiro lugar, a Escritura máter do povo
de Israel, e, por conseguinte, da Igreja de Cristo.
|
II.
A QUINTA ALIANÇA ou ALIANÇA MOSAICA –
(Êx. Caps.19
a 32).
2.1. A Aliança Mosaica: - No AT
encontramos as seis primeiras Alianças que
Deus estabeleceu com os homens; todas, invariavelmente, apontam para o pacto
Superior e irrevogável, descortinado no NT.
u É importante destacar que é no contexto
ancestral dos cinco primeiros livros da Bíblia (O Pentateuco) que Deus
revela o advento do Messias. A Aliança Mosaica, nesse sentido,
constitui-se a mais completa revelação do AT, pois, a partir dela, o
Senhor forma e educa o povo a partir do qual Ele abençoaria todas as famílias da terra. (Êx
19.4, 5; Gn 12. 1 -3). (Ler na
lição do aluno o complemento, pág. 35 da ver. Do Professor e pág. 26 do Aluno).
u A grande
questão da nação recém-liberta do cativeiro egípcio. – De acordo com Hindson e Yates, a Aliança
Mosaica não foi dada para resgatar pessoas. A nação já havia sido eleita
(Êx 4. 22,23), redimida (Êx 12. 21 - 30) e já andava pela fé (Êx
14. 31). O papel da aliança era ensinar como as pessoas redimidas deveriam
viver neste mundo. (Ver a lição pág. 36 do Prof., e pág. 26 do aluno).
2.2.
A Lei Mosaica - (hb. Torah = lei, instrução,
doutrina) é composta por um código de leis, formado por cerca de 600
disposições, ordenanças e proibições. Ela pode ser considerada tanto um código
religioso – uma vez que previa as obrigações do povo, dos evitas, dos
sacerdotes e do sumo sacerdote em relação a Yahweh (todos
deveriam prestar seus cultos obedecendo a um determinado padrão) – quanto uma
normatização socioeducativa – pois previa as normais de conveniência coletiva. (Veja a lição, neste ponto).
· A
Aliança Mosaica, dada a Israel em três
divisões, cada uma essencial às outras e juntas formando a Aliança Mosaica,
isto é, os Mandamentos,
expressando a justa vontade de Deus
(Êxodo 20. 1 – 26); os Juízos regulando
a vida social de Israel (Êx 21. 1 – 24.11); e as Ordenanças, governando
a vida religiosa de Israel (Êx 24. 12 – 31. 18).
· Estes três
elementos formam “A Lei”, como essa expressão foi
generalizadamente usada no Novo Testamento (por exemplo, Mt 5. 17, 18). Os
mandamentos e as ordenanças formavam um Sistema Religioso.
· Os Mandamentos eram um “Ministério da Condenação” e “da
morte” (II Co 3. 7 -9); as ordenanças davam na pessoa do Sumo Sacerdote, um
representante do povo junto ao Senhor; e, nos sacrifícios, uma cobertura (Expiação, Lv 16 .6), para os seus
pecados em antecipação à cruz (Hb 5. 1 – 3; 9. 6 – 9; comp. Rm 3. 25 –
26).
· O
cristão NÃO está sob a
condicional Aliança Mosaica das Obras, A Lei, mas sob a Nova Aliança Incondicional
da Graça (Rm 3. 21 – 27; 6. 14, 15; Gl. 2. 16; 3. 10 – 14, 16 – 18, 24 – 26;
4. 21 – 31; Hb 10. 11 – 27).
·
A Lei
não mudou a provisão da Aliança Abraâmica, mas foi uma coisa acrescentada apenas
por um tempo limitado até que viesse a Semente (Gl 3. 17 – 19).
2.3. Os Propósitos Divinos Nesta Aliança
2.3.1.
-
Fazer de Israel Uma Propriedade Peculiar,
Êxodo 19. 5.
2.3.2.
- Fazer de Israel Um Reino de Sacerdotes, Êxodo 19. 6.
2.3.3.
- Fazer de Israel Uma Nação Santa, Êxodo 19. 6.
2.3.4.
- A Cura Divina era outra Promessa de Deus incluída
neste pacto, Êxodo 15. 26.
2.4.
O Lado Humano – Israel tinha por obrigação “diligentemente ouvir a voz do Senhor”
(Êxodo 19. 5) através dos:
2.4.1.
Os Mandamentos. - No capítulo 20 o “Rei” estabeleceu a “Magna Carta” do “Reino de sacerdotes”, a
qual consistiu dos 10 Mandamentos, ou seja, a Lei Moral, que
expressa à vontade de Deus.
2.4.2.
Os Estatutos. - Em Êxodo 21. 1 a 23. 33 temos a interpretação e a
aplicação dos 10 Mandamentos em forma de Estatutos, ou Ordenanças, que
constituíram a Lei Civil, promulgada pelo próprio “Rei”.
2.4.3.
As Instituições Religiosas. - A voz do Senhor em seguida deu a
Israel instruções concernentes ao Tabernáculo. Êxodo 25. 1 a 31. 18. Tratava-se da Lei Cerimonial. - O
Tabernáculo
seria:
a)
A
corte do Rei. - Deus como “Rei” tinha o direito de estabelecer todos os planos. Êxodo 25. 8;
b)
A
figura das coisas que se acham nos céus. - (Hb 9. 23), e somente Deus conhecia
essas coisas. (João 3. 12).
c)
As várias partes do Tabernáculo também
simbolizavam as coisas invisíveis do próprio Rei, sendo, portanto, uma revelação
de sua própria Pessoa.
Todo o Livro de Levítico apresenta a maneira do funcionamento da corte nas
relações entre Israel e seu Rei. Está repleto de figuras das coisas celestiais
e de símbolos das realidades invisíveis em Cristo, o Redentor.
III.
O DECÁLOGO
De todo
modo, pode-se afirmar que a essência da Antiga Aliança reside nos Dez
Mandamentos (Êx 20. 1 – 17; Dt 9. 9, 15), teologicamente chamados de Decálogo [gr. dekálogos = dez palavras (dez
leis) ], pois esta foi a única Escritura, propriamente dita, feita com o dedo de Deus.
3.1. A divisão do decálogo. – Os quatro
primeiros mandamentos dizem respeito ao relacionamento com o Altíssimo (Êxodo
20. 3 – 11), e os seis últimos tratam das relações que se estabelecem
com os outros indivíduos (Êx 20. 12 – 17). –
Princípios de conduta abordados
no Decálogo:
1. Instituição do monoteísmo (Êx 20. 3);
2. Proibição a qualquer tentativa de dar a Yahweh uma representação visível (Êx 20.
4 – 6);
3. Proibição ao uso incorreto do nome de Deus
para fins ilegítimos e egoístas (Êx 20. 7);
4. Santificação do sétimo dia (Êx 20. 8 – 11);
5. Crédito de honra a pai e mãe, (Êx 20.12);
6. Proibição à violação da vida humana, que é
sagrada (Êx 20. 13);
7. Fidelidade no relacionamento conjugal (Êx 20.
14);
8. Proibição à violação dos direitos dos outros e
a todas as formas de exploração social (Êx 20. 15);
9. Proibição ao falso testemunho, (Êx 20. 16);
10. Proibição
ao desejo concupiscente de possuir o que não é legitimamente nosso (Êx 20. 17).
3.1.1. O ponto
central do Decálogo. – Os dois principais mandamentos bíblicos – tanto na
Antiga quanto na Nova Aliança – provém do Decálogo (Dt 6. 5; Mc 12. 28 – 31).
IV.
A NATUREZA DA ALIANÇA MOSAICA
A Lei Mosaica, que foi chamada a “Lei”, não era aliança de “obras”, no sentido de Romanos 11. 6.
Jamais a salvação foi conseguida pelas obras da lei. Romanos 3; 20; Gl 3. 11;
Hb 11. 6, 33. Na parte divina dessa aliança, o povo foi feito “SANTO”
pela purificação do Seu Sangue e a implantação de Sua justiça.
A lei era o caminho da vida e não o caminho para
a vida. Era a maneira de viver na qual essa “propriedade peculiar”, o “reino
de sacerdotes”, e a “nação santa” deveria andar.
O Novo Testamento informa que havia “Misericórdia”
e “Fé”
debaixo da Velha Aliança. Mt 9. 13; 23. 23; Os 6. 6; Hc 2. 4.
4.1. Os Propósitos da Lei: - (Rm 7. 9, 10; Mt 12. 1 – 8)
4.1.1.
Ela
proibiu o Pecado. Gl 3. 19.
4.1.2.
Ela
Expôs o Pecado. Rm 3 .20, 3. 20; 5. 13.
4.1.3.
Ela
encerrou os homens para Cristo. Gl 3. 23 – 25.
4.2. A Missão da Lei Terminada. - Sendo
que a Lei não passava dum assistente à Aliança com Abraão e um meio de defender
a Israel então não haveria mais necessidade da Lei. (Gl 3. 19, 25; II Co 3. 7,
11, 13; Rm 6. 14; 7. 4, 6; 10. 4; etc.).
4.3. O Destino da Lei com a Vinda de
Cristo
·
Os
Mandamentos, com a exceção do quarto,
foram repetidos na Nova Aliança do Evangelho, da seguinte maneira: o primeiro: Mt 4. 10; o segundo: I Jo 5. 21; o terceiro: Mt 5. 34 – 37; o quarto não consta; Cl 2. 16, 17; Rm 14.
5; o quinto: Ef 6. 1; o sexto: Gl 5.
21; o sétimo: Gl 5. 19; o oitavo: Ef 4. 25; e o décimo: Ef 5. 3
·
As
Instruções religiosas
cumpriram-se em Cristo e Sua Igreja. Mt 5. 17, 18; Jo 1. 29; I
Co 5. 7; Hb 9. 11 – 14, 23, 24.
·
A maior
parte dos Estatutos, a Lei Civil, que regulavam a vida nacional
e social do povo, foi dispensada quando a nação judaica foi dispersa, pois
perderam a sua vida nacional.
4.3.1.
Elementos compreendidos na Torah
· Os Dez Mandamentos (o
Decálogo) – regulamentam as relações interpessoais e o relacionamento com Deus.
· As Ordenanças civis e religiosas – explicam
detalhadamente o significa dos Dez Mandamentos para Israel;
· As Leis Cerimonias – relativas
ao serviço sacerdotal e ao ministério no Tabernáculo (e, posteriormente, no
Templo).
TEMAS
OBSERVADOS NA LEI
|
Religiosos - (Lv 1 -5; Nm 6. 22 -27
|
Morais e
éticos - (Lv 18; 20. 7 – 21)
|
Trabalhistas
- (Lv 16. 31; 25. 39 – 55; Nm 8. 24 – 26)
|
Agropecuários
- (Lv 25. 1 – 7; Nm 33. 50 – 56)
|
Mercantis -
(Lv 19. 35 – 37; 25. 36 – 37)
|
Culturais -
(Lv 20. 22 – 24; Dt 18. 9)
|
De saúde e
higiene - (Lv 15. 25 – 33; Dt 23. 11 – 13)
|
Políticos e
militares - (Nm 15. 15, 16, 29; Dt 7)
|
Humanitários
- (Lv 19. 9, 10, 14 – 18, 33, 34; 20. 1 – 3)
|
Conclusão: - A Aliança Mosaica (Êxodo 19. 5), condena os homens, “Pois todos pecaram”. (Rm 3. 23; 5. 12). Mas, O Cordeiro perfeito, imolado
antes da fundação do mundo, seria o único capaz de salvar o homem eternamente. (João
1. 29).
Aula
Elaborada, pela professora,
Pra. Maria Valda – ADMEP
Material Pesquisado:
ü Apostila:
As Dispensações e as Alianças aos Homens – Prof.ª Maria Valda.
ü Panorama
do Velho Testamento – Ângelo Gagliardi Jr. – Ed. Vinde.
ü Lição da editora Gospel
ü
Comentarista,
Pr. Samuel Malafaia
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